Auren (AURE3) sente pressão de prejuízo milionário e endividamento alto no 4T24 e ações recuam no Ibovespa
A dívida líquida subiu 60% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, para R$ 18,9 bilhões; veja os destaques do balanço

As ações da Auren Energia (AURE3) protagonizam uma das maiores quedas do Ibovespa nesta terça-feira (25), após entregar um balanço aquém das expectativas no quarto trimestre de 2024, no primeiro resultado desde a combinação de negócios com a AES Brasil.
Por volta das 12h20, os papéis caíam 4,38%, negociados a R$ 8,30. No acumulado de 12 meses, as perdas chegam a 32% na B3.
- LEIA MAIS: É hoje: CEO Conference 2025 vai reunir grandes nomes da economia, política e tecnologia; veja como participar
Uma das frustrações do mercado com o resultado veio da linha da lucratividade.
A empresa de energia teve um prejuízo líquido de R$ 363,6 milhões entre outubro e dezembro, revertendo o lucro de R$ 220,2 milhões apurado em igual intervalo de 2023.
No acumulado do ano, as perdas da companhia somaram R$ 32,6 milhões.
Os números foram apresentados sob uma visão proforma, considerando as operações combinadas da Auren e da antiga AES Brasil desde janeiro de 2023. Vale ressaltar que a AES só foi incorporada de fato no último trimestre do ano passado.
Leia Também
Auren (AURE3) e o peso da dívida
Outro ponto de pressão sobre o resultado da empresa veio do endividamento. A dívida líquida subiu 60% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, para R$ 18,9 bilhões, pressionadas pelos gastos da combinação de negócios com a AES.
Por sua vez, a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado dos últimos 12 meses, subiu 2,3 vezes, para 5,7 vezes no fim do quarto trimestre.
Com isso, o fluxo de caixa operacional pós-serviço da dívida caiu 9% no comparativo anual, encerrando o trimestre a R$ 527,9 milhões.
A Auren afirmou que já iniciou a implementação de uma estratégia para “redução significativa do endividamento”.
“Com os passos que demos em 2024, temos hoje um portfólio equilibrado, com novos projetos que começam a gerar caixa e sinergias significativas que ajudarão a reduzir a nossa alavancagem, deixando a Auren ainda mais forte e competitiva”, disse Mateus Ferreira, vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Auren, em nota.
Já o diretor-presidente da companhia, Fabio Zanfelice, destacou que o índice de conversão de caixa da companhia, de 59,3% no quatro trimestre de 2024, “comprova a tese de que a companhia vai desalavancar muito rápido”.
Para o CEO, em aproximadamente dois anos, a alavancagem estará “muito mais baixa do que é hoje”.
Outros destaques do balanço da Auren (AURE3)
O Ebitda ajustado, indicador usado pelo mercado para mensurar o potencial de geração de caixa de uma empresa, caiu 12,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 889,8 milhões, também abaixo do esperado por analistas.
A receita líquida da companhia cresceu 35% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e alcançou R$ 3,5 bilhões.
Segundo a Auren, o quarto trimestre foi marcado pelo início acelerado da integração operacional da AES Brasil, com captura de sinergias que já representaram uma economia de R$ 43,5 milhões.
“Em um ano, essas sinergias podem somar R$ 250 milhões e a implementação do plano de integração, redução de custo e otimização de recursos continua em curso ao longo de 2025”, projetou a empresa.
A economia prevista está bem acima do guidance inicial projetado pela Auren, de uma redução de gastos de R$ 120 milhões.
- E MAIS: Calendário de resultados desta semana inclui Petrobras, Ambev, Weg e outras empresas; acompanhe a cobertura completa de balanços
O que dizem os analistas
Para o Itaú BBA, embora a Auren iniciará um processo de desalavancagem e a gestão da empresa está entregando as sinergias, a trajetória de redução do endividamento será mais longa, atingindo níveis abaixo de 3,5 vezes apenas em 2028.
Na avaliação do BTG Pactual, o patamar elevado de alavancagem da Auren e as taxas de juros de longo prazo mais altas pressionaram o patrimônio da empresa.
O banco manteve recomendação de compra para AURE3, mas afirma que o endividamento impactará o comportamento de curto prazo das ações.
“Esperamos que a empresa esteja altamente correlacionada às condições financeiras do país no curto prazo. Mas os fundamentos micro devem prevalecer a longo prazo”, disseram os analistas.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
Rumo ao Novo Mercado: Acionistas da Copel (CPLE6) aprovam a migração para nível elevado de governança na B3 e a unificação de ações
Em fato relevante enviado à CVM, a companhia dará prosseguimento às etapas necessárias para a efetivação da mudança
“Não acreditamos que seremos bem-sucedidos investindo em Nvidia”, diz Squadra, que aposta nestas ações brasileiras
Em carta semestral, a gestora explica as principais teses de investimento e também relata alguns erros pelo caminho
Bolsas disparam com Powell e Ibovespa sobe 2,57%; saiba o que agradou tanto os investidores
O presidente do Fed deu a declaração mais contundente até agora com relação ao corte de juros e levou o dólar à vista a cair 1% por aqui
Rogério Xavier revela o ponto decisivo que pode destravar potencial para as ações no Brasil — e conta qual é a aposta da SPX para ‘fugir’ do dólar
Na avaliação do sócio da SPX, se o Brasil tomar as decisões certas, o jogo pode virar para o mercado de ações local
Sequóia III Renda Imobiliária (SEQR11) consegue inquilino para imóvel vago há mais de um ano, mas cotas caem
O galpão presente no portfólio do FII está localizado na Penha, no Rio de Janeiro, e foi construído sob medida para a operação da Atento, empresa de atendimento ao cliente
Bolsa brasileira pode saltar 30% até o fim de 2025, mas sem rali de fim de ano, afirma André Lion. Essas são as 5 ações favoritas da Ibiuna para investir agora
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, o sócio da Ibiuna abriu quais são as grandes apostas da gestora para o segundo semestre e revelou o que poderia atrapalhar a boa toada da bolsa
Cinco bancos perdem juntos R$ 42 bilhões em valor de mercado — e estrela da bolsa puxa a fila
A terça-feira (19) foi marcada por fortes perdas na bolsa brasileira diante do aumento das tensões entre Estados Unidos e o Brasil
As cinco ações do Itaú BBA para lucrar: de Sabesp (SBSP3) a Eletrobras (ELET3), confira as escolhidas após a temporada de resultados
Banco destaca empresas que superaram as expectativas no segundo trimestre em meio a um cenário desafiador para o Ibovespa
Dólar abaixo de R$ 5? Como a vitória de Trump na guerra comercial pode ser positiva para o Brasil
Guilherme Abbud, CEO e CIO da Persevera Asset, fala sobre os motivos para ter otimismo com os ativos de risco no Touros e Ursos desta semana
Exclusivo: A nova aposta da Kinea para os próximos 100 anos — e como investir como a gestora
A Kinea Investimentos acaba de revelar sua nova aposta para o próximo século: o urânio e a energia nuclear. Entenda a tese de investimento
Entra Cury (CURY3), sai São Martinho (SMTO3): bolsa divulga segunda prévia do Ibovespa
Na segunda prévia, a Cury fez sua estreia com 0,210% de peso para o período de setembro a dezembro de 2025, enquanto a São Martinho se despede do índice
Petrobras (PETR4), Gerdau (GGBR4) e outras 3 empresas pagam dividendos nesta semana; saiba quem recebe
Cinco companhias listadas no Ibovespa (IBOV) entregam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas na terceira semana de agosto
Howard Marks zera Petrobras e aposta na argentina YPF — mas ainda segura quatro ações brasileiras
A saída da petroleira estatal marca mais um corte de exposição brasileira, apesar do reforço em Itaú e JBS
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3