Vamos (VAMO3) lança oferta para captar R$ 685 milhões em título isento de imposto que escapou das restrições do governo
Vamos pretende destinar os recursos “exclusivamente nas atividades de produção e/ou comercialização de produtos e insumos agropecuários”

O governo fechou a porta para boa parte das emissões de títulos com isenção de imposto de renda. Mas as empresas encontraram uma alternativa de captação com os certificados de direitos creditórios do agronegócio (CDCA). A Vamos (VAMO3) vai ser a próxima a se valer do instrumento.
A empresa de locação de caminhões e equipamentos pretende captar pelo menos R$ 685 milhões com a emissão de CDCA, título que escapou das restrições que o governo anunciou no início do ano. Caso a companhia coloque também o lote adicional, a operação pode movimentar até R$ 856 milhões.
Como sugere a sigla, o CDCA é um instrumento de captação para financiar o agronegócio. Assim, a Vamos pretende destinar os recursos na locação de caminhões, máquinas, equipamentos "exclusivamente nas atividades de produção e/ou comercialização de produtos e insumos agropecuários".
- Qual é a melhor opção para se aposentar sem depender do INSS? Simule na nossa ferramenta gratuita
Os detalhes da oferta de CDCA da Vamos (VAMO3)
A Vamos emitirá os CDCA em duas séries, ambas com vencimento em sete anos (setembro de 2031). A diferença entre elas é a forma de remuneração aos investidores.
Na primeira série, a Vamos propõe um rendimento prefixado equivalente à maior taxa entre o DI futuro de janeiro de 2029 mais um spread de 1,50% ao ano ou 13,30% ao ano.
Enquanto isso, a segunda série terá rendimento com correção pelo IPCA mais uma taxa equivalente à do Tesouro IPCA + com Juros Semestrais com vencimento em 15 de agosto de 2030 mais um spread de 1,50% ao ano ou 7,80% ao ano.
Leia Também
Lembrando que a remuneração final tem isenção de IR para a pessoa física, mas pode ser menor dependendo da demanda dos investidores na oferta. O BTG Pactual é o coordenador líder e atua ao lado da XP na operação.
As restrições aos títulos isentos
O governo fechou a porta para a emissão de boa parte dos títulos de renda fixa isentos para pessoas físicas no início do ano. Entre eles, os certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e do agronegócio (CRA).
No caso das emissões de CRA e CRI, títulos emitidos por companhias não relacionadas ao agronegócio e ao mercado imobiliário não podem mais ser usados como lastro das operações.
Isso porque várias empresas que alegam fazer parte da cadeia dos setores se aproveitaram para fazer captações usando CRA e CRI nos últimos anos em razão do benefício fiscal.
Um dos casos mais emblemáticos foi o Burger King, que captou recursos com a emissão de CRA para comprar a carne dos hambúrgueres.
ASSISTA TAMBÉM: "Copom não tem outra coisa a fazer além de subir a Selic, diz ex-diretor do BC"
De SNCI11 a URPR11: Calote de CRIs é problema e gestores de fundos imobiliários negociam alternativas
Os credores têm aceitado abrir negociações para buscar alternativas e ter chances maiores de receber o pagamento dos títulos
Renda fixa capta bilhões em dólar e em real e consolida ‘novo normal’ no primeiro semestre de 2025, diz Anbima
Debêntures incentivadas ganham cada vez mais destaque, e até mesmo uma “alternativa exótica” cresce como opção
Ficou mais barato investir em títulos do Tesouro dos EUA e renda fixa global: Avenue amplia variedade de bonds e diminui valor mínimo
São mais de 140 novos títulos emitidos por companhias de países como Canadá, França e Reino Unido
Perdeu a emissão primária de debêntures da Petrobras (PETR4)? Títulos já estão no mercado secundário e são oportunidade para o longo prazo
Renda fixa da Petrobras paga menos que os títulos públicos agora, mas analistas veem a possibilidade de retorno ou ganho de capital no futuro
Renda fixa vai ganhar canal digital de negociação no mercado secundário com aval da CVM; entenda como vai funcionar
O lançamento está previsto para acontecer neste mês, já com acesso a debêntures, CRIs, CRAs, CDBs, LCIs, LCAs e LIGs
Gestores não acreditam que tributação de títulos isentos vai passar, mas aumentam posição em debêntures incentivadas
Pesquisa exclusiva da Empiricus revela expectativa de grandes gestores de crédito sobre a aprovação da MP 1.303 e suas possíveis consequências
Isa Energia e CPFL são compra em julho. Confira as recomendações de debêntures, CRI e CRA, LCD e títulos públicos para o mês
BB Investimentos, BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade na renda fixa agora, diante da perspectiva de taxas menores no futuro
CDB ou LCA: títulos mais rentáveis de junho diminuem taxas, mas valores máximos chegam a 105% do CDI com imposto e 13,2% ao ano isento de IR
Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a maio
“Uma pena o Brasil ter entrado nessa indústria de isento”: por que Reinaldo Le Grazie, ex-BC, vê a taxação de títulos de renda fixa com bons olhos?
MP 1.303 reacende uma discussão positiva para a indústria, segundo o sócio da Panamby, que pode melhorar a alocação de capital no Brasil
Nem toda renda fixa, mas sempre a renda fixa: estas são as escolhas dos especialistas para investir no segundo semestre
Laís Costa, da Empiricus, Mariana Dreux, da Itaú Asset, e Reinaldo Le Grazie, da Panamby, indicam o caminho das pedras para garantir os maiores retornos na renda fixa em evento exclusivo do Seu Dinheiro
Crédito privado conquistou os investidores com promessas de alto retorno e menos volatilidade; saiba o que esperar daqui para frente
Ativos de crédito privado, como FIDCs e debêntures, passaram a ocupar lugar de destaque na carteira dos investidores; especialistas revelam oportunidades e previsões para o setor
Petrobras (PETR4) emite R$ 3 bilhões em debêntures, com taxas que pagam menos que os títulos públicos — mas são consideradas atrativas
A renda fixa da Petrobras, com isenção de imposto de renda, tem apelo significativo neste momento, segundo avaliação da Empiricus
Subiu mais um pouquinho: quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI com a Selic em 15%
Copom aumentou a taxa básica em mais 0,25 ponto percentual nesta quarta (18), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas; ajuste deve ser o último do ciclo de alta
Acabou a isenção: como as mudanças propostas no imposto de renda dos investimentos podem mexer com os mercados
Investidores podem esperar mudanças nas taxas, nos prazos e nos retornos se propostas da MP 1.303/25, que estabelece imposto de 5% para isentos e alíquota única de 17,5% para demais investimentos, forem aprovadas
LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures incentivadas devem perder isenção de IR e passar a ser tributadas; veja regras completas
Governo publicou texto da Medida Provisória com novas regras de tributação para investimentos que inclui tributação de 5% para títulos de renda fixa antes isentos
Estratégia dos gestores: títulos AAA e agro ficam em segundo plano; pitada de risco é bem-vinda para melhorar retornos
Enquanto investidores colocam cada vez mais fichas no crédito privado, gestores enfrentam cenário mais difícil para retornos acima da curva
O que esperar da renda fixa com o fim das altas na Selic e a possível tributação de isentos, como LCI e LCA?
No Touros e Ursos desta semana, Ulisses Nehmi, CEO da gestora de renda fixa Sparta, fala sobre estratégias e riscos diante de um juro tão alto e ameaças de tributação
Renda fixa em junho: Tesouro IPCA+ e debênture da Sabesp são destaques; indicações incluem títulos isentos como CRIs, LCAs e a nova LCD
Veja o que BB Investimentos, BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam comprar na renda fixa em junho
Não são só as LCIs e LCAs! CRI, CRA e debêntures incentivadas também devem perder isenção; demais investimentos terão alíquota única
Pacote de medidas para substituir o aumento do IOF propõe tributação de 5% em todos os títulos de renda fixa hoje isentos, além de alíquota única de 17,5% nas demais aplicações
Ainda vale a pena investir em LCI e LCA com o imposto de 5% proposto por Haddad? Fizemos as contas
Taxação mexe com um dos investimentos preferidos do investidor pessoa física; LCI e LCA hoje são isentas de imposto de renda