Tesouro Direto e B3 anunciam novo modelo de cobrança da taxa de custódia a partir de 31/12; veja o que muda
Cobrança deixará de ser semestral, o que significa que débito previsto para 1º de janeiro de 2025 não irá mais ocorrer. Veja quando o investidor deverá pagá-la
O Tesouro Direto e a B3 anunciaram, neste fim de semana, que uma nova forma de cobrança da taxa de custódia paga à bolsa pela guarda dos títulos públicos comprados pelo programa entrará em vigor na próxima terça-feira (31).
Com o início deste novo modelo, o desconto da taxa não será mais semestral, e a cobrança prevista para o dia 1º de janeiro de 2025 não será mais realizada.
Vale frisar que a nova regra vale apenas para os títulos públicos Tesouro Selic, Tesouro Prefixado, Tesouro Prefixado com Juros Semestrais, Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais.
Hoje, a taxa de custódia para esses títulos é de 0,20% ao ano, e os títulos Tesouro Selic contam com isenção até o estoque de R$ 10 mil por investidor (CPF), incidindo apenas sobre os valores investidos que superam esta marca.
O que muda na cobrança da taxa de custódia do Tesouro Direto
Atualmente, a cobrança ocorre nos meses de janeiro e julho, desde que o saldo devedor seja maior que R$ 10.
A nova regra, no entanto, seguirá o modelo de "netting", com cobrança proporcional ao prazo de investimento sendo realizada em apenas três casos: no vencimento do título, nos pagamentos de juros (cupom) ou nos casos de venda antecipada (resgate do título antes do vencimento), o que ocorrer primeiro.
Leia Também
O valor de 0,20% ao ano e a faixa de isenção para o Tesouro Selic serão mantidos.
De acordo com o Tesouro Direto, essa forma de cobrança é mais flexível e prática para o investidor, pois dispensa a necessidade de manter saldo em conta ou mesmo resgatar investimentos para honrar o débito da taxa semestral. Agora, a taxa de custódia poderá ser paga com parte dos próprios juros pagos pelos títulos ou recursos resgatados.
"A nova forma de cobrança vai beneficiar a experiência dos investidores e dos agentes de custódia, proporcionando melhores condições operacionais para quem já investe com a diminuição da gestão dos depósitos periódicos ou mesmo resgates parciais de investimentos para realizar o pagamento da taxa de custódia semestral", diz Ofício Circular publicado pela B3.
A dona da bolsa esclarece ainda que o cálculo da taxa de custódia do Tesouro Direto continua sendo "pro rata die", ou seja, o cálculo é realizado diariamente e fica provisionado para ser pago, exclusivamente, quando o investidor tiver alguma forma de crédito (juros, vencimento ou resgate antecipado).
Dessa forma, ainda que o investidor resgate o investimento antes do vencimento, ele irá pagar apenas o valor da taxa proporcional ao período investido.
- LEIA MAIS: Selic pode chegar a 15% ao ano em 2025? Veja 4 títulos de renda fixa para ganhar acima da taxa de juros, segundo analista
Regra de cobrança da taxa de custódia do Tesouro RendA+ e do Tesouro Educa+ permanece a mesma
Para os títulos Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+, a taxa de custódia continua sendo cobrada apenas nos momentos de resgate ou recebimento dos fluxos mensais, após a data de conversão.
Ficam isentos da cobrança os investidores que levarem o título até o vencimento e receberem uma renda até seis salários mínimos após a data de conversão. Valores superiores a esse limite sofrerão cobrança de 0,10% ao ano apenas sobre o que exceder seis salários mínimos.
Já os investidores que resgatarem o título antes da data de vencimento sofrem cobrança de taxa de custódia, que varia de acordo com o prazo do investimento.
Resgates ocorridos antes de um prazo de dez anos sofrem cobrança de 0,50% ao ano; entre dez e 20 anos, a taxa cai para 0,20% ao ano; e acima de 20 anos, a taxa de custódia é de 0,10% ao ano.
Renda fixa para novembro: CRAs da Minerva e CDB que paga IPCA + 8,8% são as estrelas das recomendações do mês
BTG Pactual, BB Investimentos, Itaú BBA e XP recomendam aproveitar as rentabilidades enquanto a taxa de juros segue em 15% ao ano
Onda de resgates em fundos de infraestrutura vem aí? Sparta vê oportunidade nos ativos isentos de IR listados em bolsa
Queda inesperada de demanda acende alerta para os fundos abertos, porém é oportunidade para fundos fechados na visão da gestora
A maré virou: fundos de infraestrutura isentos de IR se deparam com raro mês negativo, e gestor vê possível onda de resgates
Queda inesperada de demanda por debêntures incentivadas abriu spreads e derrubou os preços dos papéis, mas movimento não tem a ver com crise de crédito
Ficou mais fácil: B3 passa a mostrar posições em renda fixa de diferentes corretoras na área do investidor
Funcionalidade facilita o acompanhamento das aplicações, refletindo o interesse crescente por renda fixa em meio à Selic elevada
Novo “efeito Americanas”? Títulos de dívida de Ambipar, Braskem e Raízen despencam e acendem alerta no mercado de crédito
As três gigantes enfrentam desafios distintos, mas o estresse simultâneo nos seus títulos de dívida reacendeu o temor de um contágio similar ao que ocorreu quando a Americanas descobriu uma fraude bilionária em 2023
Tesouro IPCA+ com taxa de 8%: quanto rendem R$ 10 mil aplicados no título do Tesouro Direto em diferentes prazos
Juro real no título indexado à inflação é histórico e pode mais que triplicar o patrimônio em prazos mais longos
Tesouro Direto: Tesouro IPCA+ com taxa a 8% é oportunidade ou armadilha?
Prêmio pago no título público está nas máximas históricas, mas existem algumas condições para conseguir esse retorno total no final
Até o estrangeiro se curvou à renda fixa do Brasil: captação no exterior até setembro é a maior em 10 anos
Captação no mercado externo neste ano já soma US$ 29,5 bilhões até setembro, segundo a Anbima
Com renda fixa em alta, B3 lança índice que acompanha desempenho do Tesouro Selic
Indicador mede o desempenho das LFTs e reforça a consolidação da renda fixa entre investidores; Nubank estreia primeiro produto atrelado ao índice
Fim da ‘corrida aos isentos’: gestores de crédito ficam mais pessimistas com as debêntures incentivadas com isenção de IR garantida
Nova pesquisa da Empiricus mostra que os gestores estão pessimistas em relação aos retornos e às emissões nos próximos meses
Renda fixa recomendada para outubro paga IPCA + 8,5% e 101% do CDI — confira as opções de debêntures isentas, CDB e LCA
BTG Pactual, BB Investimentos, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante da possibilidade de corte dos juros à frente
LCI, LCA, FII e fiagro mantêm isenção de imposto de renda; veja as novas mudanças na MP 1.303/25, que deve ser votada até amanhã (8)
Tributação de LCIs e LCAs em 7,5% chegou a ser aventada, mantendo-se isentos os demais investimentos incentivados. Agora, todas as isenções foram mantidas
Problemas de Ambipar (AMBP3) e Braskem (BRKM5) podem contaminar títulos de dívida de outras empresas, indica Fitch
Eventos de crédito envolvendo essas duas empresas, que podem estar em vias de entrar em recuperação judicial, podem aumentar a aversão a risco de investidores de renda fixa corporativa, avalia agência de rating
Tesouro Direto: retorno do Tesouro IPCA+ supera 8% mais inflação nesta quinta (2); o que empurrou a taxa para cima?
Trata-se de um retorno recorde para o título de 2029, que sugere uma reação negativa do mercado a uma nova proposta de gratuidade do transporte público pelo governo Lula
Brasil captou no exterior com menor prêmio da história este ano: “há um apetite externo muito grande”, diz secretário do Tesouro
Em evento do BNDES, Rogério Ceron afirmou que as taxas dos títulos soberanos de cinco anos fecharam com a menor diferença da história em relação aos Treasurys dos EUA
Isentas de imposto de renda ou não, debêntures incentivadas continuarão em alta; entenda por quê
A “corrida pelos isentos” para garantir o IR zero é menos responsável pelas taxas atuais dos títulos do que se pode imaginar. O fator determinante é outro e não vai mudar tão cedo
Renda fixa: Tesouro IPCA+ pode render 60% em um ano e é a grande oportunidade do momento, diz Marília Fontes, da Nord
Especialista aponta que as taxas atuais são raras e que o fechamento dos juros pode gerar ganhos de até 60% em um ano
Quanto rendem R$ 10 mil na renda fixa conservadora com a Selic estacionada em 15% — e quais são os ativos mais atrativos agora
Analistas de renda fixa da XP Investimentos simulam retorno em aplicações como poupança, Tesouro Selic, CDB e LCI e recomendam ativos preferidos na classe
Tesouro Selic deve ser primeiro título do Tesouro Direto a ter negociação de 24 horas, diz CEO da B3
Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, também falou sobre o que esperar do próximo produto da plataforma: o Tesouro Reserva de Emergência
Nada de 120% do CDI: CDB e LCA estão pagando menos, com queda de juros à vista e sem o banco Master na jogada; veja a remuneração máxima
Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a julho
