O retorno de 1% ao mês voltou ao Tesouro Direto: títulos públicos prefixados voltam a pagar mais de 12,7% ao ano com alta dos juros
Títulos indexados à inflação negociados no Tesouro Direto também estão pagando mais com avanço nos juros futuros

A alta dos juros futuros, motivada pelas preocupações fiscais, a inflação rodando próxima ao teto da meta e o crescimento econômico resiliente no país, elevou novamente as rentabilidades dos títulos públicos prefixados e indexados ao IPCA, negociados no Tesouro Direto.
Com isso, entre a última sexta-feira (11) e esta segunda-feira (14), os títulos Tesouro Prefixado voltaram a render mais de 12,7% ao ano, equivalente a uma retorno de 1% ao mês, a taxa "preferida" do brasileiro na renda fixa.
Assim, quem adquiriu os papéis Tesouro Prefixado 2027 ou 2031 hoje no Tesouro Direto, por exemplo, receberá, no vencimento, 12,72% ao ano.
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O títulos prefixados são aqueles que pagam uma rentabilidade já conhecida no ato do investimento para quem carregar o título até o fim do prazo.
Assim, quem quiser garantir um retorno de 1% ao mês (sem considerar os descontos de imposto de renda e taxa de custódia), consegue obter essa rentabilidade bruta se comprar os papéis Tesouro Prefixado agora.
Retorno do Tesouro IPCA+ já beira os 6,5% acima da inflação
A alta dos juros de mercado também elevou a rentabilidade dos títulos indexados à inflação para perto de 6,5% ao ano mais a variação do IPCA. Isso significa que quem comprar os papéis Tesouro IPCA+ neste momento garantirá quase 6,5% acima da inflação caso os carregue até o vencimento.
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Taxas superiores a 6% ao ano + IPCA nos papéis atrelados à inflação, aliás, costumam indicar bons momentos de compra para esses títulos públicos.
Títulos públicos prefixados e atrelados à inflação têm se desvalorizado
Após um breve período de queda no início do segundo semestre, quando as perspectivas de mercado chegaram a ver uma melhora, os juros futuros voltaram a subir no fim de agosto, à medida que foi ficando mais claro que o Banco Central teria que voltar a elevar a taxa Selic para impedir que a inflação rompesse o teto da meta.
Atualmente, a meta de inflação brasileira é de 3,0% ao ano, com variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Nos últimos 12 meses, o IPCA foi de 4,42%, bastante próximo ao teto de 4,50%.
Assim, na sua última reunião para decidir juros, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) optou por elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano, iniciando um novo ciclo de alta.
Embora eleve as remunerações dos títulos prefixados e indexados à inflação, a alta dos juros futuros derruba os preços de mercado desses papéis, levando a uma desvalorização para aqueles investidores que já tinham esses papéis na carteira, comprados quando as taxas estavam menores.
No acumulado de 2024, os títulos Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+ de prazos mais curtos ainda conseguem acumular resultado positivo, mas aqueles de prazos mais longos experimentam quedas, em alguns casos, bastante substanciais.
O Tesouro IPCA+ 2045, por exemplo, se desvalorizou 9,93% no acumulado de 2024. Já o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2055 recua 5,95%.
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