BTG recomenda 10 títulos de renda fixa isentos de IR para fevereiro – e nenhum deles tem carência como as LCIs e LCAs
Títulos como debêntures incentivadas, CRIs e CRAs não têm carência, mas têm mais risco que LCIs e LCAs

A ampliação da carência mínima de LCIs e LCAs para 12 e nove meses respectivamente reduziu a atratividade desses títulos isentos de imposto de renda para quem gosta de liquidez mais imediata. Mas no mercado de renda fixa incentivada há outros títulos sem carência, como é o caso das debêntures incentivadas.
Claro que elas têm um risco de crédito maior do que LCIs e LCAs, que são cobertas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) em até R$ 250 mil. Debêntures não contam com essa proteção, estando expostas ao risco da empresa emissora.
Mesmo assim, é possível selecionar papéis de companhias com boa classificação de risco (rating), consideradas boas pagadoras, para mitigar este risco. Este, aliás, costuma ser um dos critérios de seleção das debêntures incentivadas indicadas pelos bancos e corretoras que elaboram carteiras recomendadas de títulos de renda fixa.
Na carteira recomendada de crédito privado do BTG Pactual para fevereiro, por exemplo, há sete debêntures incentivadas, dois CRIs e um CRA, todos isentos de IR. Seis dos dez papéis têm rating AAA, enquadrando-se na categoria de menor risco de crédito.
É sempre bom manter em mente que os títulos incentivados – sejam eles debêntures, CRIs e CRAs ou mesmo as mais conservadoras LCIs e LCAs – são investimentos pensados para objetivos de médio e longo prazo, e não para a reserva de emergência ou apostas de curto prazo.
Mesmo assim, não tendo carência para resgate, debêntures, CRIs e CRAs podem ser vendidas no mercado secundário quando o investidor desejar, não estando sujeitos a carência, como as LCIs e LCAs.
Leia Também
Vamos às recomendações do BTG para fevereiro:
Título | Código | Data de vencimento | Classificação de risco (rating) | Rentabilidade anual (09/02/2024) |
Debênture TIM S.A. | TIMS12 | 15/06/28 | AAA | 5,11% + IPCA |
Debênture Equatorial Goiás* | CGOS24 | 15/10/31 | AAA | 5,07% + IPCA |
Debênture Rota das Bandeiras | CBAN12 | 15/07/34 | AAA | 5,28% + IPCA |
Debênture Hélio Valgas | HVSP11 | 15/06/38 | AA- | 6,15% + IPCA |
Debênture Origem Energia** | ORIG11 | 15/12/35 | A | 6,89% + IPCA |
Debênture Mata de Santa Genebra | MSGT33 | 15/11/37 | AA | 5,74% + IPCA |
Debênture Iguá Rio de Janeiro | IRJS14 | 15/05/43 | AA+ | 6,10% + IPCA |
CRA Minerva** | CRA02300MJ9 | 15/09/28 | AAA | CDI + 0,80% |
CRI Yduqs** | 23J1142031 | 16/10/28 | AAA | CDI + 0,40% |
CRI Localiza | 23C0247702 | 11/03/30 | AAA | ND |
Fonte: BTG Pactual
ONDE INVESTIR EM FEVEREIRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS, BDRS E CRIPTOMOEDAS - MELHORES INVESTIMENTOS
Mudanças na carteira em relação ao mês anterior
Inclusão:
- Debênture Equatorial Goiás: Prêmio de crédito atrativo considerando a queda da alavancagem (holding), a melhora dos indicadores operacionais de qualidade e a fiança da Equatorial Energia.
- CRA Minerva: Prêmio de crédito atrativo considerando o ciclo do gado positivo na América Latina, a posição de caixa elevada e o cenário positivo para exportações.
- CRI Yduqs: Prêmio de crédito atrativo considerando o aumento da captação de alunos em todos os segmentos, a boa geração de caixa e a posição de destaque no setor.
Exclusão:
- Debênture Ciclus Ambiental: Fechamento de taxa (redução da remuneração, com valorização do ativo) por conta da elevada demanda, resultando em um prêmio menor.
- CRI Original Holding: Fechamento de taxa (redução da remuneração, com valorização do ativo) por conta da elevada demanda, resultando em um prêmio menor.
- CRI Smart Fit: Fechamento de taxa (redução da remuneração, com valorização do ativo) por conta da elevada demanda, resultando em um prêmio menor.
O BTG indica sua carteira recomendada de títulos incentivados para investidores qualificados, mas nem todos os papéis da carteira são restritos a esta categoria de investidor. A maioria está disponível para o público geral.
O banco também ressalva que a exclusão dos ativos da carteira recomendada não necessariamente significa uma recomendação de venda. A seleção dos títulos da carteira leva em consideração principalmente o ponto de entrada no ativo.
SPX diminui aposta no Banco do Brasil e vê oportunidade rara no crédito soberano da Argentina
Com spreads comprimidos travando o mercado local de títulos de dívida, a SPX afina a estratégia para preservar relação risco-retorno em fundos de crédito
Braskem, Vale, Mercado Livre… onde estão os riscos e oportunidades no crédito para quem investe em debêntures, na visão da Moody’s
Relatório da agência de risco projeta estabilidade na qualidade do crédito até o próximo ano, mas desaceleração da atividade em meio a juros altos e incertezas políticas exigem cautela
Prêmio das debêntures de infraestrutura é o menor em cinco anos — quem está comprando esse risco e por quê?
Diferença nas taxas em relação aos retornos dos títulos públicos está cada vez menor, diante da corrida aos isentos impulsionada por uma possível cobrança de imposto
A nova jogada dos gestores de crédito para debêntures incentivadas em meio à incerteza da isenção do IR
Com spreads cada vez mais apertados e dúvidas sobre a isenção do imposto de renda, gestores recorrem ao risco intermediário e reforçam posições em FIDCs para buscar retorno
Tesouro Direto vai operar 24 horas por dia a partir de 2026
Novidades incluem título para reserva de emergência sem marcação a mercado e plataforma mais acessível para novos investidores
Tesouro Direto IPCA ou Prefixado: Qual a melhor opção de renda fixa para lucrar na virada de ciclo dos juros?
Com juros em queda e inflação sob controle, entenda como escolher a melhor opção de rentabilidade para proteger e potencializar os investimentos
Debêntures da Petrobras (PETR4) e prefixados com taxa de 13% ao ano são destaques. Confira as recomendações para renda fixa em agosto
BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante das incertezas futuras
Tesouro Educa+ faz aniversário com taxas de IPCA + 7% em todos os vencimentos; dá para garantir faculdade, material e mais
Título público voltado para a educação dos filhos dobrou de tamanho em relação ao primeiro ano e soma quase 160 mil investidores
De debêntures incentivadas a fundos de infraestrutura, investidores raspam as prateleiras para garantir títulos isentos — e aceitam taxas cada vez menores
A Medida Provisória 1.303/25 tem provocado uma corrida por ativos isentos de imposto de renda, levando os spreads dos títulos incentivados a mínimas históricas
De SNCI11 a URPR11: Calote de CRIs é problema e gestores de fundos imobiliários negociam alternativas
Os credores têm aceitado abrir negociações para buscar alternativas e ter chances maiores de receber o pagamento dos títulos
Renda fixa capta bilhões em dólar e em real e consolida ‘novo normal’ no primeiro semestre de 2025, diz Anbima
Debêntures incentivadas ganham cada vez mais destaque, e até mesmo uma “alternativa exótica” cresce como opção
Ficou mais barato investir em títulos do Tesouro dos EUA e renda fixa global: Avenue amplia variedade de bonds e diminui valor mínimo
São mais de 140 novos títulos emitidos por companhias de países como Canadá, França e Reino Unido
Perdeu a emissão primária de debêntures da Petrobras (PETR4)? Títulos já estão no mercado secundário e são oportunidade para o longo prazo
Renda fixa da Petrobras paga menos que os títulos públicos agora, mas analistas veem a possibilidade de retorno ou ganho de capital no futuro
Renda fixa vai ganhar canal digital de negociação no mercado secundário com aval da CVM; entenda como vai funcionar
O lançamento está previsto para acontecer neste mês, já com acesso a debêntures, CRIs, CRAs, CDBs, LCIs, LCAs e LIGs
Gestores não acreditam que tributação de títulos isentos vai passar, mas aumentam posição em debêntures incentivadas
Pesquisa exclusiva da Empiricus revela expectativa de grandes gestores de crédito sobre a aprovação da MP 1.303 e suas possíveis consequências
Isa Energia e CPFL são compra em julho. Confira as recomendações de debêntures, CRI e CRA, LCD e títulos públicos para o mês
BB Investimentos, BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade na renda fixa agora, diante da perspectiva de taxas menores no futuro
CDB ou LCA: títulos mais rentáveis de junho diminuem taxas, mas valores máximos chegam a 105% do CDI com imposto e 13,2% ao ano isento de IR
Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a maio
“Uma pena o Brasil ter entrado nessa indústria de isento”: por que Reinaldo Le Grazie, ex-BC, vê a taxação de títulos de renda fixa com bons olhos?
MP 1.303 reacende uma discussão positiva para a indústria, segundo o sócio da Panamby, que pode melhorar a alocação de capital no Brasil
Nem toda renda fixa, mas sempre a renda fixa: estas são as escolhas dos especialistas para investir no segundo semestre
Laís Costa, da Empiricus, Mariana Dreux, da Itaú Asset, e Reinaldo Le Grazie, da Panamby, indicam o caminho das pedras para garantir os maiores retornos na renda fixa em evento exclusivo do Seu Dinheiro
Crédito privado conquistou os investidores com promessas de alto retorno e menos volatilidade; saiba o que esperar daqui para frente
Ativos de crédito privado, como FIDCs e debêntures, passaram a ocupar lugar de destaque na carteira dos investidores; especialistas revelam oportunidades e previsões para o setor