🔴 5 MOEDAS PARA MULTIPLICAR SEU INVESTIMENTO EM ATÉ 400X – VEJA COMO ACESSAR LISTA

Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
NÃO COMBINARAM COM OS RUSSOS…

Os juros vão subir? O dado de inflação que embolou o meio de campo do mercado e pode colocar a maior economia do mundo na retranca

Pela terceira vez seguida, a inflação veio acima do indicado pelas projeções, fazendo o dólar disparar, as bolsas caírem e os yields (rendimentos) dos Treasurys atingirem máximas no dia

Carolina Gama
10 de abril de 2024
13:51 - atualizado às 13:54
Montagem de um goleiro impedindo a bola de entrar no gol, com o rosto do presidente do BC dos EUA, Jerome Powell, que é um senhor de cabelos brancos e óculos
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, tenta defender a economia dos EUA da inflação - Imagem: Pixabay/Shutterstock - Montagem: Brenda Silva

Nos idos de 1958, o Brasil participou da Copa do Mundo da Suécia e enfrentou o fortíssimo time da então União Soviética. Na preleção, o técnico Feola repassa uma jogada complicada e, ao final, Garrincha pergunta ao treinador: "Professor, você já combinou tudo isso com os russos?". E, assim como naquela partida, o mercado também não “combinou com os russos” o futuro dos juros nos EUA. 

A primeira aposta era de que a taxa cairia em março deste ano, depois de dados indicando que a inflação estava perdendo força, o mercado de trabalho seguia aquecido e a economia norte-americana, crescendo. 

Mas o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) não estava convencido de que a trajetória descendente da inflação era algo definitivo. O resultado: juros mantidos até agora no maior patamar em 22 anos, na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano. 

O mercado então passou a apostar na queda dos juros a partir de junho deste ano — afinal, as próprias projeções dos membros do comitê de política monetária do Fed (Fomc, na sigla em inglês) indicam três cortes da taxa em 2024. 

Só que os investidores esqueceram de combinar duas coisas com os "russos": essas projeções para os juros não estão escritas em pedra — por isso, o Fomc pode tomar uma decisão diferente sobre a taxa de juros — e a preleção de Jerome Powell, que já indicou diversas vezes que precisa de mais dados para crer na trajetória de queda da inflação. 

  • VOCÊ JÁ DOLARIZOU SEU PATRIMÔNIO? A Empiricus Research está liberando uma carteira gratuita com 10 ações americanas pra comprar agora. Clique aqui e acesse.

A inflação que embolou o meio de campo dos mercados

Nesta quarta-feira (10), horas antes da ata da reunião de política monetária de março, o índice de preços ao consumidor (CPI,  na sigla em inglês) de março embolou o meio de campo dos mercados ao redor do mundo — que precisaram colocar a bola no chão e rever as expectativas sobre o afrouxamento monetário nos EUA

O CPI, que não é a medida preferida do Fed para a inflação, subiu 0,4% no mês passado, colocando a taxa em 12 meses em 3,5% — 0,3 ponto percentual acima da de fevereiro. Os economistas consultados pela Dow Jones esperavam alta de 0,3% e de 3,4%, respectivamente. 

Excluindo componentes voláteis dos alimentos e da energia, o núcleo do CPI também acelerou 0,4% em base mensal e subiu 3,8% em relação ao ano anterior, em comparação com as respectivas estimativas de 0,3% e 3,7%.

Resultado: Wall Street opera com mais de 1% de queda, os yields (rendimentos) dos Treasurys atingem máximas e moedas fortes como o iene despencam ao menor nível em mais de 30 anos em relação ao dólar. Acompanhe nossa cobertura ao vivo dos mercados

"É UMA CORRIDA PARA O DÓLAR": A ECONOMIA DOS EUA VOLTOU COM TUDO. E AGORA?

Os juros não vão cair nos EUA?

As apostas do mercado mudaram após a inflação de março. Dados compilados pelo CME Group mostram, assim que os números foram divulgados, que a chance majoritária de corte de juros aparecia apenas em setembro (73,8%). 

Para a próxima decisão, em 1° de maio, a chance de manutenção dos juros estava em 98,4%, enquanto na reunião de 12 de junho, a probabilidade de manutenção era de 76,8%. 

Mas há quem não tenha colocado de vez no banco a possibilidade de corte de juros em junho nos EUA mesmo com o dado da inflação acima do esperado. 

O Citi, por exemplo, ainda acredita que o primeiro corte dos virá em junho, embora tenha ponderado que a "tendência forte de modo consistente" do CPI "eleva a probabilidade de que os dirigentes do Fed não tenham a confiança para cortar em junho, baseando-se apenas em dados de inflação".

Já a Capital Economics é mais descrente. Segundo a consultoria, o CPI de março junto com o payroll mais forte que o esperado, praticamente mata as esperanças de um corte de juros em junho. 

O banco canadense CIBC diz que o terceiro relatório de inflação acima do previsto seguido significa que o Fed não terá pressa de cortar juros. 

"Os dados de hoje significam que o risco de persistente inflação mais alta voltou a ser prioridade número 1 do Fed, embora a inflação não esteja muito acima da meta", diz o CIBC em relatório. 

O dono da bola também fala dos juros

Até o dono da bola falou hoje sobre a inflação nos EUA. Embora a Casa Branca não tenha a tradição de interferir nas decisões do Fed — para manter a independência do BC —, o presidente norte-americano, Joe Biden, comentou os dados. 

Biden disse que o CPI de março "mostra que temos mais a fazer para reduzir custos das famílias trabalhadoras". 

Em comunicado da Casa Branca, Biden afirmou ainda que os preços estão "muito elevados" em moradia e alimentação, "mesmo que os preços para itens cruciais como leite e ovos sejam mais baixos que um ano atrás".

O presidente norte-americano disse também que a inflação recuou mais de 60% do pico e renovou apelos de que combatê-la é a maior prioridade econômica atual.

Compartilhe

O CUSTO DA NOVA ORDEM MUNDIAL

Xi Jinping na Rússia: o presidente da China está disposto a pagar o preço pela lealdade de Putin?

16 de maio de 2024 - 18:37

O líder chinês iniciou nesta quinta-feira (16) uma visita de Estado de dois dias à Rússia e muito mais do que uma parceria comercial está em jogo, mas o momento para Pequim é delicado

UM SUSPIRO

Os juros continuarão altos nos EUA? Inflação de abril traz alívio, mas Fed ainda tem que tirar as pedras do caminho

15 de maio de 2024 - 14:54

O índice de preços ao consumidor norte-americano de abril desacelerou para 3,4% em base anual assim como o seu núcleo; analistas dizem o que é preciso agora para convencer o banco central a iniciar o ciclo de afrouxamento monetário por lá

DESINFLAÇÃO ACELERADA

Boas notícias para Milei: Argentina tem inflação de um dígito e Banco Central promove corte de juros maior que o esperado

15 de maio de 2024 - 10:19

Os preços tiveram alta de 8,8% em abril, em linha com o esperado pelo mercado, que estimavam um avanço de preços entre 8% e 9%

UM PRATO QUE SE COME FRIO

A vingança da China: EUA impõem pacote multibilionário de tarifas a carros elétricos chineses e Xi Jinping quer revanche

14 de maio de 2024 - 20:03

O governo chinês disse que o país tomaria medidas resolutas para defender os seus direitos e interesses e instou a administração Biden a “corrigir os seus erros”

VIVA EL DÓLAR

Vitória para Milei: FMI anuncia novo acordo para desembolsar quase US$ 1 bi em pacote de ajuda à Argentina

13 de maio de 2024 - 15:00

Segundo o fundo, a Argentina apresenta “desempenho melhor que o esperado”, com queda na inflação, reconstrução da credibilidade, programas de consolidação fiscal, entre outros

ESCOLHA A FRANÇA

Em busca de capital estrangeiro, Macron atrai gigantes como Amazon para impulsionar investimentos na França

12 de maio de 2024 - 17:03

O presidente francês garantiu investimentos da Amazon, Pfizer e Astrazeneca, enquanto Morgan Stanley prometeu adicionar empregos no país

TECNOLOGIA EM FOCO

Guerra dos chips: Coreia do Sul anuncia pacote de mais de US$ 7 bilhões para a indústria de semicondutores

12 de maio de 2024 - 13:02

O ministro das Finanças sul-coreano, Choi Sang-mok, disse que o programa poderia incluir ofertas de empréstimos e a criação de um novo fundo

XI JINPING QUE SE CUIDE

A fúria de Biden contra a China: EUA preparam tarifaço sobre carros elétricos e energia solar — nem equipamentos médicos vão escapar

10 de maio de 2024 - 19:58

O anúncio completo, previsto para terça-feira (14), deve manter as tarifas existentes sobre muitos produtos chineses definidas pelo ex-presidente norte-americano, Donald Trump

FORA DO FRONT

Uma resposta a Israel? Assembleia da ONU aprova por maioria esmagadora mais direitos aos palestinos

10 de maio de 2024 - 18:50

O projeto de resolução também apela ao Conselho de Segurança que reconsidere favoravelmente o pedido dos palestinos para a adesão plena à organização

SEM CESSAR-FOGO

Não vai parar: Netanyahu resiste à pressão dos EUA e diz que Israel lutará sozinho contra o Hamas

9 de maio de 2024 - 19:45

A sinalização vem depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que cortará o suprimento de alguns itens militares para Israel por conta da ofensiva em Rafah

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar