A melhor moeda do mundo está na Argentina? Peso argentino foi o que mais se valorizou em 2024 e deixou o real no chinelo
A GMA Capital fez os cálculos com base no levantamento do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), com dados de dezembro de 2023 a outubro deste ano

Se alguém falasse, há um ano, que o peso argentino seria a moeda com a maior valorização de 2024, muita gente desconfiaria dessa previsão. E não é para menos: mergulhada em uma crise severa, a Argentina tinha uma inflação galopante e o câmbio hiper desvalorizado — um beco que parecia sem saída. Só que quase 12 meses após a posse de Javier Milei, a história do país vizinho começa a mudar.
É fato que a Argentina ainda tem um longo caminho para entrar nos trilhos — o percentual da população abaixo da linha da pobreza disparou —, mas não dá para negar que o governo de Milei conseguiu avanços importantes desde dezembro de 2023, quando o ultra liberal assumiu a Casa Rosada.
Além da inflação ter desacelerado consideravelmente, o país registrou sucessivos superávits primários, reduziu subsídios que provocam distorções econômicas e melhorou as condições cambiais — a ponto de, nesta semana, o ministro da Economia Luis Caputo anunciar que as restrições à compra de dólar estariam prestes a chegar ao fim.
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Argentina e “a melhor moeda do mundo”
Não foi por acaso que Milei postou nas suas redes sociais que, apesar de ainda não ter cumprido o plano de fechar o Banco Central da Argentina, "demos aos bons argentinos a melhor moeda do mundo".
Levantamento da GMA Capital, elaborado com base em informações do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), entre dezembro de 2023 e outubro deste ano, mostra o peso argentino foi a moeda que mais registrou valorização em 2024.
De acordo com os cálculos, o peso argentino registrou alta de 40,1% nos últimos 10 meses.
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Real come poeira
Enquanto o peso argentino foi a moeda que mais se valorizou em 2024, segundo o levantamento da GMA, o real foi o que mais perdeu valor no ano.
A moeda brasileira desvalorizou 12,8% no período, liderando o pelotão das maiores perdas, seguida do peso mexicano, com -11,5%.
Segundo especialistas, a incerteza fiscal e a baixa atratividade para investidores estrangeiros estão entre os principais fatores que explicam o desempenho do câmbio por aqui neste ano.
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