Vale (VALE3): o que fazer com as ações após os dividendos bilionários e o balanço do segundo trimestre?
A maioria dos analistas considera que o desempenho financeiro da mineradora no segundo trimestre veio em linha com o esperado; as ações sobem mais de 1% na B3 nesta sexta-feira (26)
As ações da Vale (VALE3) operam em alta de 1% nesta sexta-feira (26), depois de a mineradora ter apresentado os resultados financeiros do segundo trimestre e anunciado quase R$ 9 bilhões em dividendos aos acionistas. Com uma performance considerada em linha pelos bancões, o que fazer com os papéis agora?
O Goldman Sachs acredita que "os motivos para não investir na companhia acabarão se tornando motivos para comprar".
O banco norte-americano manteve a recomendação de compra para Vale, com preço-alvo de US$ 15,90 para os American Depositary Receipts (ADRs), o que representa um potencial de valorização de 48,6% sobre o último fechamento.
O Itaú BBA também manteve a indicação de compra para a mineradora, com preço-alvo de US$ 14 para os ADRs — o que representa um potencial de valorização de 30,9%.
A XP Investimentos foi outra casa que manteve a recomendação de compra para a Vale. Os analistas calculam que, com a ação negociando com um múltiplo descontado de cerca de 3,9 vezes o valor da firma sobre o Ebitda (EV/Ebitda) previsto para 2024, a assimetria para o papel é positiva.
O Safra tem recomendação de compra para as ações da Vale, com preço-alvo de R$ 80, o que representa um potencial de valorização de 32% sobre o fechamento de ontem (25).
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Já a Empiricus manteve a Vale na série Vacas Leiteiras. “Por apenas 3,5x valor da firma/ebitda e quase 10% de dividend yield, entendemos que muito pessimismo já está embutido nos preços”, afirma o analista Ruy Hungria.
Por volta de 13h55, as ações VALE3 subiam 1,63%, a R$ 61,63. Em Nova York, os ADRs avançavam 1,59%, a US$ 10,87.
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Os pontos altos da Vale
O Goldman destaca que o Ebitda de metais básicos foi maior do que a estimativas, com receitas melhores de subprodutos e custo menor, equivalente à menor compra de minério de terceiros.
"Esperamos que o operacional da Vale mostre uma recuperação leve, mas não esperamos mais deterioração", disse o banco.
Os analistas pontuam entre os motivos que tanto a Vale quanto a BHP indicaram publicamente que estão construtivas em um acordo final em torno da Samarco no curto prazo.
Além disso, o custo do minério de ferro para dar suporte ao minério de ferro está abaixo de US$100/ a tonelada.
O Citi destaca como fator positivo o anúncio de dividendos de quase R$ 9 bilhões para o segundo semestre, seguindo a política de distribuição da empresa.
"Este anúncio vem em um momento em que os dividendos representam um retorno significativo para os acionistas, especialmente considerando o desempenho recente das ações", disse o banco.
Os pontos baixos do balanço
O Itaú BBA chama atenção que os preços de minério de ferro realizados mais baixos e custos mais altos do que o esperado neutralizaram a melhora nos volumes na comparação anual.
"O ponto baixo foi a geração de fluxo de caixa livre negativa de US$ 178 milhões, prejudicada por um aumento no capital de giro", afirmou o BBA.
Os analistas destacam ainda a queda da dívida líquida expandida para US$ 14,7 bilhões, devido aos US$ 2,5 bilhões recebidos do negócio de metais básicos.
Hungria, da Empiricus, também chama atenção para os preços do minério. Segundo ele, se por um lado os números foram ajudados por maiores volumes, por outro a queda de preço do minério de ferro e paradas para manutenções afetaram as margens.
Vale (VALE3) divulga balanço e juros sobre capital próprio | Usiminas (USIM5) derrete
“A receita líquida atingiu US$ 9,9 bilhões, com alta de 3% na comparação com o segundo trimestre de 2023, ajudada por maiores volumes de produção e também maiores vendas de estoques — o que já tinha sido sinalizado na prévia operacional. No entanto, os custos cresceram em maior ritmo (+9%), em função principalmente de paradas para manutenção, chuvas e aumento no frete”, afirma.
O analista da Empiricus, no entanto, diz que é importante notar que a Vale reiterou a perspectiva de queda nos custos de produção no segundo semestre.
“O custo caixa, que foi de US$ 24,9 por tonelada, deve migrar para o guidance (US$ 21,5-US$ 23) na segunda metade do ano com a normalização da produção no Sistema Norte, que tem custos de produção mais baixos. Aliás, em junho o custo por tonelada já caiu para US$ 22”, disse.
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