Tupperware: Após rumores de falência, “rainha dos potes” pede recuperação judicial nos Estados Unidos; negociação da ação é interrompida em Nova York
Empresa, que vinha enfrentando há anos a queda nas vendas e o aumento da concorrência, tentava negociar mais de US$ 700 milhões em dívidas

Após quase 80 anos, Tupperware, a icônica marca dos potes de plásticos coloridos, entrou nesta quarta-feira (18) com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos.
Nos documentos apresentados à Justiça, a empresa informou que possui ativos avaliados entre US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão e US$ 1 bilhão a US$ 10 bilhões em passivos. Já o número de credores da marca de utensílios de cozinha varia entre 50 mil a 100 mil.
Com o pedido de recuperação judicial — chapter 11 da lei de falências nos EUA —, a Tupperware vai buscar a aprovação do tribunal de Delaware para facilitar o processo de venda do negócio enquanto continua operando, afirmou a empresa em comunicado.
“Nos últimos anos, a posição financeira da empresa foi severamente impactada pelo desafiador ambiente macroeconômico”, afirma Laurie Ann Goldman, CEO da Tupperware.
“Este processo tem como objetivo nos fornecer flexibilidade essencial à medida que buscamos alternativas estratégicas para dar suporte à nossa transformação em uma empresa digital-first, liderada por tecnologia, melhor posicionada para atender nossos stakeholders", disse Goldman.
A Tupperware também afirmou que está tentando minimizar o impacto da reestruturação sobre funcionários, fornecedores e outras partes interessadas, solicitando autorização para gerenciar salários, pagamentos a fornecedores e outras despesas operacionais.
Leia Também
O pedido de recuperação judicial da “rainha dos potes” ocorre após meses de negociações para quitar mais US$ 700 milhões em dívidas de empréstimos. No entanto, a empresa e seus credores não chegaram a um acordo, levando a Tupperware a recorrer à Justiça.
Já em meio aos rumores sobre o pedido de recuperação judicial, as ações da empresa encerraram o pregão da última segunda-feira (16) em queda de 57,51%, negociadas na casa dos US$ 0,50 em Wall Street. Desde então, as negociações estão interrompidas.
A crise na Tupperware
Fundada em 1946, a Tupperware viu sua popularidade explodir na década de 1950, quando as mulheres da geração pós-guerra realizavam "festas Tupperware" em suas casas para vender potes para armazenamento de alimentos.
No entanto, com o passar dos anos, a empresa enfrentou diversos desafios, como a concorrência de outras marcas e a mudança nos hábitos de consumo.
Em 2020, a “rainha dos potes de plástico” experimentou uma renovação de demanda com a pandemia da covid-19. A quarentena impulsionou as vendas para famílias que, abrigadas em casa, cozinharam mais e produziram muitas sobras.
Porém, em meio à reabertura do mundo após a normalização da pandemia, a Tupperware viu as vendas desabarem.
Em abril de 2023, as ações da Tupperware chegaram a encolher pela metade depois que a empresa alertou que poderia fechar as portas.
Já em agosto, a companhia anunciou formalmente uma reestruturação das dívidas com os credores para “melhorar a posição financeira geral da empresa ao alterar certas obrigações de crédito e estender o vencimento de certas linhas de dívida para permitir que continuasse com seus esforços de recuperação”.
Em outubro do ano passado, a Tupperware reformulou sua liderança como parte das iniciativas para tentar dar a volta por cima no negócio.
Entre as mudanças, a empresa substituiu o CEO Miguel Fernandez e vários membros do conselho, nomeando Laurie Ann Goldman como nova diretora presidente.
Segundo informações da Bloomberg, os credores concordaram este ano em dar à Tupperware um “espaço de manobra” nos termos do empréstimo violados, mas a empresa continuou a se deteriorar.
Em março, a companhia ainda alertou que não tinha certeza se seus negócios continuariam em atividade e enfrentou uma crise de liquidez. Já em junho, ela fez planos para fechar sua única fábrica nos EUA e demitir quase 150 funcionários.
Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional
Dia dos Namorados: por que nem a solteirice salva apps de relacionamento como Tinder e Bumble da crise de engajamento
Após a pandemia, dating apps tiveram uma queda grande no número de “pretendentes”, que voltaram antigo método de conhecer pessoas no mundo real
Bradesco (BBDC4) surpreende, mas o pior ficou para trás na Cidade de Deus? Mercado aumenta apostas nas ações e diretor revela o que esperar
Ações disparam após balanço e, dentro da recuperação “step by step”, banco mira retomar níveis de rentabilidade (ROE) acima do custo de capital
Despedida da Wilson Sons (PORT3) da bolsa: controladora registra OPA; veja valor por ação
Os acionistas que detém pelo menos 10% das ações em circulação têm 15 dias para requerer a realização de nova avaliação sobre o preço da OPA
A Vamos (VAMO3) está barata demais? Por que Itaú BBA ignora o pessimismo do mercado e prevê 50% de valorização nas ações
Após um evento com os executivos, os analistas do banco reviram suas premissas e projetam crescimento de lucro para 2025 e 2026
A notícia que derruba a Braskem (BRKM5) hoje e coloca as ações da petroquímica entre as maiores baixas do Ibovespa
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o empresário Nelson Tanure falaram sobre o futuro da companhia e preocuparam os investidores
T4F (SHOW3) propõe pagar R$ 1,5 milhão para encerrar processo sobre trabalho análogo à escravidão no Lollapalooza, mas CVM rejeita
Em 2023, uma fiscalização identificou que cinco funcionários da Yellow Stripe, contratada da T4F para o festival, estavam dormindo no local em colchonetes de papelão
Em meio ao ânimo com o Minha Casa Minha Vida, CEO da Direcional (DIRR3) fala o que falta para apostar mais pesado na Faixa 4
O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo sobre a Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, expectativas para a empresa, a Riva, os principais desafios para a companhia e o cenário macro
Petrobras (PETR4) respira: ações resistem à queda do petróleo e seguem entre as maiores altas do Ibovespa hoje
No dia anterior, a estatal foi rebaixada por grandes bancos, que estão de olho das perspectivas para os preços das commodity
AgroGalaxy (AGXY3) reduz prejuízo no 1T25, mas receita despenca 80% em meio à recuperação judicial
Tombo no faturamento decorre do cancelamento da carteira de pedidos da safrinha de milho, tradicionalmente o principal negócio do período para distribuidoras de insumos agrícolas