O que o CEO do Bradesco (BBDC4), Marcelo Noronha, tem a dizer sobre seu tempo à frente do banco?
Pouco mais de um ano se passou desde que o novo CEO assumiu e, em um almoço de final de ano com a imprensa, Noronha fez um balanço informal de sua gestão
Marcelo Noronha assumiu a presidência do Bradesco (BBDC4) em novembro de 2023 e, desde então, colocou em prática o novo plano estratégico para o banco, que incluiu mudanças na hierarquia e esforços para fortalecer a transformação tecnológica da instituição.
Pouco mais de um ano se passou desde então. E, em um almoço de final de ano com a imprensa nesta terça (3), Noronha fez um balanço informal de sua gestão.
“Nossa carteira de crédito, que teve contração lá em 2023, voltou a crescer em 2024 com uma qualidade que eu considero excelente, tanto na pessoa física quanto na jurídica. A inadimplência também permanece em queda e a nossa receita voltou a crescer”, diz o CEO do banco.
- Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) ou Nubank (ROXO34): onde investir seu dinheiro? Balanços dão pista sobre saúde financeira das empresas; confira a cobertura em primeira mão aqui
Em linhas gerais, Noronha repetiu os números do balanço do terceiro trimestre deste ano e o resultado acumulado do Bradesco nos primeiros nove meses de 2024.
E não poderia ser diferente: afinal, a instituição registrou um lucro líquido recorrente 13,1% maior do que no mesmo período do ano passado, de R$ 5,225 bilhões no trimestre encerrado em setembro. Com isso, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio (ROE, na sigla em inglês) ficou em 12,4%.
Apesar dos esforços de Noronha, os investidores seguem céticos em relação às propostas e penalizam os papéis do banco por isso. As ações BBDC4 acumulam queda de 18% em 12 meses e de quase 25% em 2024.
Leia Também
- VEJA MAIS: reunião de Lula, Pacheco e Lira pode acionar o gatilho da Bolsa brasileira; veja duas ações para comprar
Os investimentos do Bradesco — e as propostas no futuro
Noronha destacou dois grandes eventos de investimento neste ano que ajudaram nas operações do Bradesco.
O primeiro deles foi a conclusão da Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA) da Cielo (CIEL3). Assim, as ações da empresa de maquininhas foram negociadas pela última vez no dia 16 de agosto deste ano.
A aquisição dos papéis chegou a ter um efeito no balanço do banco. Vale dizer que os executivos afirmam que se trata de um impacto sazonal no resultado.
Já o segundo foi a formação de uma joint venture para financiamento do agronegócio com o Banco John Deere.
A operação deve ser formalmente concluída no começo de 2025, de acordo com o CEO do Bradesco, e pretende criar soluções financeiras customizadas, atendendo às demandas de clientes e concessionários de forma mais completa.
“O ano tem sido muito produtivo e eu acho que tivemos avanços importantes na modernização de processos e aprofundamento da segmentação do banco em partes especializadas. Independentemente da transformação, nós não vamos deixar de ser uma empresa fundamentalmente brasileira”, diz Luiz Carlos Trabuco, presidente do Conselho de Administração do Bradesco.
Cenários pela frente
No discurso de abertura do almoço com a imprensa, tanto Trabuco quanto Noronha evitaram temas mais espinhosos. O presidente, inclusive, introduziu seu discurso com uma piada sobre esse tipo de pronunciamento.
Porém, o presidente do Conselho do banco não deixou de destacar que o Brasil ainda está em um caminho positivo.
“O Brasil ainda tem um potencial extremamente relevante e a gente acredita que a mobilidade social acontecerá, trazendo uma transição para a parte baixa da pirâmide [de renda] e impulsionando novos segmentos do banco.”
Além disso, Trabuco afirma que o Brasil tem desafios, mas também dá as respostas necessárias “independentemente das contradições de taxa de juro, nível de estresse dos mercados” e do PIB, que, disse ele, apresentou mais um resultado positivo neste trimestre.
Caso Mover: Justiça suspende cobrança do Bradesco BBI e protege ações da CCR (CCRO3) durante Stay Period
O banco enviou uma notificação para cobrar dívidas da Mover, antiga Camargo Corrêa, com a possível transferência de 281,5 milhões de ações
Metralhadora giratória: Ibovespa reage às primeiras medidas de Trump com volta do pregão em Nova York
Investidores ainda tentam mensurar os efeitos do retorno de Trump à Casa Branca agora que a retórica começa a se converter em ações práticas
Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) aprovam novas recompras de ações: o que isso significa para os investidores?
As duas companhias devem recomprar juntas mais de 70 milhões de ações nos próximos 12 meses
O Bradesco (BBDC4) vai atravessar a correnteza? Para o BTG, recuperação será um processo demorado. Saiba se vale a pena comprar a ação agora
Em meio ao aumento da Selic, os analistas esperam um posicionamento ainda mais cauteloso do Bradesco, com a desaceleração do crescimento dos empréstimos em 2025
Na onda das recompras de ações na B3, elas escolheram esperar: as empresas que ‘deram um tempo’ nos seus programas, segundo o Itaú BBA
Segundo o Itaú BBA, empresas do setor de transporte e bens de capital não têm feito novas recompras de ações, mesmo com programas em aberto
O retorno das LCIs e LCAs: após desaceleração, ritmo de emissões é retomado — e tende a beneficiar bancões em ano de Selic alta
No quarto trimestre de 2024, novas emissões de ativos isentos de imposto de renda viram retomada, aponta relatório do JP Morgan
Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) lideraram quedas do Ibovespa: por que as empresas de Rubens Ometto operaram no vermelho hoje?
Queda de quase 6% na ação da produtora de etanol e açúcar também puxou os papéis de sua controladora Cosan para o negativo
Braskem (BRKM5) salta 8% e lidera altas do Ibovespa após anúncio de investimento milionário — mas esse bancão ainda não recomenda compra
Na semana passada, o papel da petroquímica subiu 3,09% e ficou entre as maiores altas da bolsa como repercussão dos novos investimentos
Donald Trump 2T1E: Ibovespa começa semana repercutindo troca de governo nos EUA; BC intervém no dólar pela primeira vez em 2025
Enquanto mercados reagem à posse de Trump, Banco Central vende US$ 2 bilhões em dois leilões de linha programados para hoje
Após aquisição de participação acionária, Vibra (VBBR3) quer engordar o caixa da Comerc em R$ 1,5 bilhão
Com o aumento de capital da Comerc, a Vibra vai expandir a participação acionária em 99,10%
Onde Investir em 2025: veja as oportunidades em renda fixa, ações, fundos imobiliários, criptomoedas e no exterior para este ano
Evento Onde Investir 2025 reuniu especialistas do mercado para uma série de painéis sobre as oportunidades e riscos dos investimentos neste ano
Braskem (BRKM5) vai investir R$ 614 milhões para aumentar a capacidade de produção de petroquímicos; ações sobem na B3
Ao todo, serão sete projetos para a ampliação da atual capacidade de produção de produtos químicos na Bahia, no Rio Grande do Sul e em Alagoas
Ação da Cogna (COGN3) ficou barata: empresa quer tirar mais de 144 milhões de papéis de circulação após perder 61% do valor na bolsa
Existem diversos motivos que levam uma empresa como a Cogna a aprovar um programa de recompras robusto como esse — e isso pode beneficiar os acionistas; entenda
CEO da Cruzeiro do Sul (CSED3) renuncia após três anos no comando; ações amargam queda de 25% na B3 em 12 meses
Fabio Fossen continuará na posição até 14 de fevereiro de 2025; veja quem assumirá a liderança na rede de faculdades
As ações queridinhas dos gestores estão na promoção e eles não podem fazer nada. Azar o deles!
Enquanto os gestores estão chupando o dedo, assistindo boas oportunidades passar sem poder fazer nada, você pode começar a montar uma carteira de ações de empresas sólidas por valuations que raramente são vistos
Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) nas alturas: ações disparam após acordo sobre fusão — mas esses bancões explicam por que ainda não é hora de investir nos papéis
As negociações para a criação de uma nova gigante aérea avançam, mas analistas apontam desafios e riscos econômicos
Empresas recompram R$ 26 bilhões das próprias ações na B3 em 2024. E vem mais por aí — saiba para onde o investidor deve olhar neste ano
Na ponta vendedora aparecem os investidores estrangeiros e institucionais, com montantes de R$ 32 bilhões e R$ 39 bilhões, respectivamente
Cosan (CSAN3) zera participação na Vale (VALE3) com venda de bloco de ações em leilão na B3; objetivo é levantar cerca de R$ 9,1 bilhão para reforçar caixa e seguir mais leve
No total são 173.073.795 ações da Vale (VALE3) que estavam nas mãos da Cosan (CSAN3), o equivalente a uma participação de 4,05%
Onde investir 2025: essas são as 9 ações favoritas para lucrar na bolsa em 2025 — e outros 5 nomes para garantir dividendos pingando na conta
Para quem estiver disposto a desafiar o pessimismo macroeconômico, há quem veja 2025 como uma janela interessante para aproveitar ativos atraentes; veja as indicações
Hora de acelerar: Itaú BBA diz quais são as melhores ações ligadas ao setor automotivo — e os papéis para “deixar de lado” em 2025
Alta dos juros e volatilidade cambial devem favorecer empresas com balanços saudáveis e foco em exportação, enquanto as endividadas ou com baixa demanda enfrentam desafios