Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
O balanço da Nvidia (NVDC34) era um dos mais esperados da semana — e, mais uma vez, a empresa de tecnologia e queridinha da Inteligência Artificial (IA) surpreendeu com um resultado positivo.
Assim, a companhia liderada por Jensen Huang registrou um lucro líquido de US$ 19,31 bilhões em seu terceiro trimestre fisca, uma alta de 109% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Desta forma, o lucro por ação ficou em US$ 0,81, acima da previsão de analistas ouvidos pela FactSet, de US$ 0,75.
As receitas da companhia somaram US$ 35,08 bilhões, também acima das estimativas de US$ 33,17 bilhões, valor que representa uma alta de 94% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Por último, a receita de Data Center da gigante de semicondutores atingiu novo recorde no terceiro trimestre, de US$ 30,8 bilhões, e alta de 112% em relação ao ano anterior.
Assim, é difícil dizer que os resultados foram ruins. Então, por que as ações NVDA chegaram a cair mais de 5% no pré-mercado desta quinta-feira (21)?
- VAREJO: é melhor investir no Mercado Livre (MELI34) ou na Amazon (AMAZO34)? Analistas explicam o que fazer com ativos após resultados do 3T24; cadastre-se e confira
Uma lupa nos negócios da Nvidia (NVDC34)
Não é de hoje que os analistas da empresa de chips, semicondutores e softwares fazem projeções altas para a Nvidia — projeções estas que os mesmos especialistas esperam que sejam superadas com ampla margem.
Leia Também
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
Assim sendo, qualquer resultado que não supere com folga as projeções é visto como menos positivo do que poderia ser.
“Além dos bons números no trimestre, parece que a empolgação da empresa em relação ao desenvolvimento da IA segue firme e forte”, destaca Enzo Pacheco, analista da Empiricus. “Acontece que, para parte dos investidores, isso já estava precificado em seus modelos”, pondera.
“No geral, não vemos razão para os touros [investidores mais otimistas] ficarem tímidos após este trimestre”, escrevem os analistas do Itaú BBA, que recomendam a compra dos papéis da Nvidia com a avaliação outperform.
Mas olhando no campo das receitas, ainda que o crescimento tenha chegado perto dos 100%, este foi o primeiro trimestre com ganhos porcentuais abaixo de três dígitos na comparação anual — após uma série de cinco trimestres consecutivos.
O ponto negativo também ficou para as novas projeções (guidance) de receitas para o último trimestre de 2024, de US$ 37,5 bilhões, que ficou cerca de 2% abaixo das expectativas anteriores.
A Nvidia afirmou que essa desaceleração das receitas se deve às restrições de fornecimento da cadeia de suprimentos e àquelas impostas pelos EUA à China.
Resfriamento da demanda por IA é real?
Ainda que as ações tenham registrado uma alta de quase 200% nos últimos 12 meses, os investidores tentam antecipar quando o rali da inteligência artificial irá acabar.
Até o momento, a Nvidia demonstrou que a demanda por IA — e, consequentemente, seus chips e softwares — segue bastante aquecida. Mesmo assim, o Itaú BBA enxerga que o ajuste no guidance para 2025 foi bastante conservador.
Além disso, embora não haja um ciclo de arrefecimento da demanda à vista, os modelos que relacionam os recursos investidos (capex, na terminologia do mercado) com a demanda começam a se distanciar da realidade, escrevem os analistas do banco.
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
Embraer (EMBJ3) pede truco: brasileira diz que pode rever investimentos nos EUA se Trump não zerar tarifas
A companhia havia anunciado em outubro um investimento de R$ 376 milhões no Texas — montante que faz parte dos US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos e revelados em setembro
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
O preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 58 ao final de 2026; saiba o que o banco vê no caminho da empresa do setor de saúde
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
A reestruturação busca afastar a imagem da marca, que é considerada uma das maiores gestoras do país, das polêmicas recentes e dos holofotes do mercado
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
Oncoclínicas (ONCO3): grupo de acionistas quer destituir conselho; entenda
O pedido foi apresentado por três fundos geridos pela Latache — Latache IV, Nova Almeida e Latache MHF I — que, juntos, representam cerca de 14,6% do capital social da companhia
