Novo CEO na Braskem (BRKM5): Novonor indica novo diretor presidente em meio à procura de um comprador para fatia na petroquímica
A controladora da petroquímica indicou Roberto Prisco Paraiso Ramos para assumir o cargo de diretor presidente; veja quem é o executivo
Menos de dois anos após assumir o comando da Braskem (BRKM5), o CEO Roberto Bischoff já se prepara para deixar o cargo no fim deste mês. O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (4).
Bischoff assumiu a posição em janeiro de 2023, após indicação da Novonor (ex-Odebrecht), acionista controladora da Braskem, como substituto de Roberto Simões.
- PETR4 está ‘bem precificada’: analista acredita que a prévia operacional sólida não é motivo para investir nas ações; veja outras recomendações
“Em dois anos à frente da Braskem liderando a empresa durante um intenso ciclo de baixa, Roberto Bischoff contribuiu diretamente com relevantes conquistas setoriais para a ampliação da competitividade da indústria petroquímica brasileira”, disse a empresa, em fato relevante enviado à CVM.
Ainda sob o comando de Bischoff, a Braskem teve avanços operacionais como a formação da parceria com a SCG Chemicals na Tailândia e a ampliação da planta de eteno verde no Brasil, além da construção do Terminal de Recebimento de Etano no México (TQPM).
A expectativa é que o executivo saia da chefia da petroquímica em 30 de novembro.
É Roberto atrás de Roberto
A Novonor já tem um nome em mente para a sucessão na Braskem (BRKM5). A controladora indicou Roberto Prisco Paraiso Ramos para assumir o cargo de diretor presidente.
Leia Também
Formado em engenharia mecânica e com especialização em gestão de negócios pela Harvard Business School, o executivo não é estranho à Braskem.
De 2002 a 2010, Ramos atuou como vice-presidente da petroquímica e liderou projetos como a implantação do Projeto Etileno XXI no México.
O novo CEO ainda teve passagem como diretor presidente em outra empresa então controlada pela Novonor. Ramos liderou a Ocyan, uma companhia do setor de óleo e gás, por cinco anos e concluiu o processo de desinvestimento da Novonor no negócio.
Apesar da indicação pelo maior acionista da Braskem, o novo presidente ainda deverá ter a indicação aprovada oficialmente pelo conselho de administração da companhia.
Para o Santander, a mudança de gestão não deve fazer tanto preço nas ações da Braskem (BRKM5) hoje. Afinal, o atual CEO e o “novo Roberto” têm históricos profissionais bastante semelhantes.
No entanto, o banco manteve recomendação “outperform” — equivalente a compra — na esperança de que a empresa deve se beneficiar de “vários ventos favoráveis” que devem mitigar o efeito do atual ciclo de baixa dos petroquímicos. São eles:
- Tarifas de importação mais altas no Brasil;
- Maior utilização no México (com melhores spreads);
- Sazonalidade favorável no segundo semestre de 2024;
- Depreciação do real;
- Reduções nos preços de matérias-primas como o petróleo do tipo Brent e a nafta petroquímica; e
- Preços de frete mais altos, o que pode permitir uma geração de fluxo de caixa livre (FCF) pequena, mas positiva, em 2025.
As finanças da Braskem (BRKM5) e da Novonor
A mudança de CEO ocorre em meio à luta da Novonor para se desfazer da participação na Braskem a fim de quitar dívidas da ordem de R$ 15 bilhões com credores. Hoje, a empresa detém 50,1% das ações da petroquímica.
Vários nomes sinalizaram interesse na fatia, mas quem chegou mais perto de se tornar sócio foi o grupo árabe Adnoc, que avaliou a participação em R$ 10,5 bilhões — mas desistiu do negócio em maio deste ano.
- Tensão no Irã: Alta do petróleo afeta balanços das petroleiras? Confira análises do 3T24 em primeira mão na cobertura Seu Dinheiro; cadastre-se sem custos e para receber reportagens e análises
É importante destacar que a Braskem (BRKM5) encontra-se em um momento de forte pressão para as finanças, com derrocada de 20% das ações na B3 desde janeiro, prejuízos trimestrais e dívidas elevadas.
A companhia deverá divulgar o balanço financeiro do 3T24 na próxima quarta-feira (6), após o fechamento dos mercados — e a perspectiva dos analistas não é lá muito animadora.
Vale lembrar que, desde 2022, a empresa vivencia pressão nos resultados devido à redução de spreads — diferença entre o preço da matéria-prima e o preço dos produtos derivados — dos petroquímicos.
A queda dos spreads foi pressionada pela redução dos preços dos produtos finais, resultado da combinação de uma demanda mais fraca com as novas entradas de capacidade produtiva no setor, principalmente na Ásia.
O último resultado foi misto, com um prejuízo líquido de R$ 708 milhões e manutenção da queima de caixa entre abril e junho, apesar da desaceleração em relação aos trimestres anteriores. A alavancagem da Braskem continuou elevada no 2T24, em 6,79 vezes a relação entre dívida líquida ajustada e Ebitda recorrente no período.
No fim de outubro, a petroquímica divulgou o relatório de produção do terceiro trimestre, com volumes maiores de vendas dos principais químicos no mercado brasileiro e maior utilização das centrais petroquímicas.
Mais de 9 bilhões em dividendos e JCP: Rede D’or (RDOR3) e Engie (EGIE3) preparam distribuição de proventos turbinada
Os pagamentos estão programados para dezembro de 2025 e 2026, beneficiando quem tiver posição acionária até as datas de corte
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
