Itaú (ITUB4) acusa ex-CFO de participar de esquema ilegal no banco e leva investigação ao BC; executivo nega acusações
O banco diz que Alexsandro Broedel, diretor financeiro da instituição até julho deste ano, teria violado políticas internas e agido em conflito de interesses para benefício próprio
Publicadas em meio às tradicionais páginas de economia de um dos maiores jornais do país, as atas de empresas não costumam chamar tanta atenção quanto as notícias do setor. Mas o registro de uma assembleia recente do Itaú (ITUB4) se destacou pelas acusações contra o ex-diretor financeiro da instituição, Alexsandro Broedel.
A ata em questão foi divulgada na edição deste sábado (7) do Estado de S. Paulo e indica que, segundo apurações da administração do banco, Broedel teria violado as políticas internas e a legislação e atuado em conflito de interesses para benefício próprio.
Ainda segundo a investigação interna, a violação teria ocorrido no âmbito do relacionamento com um fornecedor de pareceres do Itaú relacionado a ele.
O banco alega que o ex-CFO, que deixou o Itaú em julho deste ano e assumiu recentemente a chefia da contabilidade no Santander Global, aprovou pagamentos que totalizam R$ 10,4 milhões ao referido fornecedor, que não é nomeado pelo documento.
Itaú denuncia ex-executivo ao BC; Broedel diz que irá à Justiça
A ata diz ainda que os resultados das investigações já foram comunicados ao Banco Central e aos auditores independentes do Itaú, a PricewaterhouseCoopers (PwC).
Já Broedel afirmou, em nota enviada ao portal Pipeline, que as acusações do banco são "infundadas e sem sentido".
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O executivo destacou que o Itaú tem uma rigorosa e abrangente estrutura de controle e compliance e, durante os 12 anos em que Broedel esteve por lá, nunca contestou as atividades do CFO. Por isso, questiona a divulgação das acusações logo agora, após ele ter assumido o novo cargo no Santander.
"Causa profunda estranheza que o Itaú levante a suspeita sobre supostas condutas impróprias somente depois de Broedel ter apresentado a renúncia aos seus cargos no banco para assumir uma posição global em um dos seus principais concorrentes, cumprindo o período de quarentena definido pelo banco”, diz a nota publicada pelo portal.
O ex-CFO do Itaú diz ainda que irá tomar as medidas judiciais cabíveis.
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