Entenda por que dona do Outback quer sair do Brasil — e ela não é a única
Apesar de o Brasil representar 83% do faturamento internacional do Outback, gestora Bloomin’ Brands já avaliava vender as operações no país desde 2022
A dona de um dos restaurantes queridinhos do eixo Rio-São Paulo quer passar o ponto. A Bloomin’ Brands, dona dos restaurantes Outback Steakhouse no Brasil, anunciou que está avaliando a venda das operações no país. O comunicado foi feito por meio do relatório dos resultados financeiros do primeiro trimestre de 2024.
A rede norte-americana faz sucesso no Brasil, que representa cerca de 83% do faturamento internacional da rede, segundo o The Washington Post. Durante cinco anos, o Outback foi eleito o restaurante mais popular do Rio de Janeiro e o restaurante de shopping mais popular de São Paulo.
- Os balanços do 1T24 já estão sendo publicados: receba em primeira mão a análise dos profissionais da Empiricus Research e saiba quais ações comprar neste momento. É totalmente gratuito – basta clicar aqui.
No entanto, o sucesso do negócio não foi suficiente e os tempos dos pães australianos e grandes canecas de bebidas estão com os dias contados. De acordo com apuração do Valor Econômico, a Bloomin’ Brands vem avaliando a venda das operações da rede no país desde 2022.
“A companhia está explorando e avaliando alternativas estratégicas para as operações no Brasil que possuam potencial para maximização do valor para os acionistas, que inclui, mas não está limitada, a possível venda das operações”, Bloomin’ Brands informou por meio do relatório.
Adeus, Brasil?
O Outback está presente no Brasil desde 1997, quando Peter Rodenbeck inaugurou o primeiro restaurante no Rio de Janeiro. Hoje, ainda sob comando do executivo, possui 152 unidades no país, com presença em 20 estados e no Distrito Federal.
Após quase três décadas no controle da rede de restaurantes, Rodenbeck quer passar o comando adiante, segundo fontes afirmaram ao Valor Econômico. Porém, para além do desejo pessoal, o Outback Steakhouse também passa por um período que exige aceleração no crescimento.
Leia Também
- LEIA TAMBÉM: Casa de análise libera relatórios de investimentos gratuitos com recomendações de ações, FIIs e BDRs
Desde 2021, quando a franquia passou a apresentar queda nas vendas em 5,1% no Brasil, a rede vive um processo de recuperação. No entanto, o ritmo ainda parece estar lento. De acordo com relatório do primeiro trimestre de 2024, as vendas no país apresentaram queda de 0,7%.
Em 2023, a Bloomin’ Brands chegou a sondar a companhia RBI, dona do Burger King e Popeyes no cenário internacional, mas as conversas não avançaram, ainda segundo o Valor.
De acordo com comunicado divulgado, a empresa contratou o Bank of America (BofA) como consultor financeiro. A companhia afirmou ainda que não definiu um cronograma para a conclusão do processo de avaliação do fim das operações no Brasil.
Os resultados da dona do Outback
A Bloomin’ Brands, que controla a rede Outback Steakhouse, somou US$ 1,2 bilhão (R$ 6 bilhões) em receitas totais no primeiro trimestre de 2024. O montante representa queda de 4% em relação ao mesmo período de 2023.
Além disso, o grupo apresentou queda na margem operacional da companhia de 9,7% para 6,4%.
- Já sabe onde investir agora que as empresas estão divulgando seus balanços do 1T24? Veja análises completas da Empiricus Research e saiba se você deve comprar, vender ou se manter neutro em cada uma das principais ações da bolsa. Clique aqui para receber os relatórios GRATUITOS.
Segundo o relatório, além dos impactos causados pela queda das vendas, as mudanças fiscais no Brasil também pesaram nos resultados da companhia em 2024.
Ainda de acordo com o documento, a queda na receita no primeiro trimestre de 2024 foi parcialmente mitigada pela conversão atual das moedas.
Para além do Outback: as saídas das franquias
Não é apenas o Outback que vem indicando que deixará o país. Em 2023, a gestora Southrock Capital, dona de marcas como Starbucks e Subway, entrou com um pedido de recuperação judicial devido a uma dívida de cerca de R$ 1,8 bilhão.
Vale lembrar que, desde outubro de 2023, o contrato de franquia master da Subway para o Brasil com uma das afiliadas da Southrock foi rescindido e a Subway retomou o controle das operações no país.
No caso da Starbucks, a Southrock Capital afirmou que os impactos da pandemia foram as principais justificativas para o mau desempenho. Contudo, a gestora é conhecida por investir em empresas durante períodos de crise como uma estratégia para se estabelecer no mercado.
A principal candidata a ficar com a Starbucks no Brasil é a Zamp (ZAMP3), dona da franquia do Burger King no país.
É importante lembrar que o cenário não só para as franquias como do varejo em geral segue complicado com a alta dos juros, que torna o crédito e o capital de giro mais caros.
VEJA TAMBÉM - O prejuízo de R$ 100 mil e a mesada de R$ 5 mil para filho de 30 anos desempregado
*Com informações do Estadão Conteúdo, O Globo e Valor Econômico | Matéria acrescenta a informação de que a Subway retomou o controle das operações no país.
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
Oncoclínicas (ONCO3): grupo de acionistas quer destituir conselho; entenda
O pedido foi apresentado por três fundos geridos pela Latache — Latache IV, Nova Almeida e Latache MHF I — que, juntos, representam cerca de 14,6% do capital social da companhia
Por que o Itaú BBA acredita que a JBS (JBSS32) ainda pode mais? Banco elevou o preço-alvo e vê alta de 36% mesmo com incertezas no horizonte
Para os analistas Gustavo Troyano, Bruno Tomazetto e Ryu Matsuyama, a tese de investimento permanece praticamente inalterada e o processo de listagem nos EUA segue como um potencial catalisador
Black Friday 99Pay e PicPay: R$ 70 milhões em recompensas, até 250% do CDI e descontos de até 60%; veja quem entrega mais vantagens ao consumidor
Apps oferecem recompensas, viagens com cashback, cupons de até R$ 8 mil e descontos de 60% na temporada de descontos
Uma pechincha na bolsa? Bradesco BBI reitera compra de small cap e calcula ganho de 167%
O banco reiterou recomendação de compra para a companhia, que atua no segmento de logística, e definiu preço-alvo de R$ 15,00
Embraer (EMBJ3) recebe R$ 1 bilhão do BNDES para aumentar exportações de jatos comerciais
Financiamento fortalece a expansão da fabricante, que prevê aumento nas entregas e vive fase de demanda recorde
Raízen (RAIZ4): membros do conselho renunciam no meio do mandato; vagas serão ocupadas por indicados de Shell e Cosan
Um dos membros já havia deixado cargo de diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Cosan
A hora da Localiza (RENT3) chegou? O que levou mais esse banco a retomar o otimismo com as ações
Depois de o Itaú BBA ter melhorado projeções para a locadora de veículos, agora é a vez de o BTG Pactual reavaliar o desempenho da companhia
Executivos da empresa que Master usou para captar R$ 12,2 bilhões do BRB também foram sócios em fintech suspensa do Pix após ataque hacker, diz PF
Nenhum dos dois executivos da Tirreno, empresa de fachada usada pelo Master, estavam na Nuoro quanto esta foi suspeita de receber dinheiro desviado de golpe bilionário do Pix
Americanas (AMER3) aceita nova proposta da BandUP! para a venda da Uni.Co, dona da Imaginarium e Pucket; entenda o que falta para a operação sair do papel
A nova oferta conta com os mesmos termos e condições da proposta inicial, porém foi incluído uma provisão para refletir novas condições do edital de processo competitivo
Vale tudo pelos dividendos da Petrobras (PETR4)? O que esperar do plano estratégico em ano de eleição e petróleo em queda
A estatal está programada para apresentar nesta quinta-feira (27) o novo plano de negócios para os próximos cinco anos; o Seu Dinheiro foi atrás de pistas para contar para você o que deve ser divulgado ao mercado
Lula mira expansão da Petrobras (PETR4) e sugere perfuração de gás em Moçambique
O presidente afirmou que o país africano tem muito gás natural, mas não tem expertise para a extração — algo que a Petrobras pode oferecer
Mais um adeus à B3: Controladora da Neoenergia (NEOE3) lança OPA para comprar ações e retirar empresa da bolsa
A espanhola Iberdrola Energia ofereceu um prêmio de 8% para o preço dos papéis da Neoenergia; confira o que acontece agora
Banco Master: Light (LIGT3) e Gafisa (GFSA3) dizem não ter exposição ao banco, após questionamentos da CVM
A Light — em recuperação judicial — afirmou que não mantém qualquer relação comercial, operação financeira ou aplicação ligada ao Banco Master ou a instituições associadas ao conglomerado.
Hapvida (HAPV3) revive pesadelo do passado… só que pior: além do balanço, o que realmente está por trás da queda de 42% em um dia?
Não é a primeira vez que as ações da Hapvida são dilaceradas na bolsa logo após um balanço. Mas agora o penhasco foi maior — e tem muito mais nisso do que “só” os números do terceiro trimestre
Sem esclarecer irregularidades, Banco Master diz não ser responsável por R$ 12,2 bilhões repassados ao BRB
Segundo o Master, a empresa que deu origem ao crédito foi a responsável pela operação e pelo fornecimento da documentação com irregularidades
Após privatização e forte alta, Axia Energia (AXIA3), Ex-Eletrobras, ainda tem espaço para avançar, diz Safra
O banco Safra reforçou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Axia Energia após atualizar seus modelos com os resultados recentes, a nova política de dividendos e premissas revisadas para preços de energia. O banco fixou preço-alvo de R$ 71,40 para AXIA3 e R$ 77,60 para AXIA6, o que indica retorno potencial de 17% […]