Cogna (COGN3) lidera a ponta negativa do Ibovespa. O investidor deve colocar a ação em recuperação?
Três bancões têm recomendações divergentes sobre a empresa de educação dona da Somos, Saber e Kroton; confira os argumentos de cada um para a venda, a compra e a manutenção do papel em carteira

O investidor que olhar o resultado da Cogna (COGN3) na reta final de 2023 — e a performance das ações nesta quinta-feira (21) — terá certeza de que o período de outubro a dezembro foi um trimestre perdido para a empresa do setor de educação. Será?
A dona da Somos (Vasta), Saber e Kroton teve um prejuízo líquido ajustado de R$ 373 milhões, revertendo lucro ajustado de R$ 76,15 milhões do mesmo período do ano anterior.
O resultado foi afetado por uma baixa de imposto de renda diferido de R$ 434 milhões decorrente de prejuízos fiscais em empresas do grupo — consequência do adiamento temporário de algumas incorporações para melhor posicionamento no Mais Médicos III.
Segundo a própria Cogna, essa baixa é “um impacto pontual” e “estritamente contábil”.
Mas o mercado ignora as explicações sobre a má performance e coloca as ações COGN3 em recuperação. Os papéis lideram o pelotão de baixas do Ibovespa, com uma queda que já chegou a quase 10%.
Por volta de 13h10, as ações caíram 8,85%, a R$ 2,46. No mês, os papéis da Cogna acumulam perda de 2%, mas no ano, a baixa chega a 30%. Acompanhe nossa cobertura ao vivo dos mercados.
Leia Também
- 4T23: Interpretar os números do balanço de uma empresa não é tarefa fácil. Por isso, os analistas da Empiricus vão “traduzir” todos aqueles dados para que você invista melhor e monte uma carteira mais rentável. Clique aqui para receber as análises do 4T23 em primeira mão GRATUITAMENTE.
A nota para o balanço da Cogna
A Cogna reportou resultados abaixo do esperado pelo BTG Pactual no quarto trimestre — com destaque para o Ebitda ajustado e o lucro líquido. Vale lembrar que o banco considera o prejuízo líquido de R$ 397,3 milhões, descontando a baixa contábil de R$ 434 milhões.
Por outro lado, o BTG vê com bons olhos a geração de fluxo de caixa operacional (FCO), atingindo R$ 241 milhões após capex — mas ainda assim 8% abaixo do esperado.
A receita líquida da Cogna somou R$ 1,9 bilhão, um aumento de 13% em termos anuais e 4% acima do projetado pelo BTG — ainda assim essa linha do balanço foi marcada pela desaceleração da receita da Kroton, compensado pelo forte ciclo do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) da Saber.
"Destaca-se que o crescimento da receita foi impactado por um efeito temporal, com parte das receitas do quarto trimestre sendo registradas no terceiro trimestre", diz o BTG em relatório.
Para o Bradesco BBI, os resultados do quarto trimestre da Cogna foram bons, com destaque para a geração de caixa operacional (GCO) após capex de R$ 191 milhões.
O Ebitda e fluxo de caixa livre ao acionista vieram em linha com a estimativa do banco, enquanto o lucro líquido ajustado veio abaixo.
O Itaú BBA fica no meio do caminho entre o BTG e o Bradesco BBI. Para o BBA, a Cogna relatou resultados operacionais decentes, com a Vasta liderando a expansão da margem Ebitda em relação ao ano anterior e a Kroton com uma margem estável.
Como ponto negativo, o banco destaca o lucro líquido impactado por um ajuste de baixa de imposto de renda diferido não recorrente e não caixa.
“Apesar do fraco desempenho recente, não devemos ignorar as notícias positivas que poderão ajudar as ações a subir, diz o Itaú BBA em relatório.
- Já sabe onde investir agora que as empresas estão divulgando seus balanços do 4T23? Veja análises completas da Empiricus Research e saiba se você deve comprar, vender ou se manter neutro em cada uma das principais ações da bolsa. Clique aqui para receber os relatórios GRATUITOS.
Vale a pena ter as ações da Cogna agora?
O BTG rebaixou recentemente a recomendação da Cogna para venda e manteve essa classificação depois do balanço.
O banco cita um múltiplo preço sobre lucro (P/E) previsto para 2024 "rico" de 16 vezes — um prêmio substancial em relação aos pares.
Além disso, o "momento de ganhos sem brilho reforçado pelos resultados do quarto trimestre" pode trazer riscos de baixa para as estimativas do banco, segundo o BTG.
Já o Bradesco BBI mantém a recomendação neutra para as ações da Cogna devido ao valuation relativo — 12,7 vezes o P/E de 2024 contra 9,4 vezes de Anima e 10,5 vezes de Yduqs, mas com viés positivo dado o potencial de alta.
O Itaú BBA manteve a recomendação de compra para Cogna e neutra para a Vasta, com o preço-alvo de COGN3 em R$ 4,50 para 2024 — o que representa um potencial de 67% em relação ao fechamento de quarta-feira (20).
TRÊS RECOMENDAÇÕES PARA INVESTIR AGORA, SEGUNDO ANALISTA DA FARIA LIMA
Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa
Na ocasião em que apresentou a proposta, a construtora informou que a operação tinha o intuito de evitar maior volatilidade e se antecipar a eventuais cenários de desenquadramento na B3
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Mexendo o esqueleto: B3 inclui Smart Fit (SMFT3) e Direcional (DIRR3) na última prévia do Ibovespa para o próximo quadrimestre; veja quem sai para dar lugar a elas
Se nada mudar radicalmente nos próximos dias, as duas ações estrearão no Ibovespa em 5 de maio
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Santander (SANB11), Weg (WEGE3), Kepler Weber (KEPL3) e mais 6 empresas divulgam resultados do 1T25 nesta semana – veja o que esperar, segundo o BTG Pactual
De olho na temporada de balanços do 1º trimestre, o BTG Pactual preparou um guia com suas expectativas para mais de 125 empresas listadas na bolsa; confira
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Yudqs (YDUQ3) e Cogna (COGN3) vão distribuir R$ 270 milhões em dividendos; veja quem mais paga
A maior fatia dos proventos é da Yudqs, que pagará R$ 150 milhões em proventos adicionais no dia 8 de maio
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Foco em educação: Potencia Ventures faz aporte de R$ 1,5 milhão na UpMat
Potencia Ventures investe R$ 1,5 milhão na startup UpMat Educacional, que promove olimpíadas de conhecimento no país.
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Bradesco dispara em ranking do Banco Central de reclamações contra bancos; Inter e PagSeguro fecham o pódio. Veja as principais queixas
O Bradesco saiu da sétima posição ao fim de 2024 para o primeiro colocado no começo deste ano, ao somar 7.647 reclamações procedentes. Já Inter e PagSeguro figuram no pódio há muitos trimestres