Americanas (AMER3) tem salvação? Jorge Paulo Lemann procura uma saída após ‘insucesso’ da varejista
O bilionário brasileiro afirmou que os fracassos são aprendizados, em evento na Brazil Conference, nos EUA
O empresário brasileiro Jorge Paulo Lemann, o bilionário sócio de empresas como AB Inbev e Kraft Heinz, disse hoje, que, apesar dos feitos das últimas décadas, houve "muitos insucessos" nos últimos dois anos, em uma referência à crise nas Americanas, rede na qual é um dos principais sócios.
"Nos últimos dois anos, nós não tivemos muitos sucessos. Estamos lidando com isso, estamos tentando salvar a companhia", disse Lemann, sem citar diretamente a rede varejista, na palestra de abertura da Brazil Conference.
A 10ª edição do evento começou neste sábado (6) na cidade americana de Boston, polo universitário com duas das faculdades de elite dos EUA: Harvard e Massachusetts Institute of Technology (MIT).
"É preciso pensar sobre o que é um insucesso. É um problema a ser resolvido e que pode ser feito de forma melhor."
- [Macro Summit Brasil 2024] Evento online do Market Makers em parceria com o Seu Dinheiro traz Luis Stuhlberger, Daniel Goldberg e outros grandes nomes do mercado; retire seu ingresso gratuito
O rombo de R$ 20 bilhões nas contas das Lojas Americanas, revelado pelos executivos da empresa em janeiro de 2023, colocou a varejista brasileira no centro de uma crise financeira.
Mais de um ano após a descoberta da fraude, a companhia viu perder mais de 90% do valor de mercado na Bolsa, demitiu milhares de pessoas e registrou prejuízo de R$ 4,6 bilhões, em meio às tentativas do conselho da empresa de salvar as contas.
Leia Também
Um dos líderes dessa operação de resgate é o próprio Lemann — junto com seus sócios Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira —, com aporte de R$ 12 bilhões bancado pelo 3G Capital.
"Tivemos alguns problemas em nossas companhias maiores recentemente", reforçou Lemann uma segunda vez.
Segundo o empresário, as melhorias passam pela contratação de novas pessoas que possam melhorar o negócio, mas a ideia é que conselhos e outros mecanismos de governança possam ser utilizados para manter a operação rodando.
"Temos de aprender a fazer isso. É possível. Temos pessoas similares a nós pelo mundo que fazem um trabalho melhor em governança, em comandar grandes corporações. Temos de aprender com eles para criar um sistema onde essas empresas possam continuar a crescer por tanto quanto possível, sem a nossa presença", disse o bilionário brasileiro. Mais detalhes não foram dados.
- [O Brasil está no rumo certo?] É o que alguns dos maiores economistas e investidores do Brasil vão debater em um evento 100% online e gratuito; clique aqui para assistir
Lemann em Boston
Com o tema "a arte das negociações de um empreendedor", a primeira palestra da 10.ª edição da Brazil Conference colocou Lemann de frente com o professor Daniel Shapiro, fundador do Programa de Negociações Internacionais de Harvard e eleito um dos 15 melhores docentes da universidade americana.
Questionado por Shapiro, Lemann ofereceu algumas dicas para os alunos presentes no evento. Segundo o bilionário, estudantes devem "tomar mais risco" e se afeiçoar menos a teorias e livros.
"Estudantes, em geral, não tomam riscos. Eu descobri que, quanto mais as pessoas estudam, menos risco elas tomam", afirmou Lemann.
"O melhor negócio da minha vida foi comprar uma companhia de cervejas sem saber muito sobre cervejas. Pessoas que estudam muito confiam muito na teoria, mas não têm o feeling de saber o que funciona ou não. Tomar risco envolve não só medir tudo, mas também ter uma sensação do que funciona ou não."
A Brazil Conference é um evento anual que acontece em Boston, nos Estados Unidos.
A conferência é organizada pela comunidade de estudantes brasileiros das universidades americanas de elite, que inclui também Princeton e Stanford. O evento termina neste domingo (7).
ONDE INVESTIR EM ABRIL: VEJA OS MELHORES INVESTIMENTOS NA BOLSA
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?
Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar
O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça
Braskem (BRKM5) com novo controlador: IG4 fecha acordo com bancos e tira Novonor do comando
Gestora fecha acordo com bancos credores, avança sobre ações da Novonor e pode assumir o controle da petroquímica
São Paulo às escuras: quando a Enel assumiu o fornecimento de energia no estado? Veja o histórico da empresa
Somente no estado, a concessionária atende 24 municípios da região metropolitana, sendo responsável por cerca de 70% da energia distribuída
Concessão da Enel em risco: MP pede suspensão da renovação, e empresa promete normalizar fornecimento até o fim do dia
O MPTCU defende a divisão da concessão da Enel em partes menores, o que também foi recomendado pelo governador de São Paulo
Cemig (CMIG4) promete investir cifra bilionária nos próximos anos, mas não anima analistas
Os analistas do Safra cortaram o preço-alvo das ações da empresa de R$ 13,20 para R$ 12,50, indicando um potencial de alta de 13% no próximo ano
Casas Bahia (BHIA3) avança em mudança de estrutura de capital e anuncia emissão de R$ 3,9 bilhões em debêntures
Segundo o documento, os recursos obtidos também serão destinados para reperfilamento do passivo de outras emissões de debêntures ou para reforço de caixa
Azul (AZUL4) avança no Chapter 11 com sinal verde da Justiça dos EUA, e CEO se pronuncia: ‘dívida está baixando 60%’
Com o plano aprovado, grande parte da dívida pré-existente será revertida em ações, permitindo que a empresa levante recursos
Bancos oferecem uma mãozinha para socorrer os Correios, mas proposta depende do sinal verde do Tesouro Nacional
As negociações ganharam fôlego após a entrada da Caixa Econômica Federal no rol de instituições dispostas a emprestar os recursos
Mais de R$ 9 bilhões em dividendos e JCP: Rede D’Or (RDOR3) e Engie (EGIE3) preparam distribuição de proventos turbinada
Os pagamentos estão programados para dezembro de 2025 e 2026, beneficiando quem tiver posição acionária até as datas de corte
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista