🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Jornalista formada pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), em 2025 foi eleita como uma das 50 jornalistas mais admiradas da imprensa de Economia, Negócios e Finanças do Brasil. Já passou pela redação do TradeMap.

QUEM APAGOU A LUZ?

Ação da AES Brasil (AESB3) cai forte na B3 após rebaixamento por um bancão. Por que os analistas recomendam a venda do papel?

Segundo o UBS BB, existem dois principais motivos para a visão mais pessimista para os papéis: o desempenho mais fraco e o nível de endividamento atual da companhia

Camille Lima
Camille Lima
1 de abril de 2024
18:37 - atualizado às 17:24
AES Brasil (AESB3)
AES Brasil (AESB3) - Imagem: Divulgação

As luzes do estádio começaram a se apagar para a AES Brasil: as ações AESB3 acabam de ser rebaixadas no campeonato financeiro das empresas de energia por um bancão de investimentos. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O UBS BB revisou para “venda” a recomendação para os papéis e cortou o preço-alvo de R$ 12 para R$ 9, implicando em um potencial de desvalorização de 5,7% em relação ao fechamento de hoje.

Segundo os analistas, existem dois principais motivos para visão mais pessimista para a empresa de geração de energias renováveis: o desempenho mais fraco e o nível de endividamento atual da companhia.

As ações reagiram em forte queda à notícia no pregão desta segunda-feira (1). Os papéis terminaram o dia em queda de  6,37, negociados a R$ 9,55. No acumulado de 2024, a desvalorização chega a 22%. 

Por que a AES Brasil (AESB3) foi rebaixada

Na visão do UBS BB, a AES Brasil (AESB3) saiu do “olho da tempestade”, mas as perspectivas para o futuro da companhia de energia renovável não são tranquilas — especialmente do lado financeiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os analistas até têm visão positiva para os preços da energia — que devem levar a melhores preços de contratos de compra e venda de energia — e para o crescimento operacional da empresa, mas os riscos negativos se sobrepõem, segundo o UBS.

Leia Também

Uma dessas questões que deve pesar nos resultados da companhia é o desempenho dos ativos da AES Brasil. Os complexos eólicos registraram queda de 10% na geração em relação à garantia física — indicador que determina a quantidade de energia que um equipamento de geração consegue suprir — em 2023.

Ainda estão no radar as reduções involuntárias na produção de energia das usinas (curtailment). Na projeção do banco, cada curtailment de 5% deve gerar uma queda de aproximadamente R$ 65 milhões por ano no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 2024 a 2028.

Os analistas também afirmam que a empresa continua “altamente alavancada”, o que pode prejudicar a geração de caixa devido à dimensão das despesas financeiras da companhia. Relembrando, a empresa terminou o quarto trimestre de 2023 com uma alavancagem de 5,31 vezes a relação dívida líquida sobre Ebitda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Outra pressão negativa à operação da AES Brasil é a baixa vida útil da concessão da companhia e a volatilidade impulsionada pelas notícias sobre venda de ativos, segundo o banco.

“O baixo prazo de concessão da empresa coloca a AES em um cronômetro para executar fusões e aquisições ou começar a construir novos projetos, a fim de preservar suas finanças”, escreveu o UBS BB, em relatório.

O banco vê a AES negociando a uma taxa interna de retorno (TIR) real de 8,1%, abaixo do patamar médio de outras empresas do setor, de 10,5%.

Riscos e oportunidades 

Segundo os analistas, a AES Brasil surge como uma “titã de vulnerabilidade” ao curtailment, uma vez que a empresa tem a maior exposição ao efeito dos cortes na produção de energia das usinas dentro da cobertura do UBS BB no setor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Isso porque, a partir de 2032, a empresa de energia pretende ter 100% de sua geração proveniente de renováveis. 

“Em nossa opinião, isso representa um risco significativo para a tese de investimento da AES, uma vez que os efeitos do corte representam riscos significativos para a geração de caixa da AES. Para cada corte de 5%, estimamos um impacto no valor patrimonial de 13%”, disse o banco.

Já do lado das oportunidades, o UBS BB avalia duas principais sinergias em potenciais fusões e aquisições (M&As) que a companhia venha a fazer: redução de custos e amortização de ágio. 

Na análise do banco, a redução do custo de holding é a maior sinergia potencial em um potencial processo de M&A, já que a empresa poderá ser incorporada a outra companhia. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Atualmente, a AES tem um custo de aproximadamente R$ 190 milhões por ano, alinhado ao patamar de pares como a Auren (R$ 150 milhões) e a Copel (R$ 220 milhões). 

AES Brasil (AESB3): Ainda tem chance de recuperação?

Para o UBS BB, existem dois pontos que podem fazer a recomendação de “venda” do banco para as ações da AES Brasil (AESB3) darem errado.

De acordo com o banco, uma das questões que pode ajudar a empresa a se recuperar é a ocorrência de menor ineficiência de geração de energia e efeito de corte de produção.

“Caso a AES não seja afetada pela redução tanto quanto pensamos e proporcione uma geração de energia mais forte, isso poderá significar um aumento potencial significativo para os nossos números”, escreveram os analistas. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já em relação ao endividamento, a tese pessimista do UBS BB pode ruir caso a empresa passe por uma desalavancagem mais rápida que o esperado.

Além disso, uma queda nas taxas de juros e uma redução das despesas financeiras também podem fazer a empresa entregar um fluxo de caixa maior em um ritmo mais rápido do que o estimado pelos analistas, o que poderia destravar valor para a empresa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MERCADO DE AÇÕES VAI ESQUENTAR?

BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira

12 de dezembro de 2025 - 19:15

A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?

NAS PASSARELAS DO MERCADO

Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?

12 de dezembro de 2025 - 18:01

Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo

OS NEGÓCIOS DE SILVIO

O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso

12 de dezembro de 2025 - 16:51

Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano  

CHOQUE NO BOLSO

Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia

12 de dezembro de 2025 - 16:15

Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo

EFEITO MONSTER

De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário

12 de dezembro de 2025 - 14:33

A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho  

TENTA SE REERGUER

Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão

12 de dezembro de 2025 - 14:01

Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial

ALGUNS BILHÕES MENOS RICO

Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA

12 de dezembro de 2025 - 10:56

A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista

CRISE CORPORATIVA

Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha

12 de dezembro de 2025 - 10:01

A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ

DANÇA DAS CADEIRAS

Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando

12 de dezembro de 2025 - 9:21

De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças

PREPAREM OS BOLSOS

Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP

11 de dezembro de 2025 - 20:11

Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos

UM TRUNFO E UM PROBLEMA

A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA

11 de dezembro de 2025 - 19:46

Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta

CORRIDA ESPACIAL

Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla

11 de dezembro de 2025 - 19:00

Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história

APETITE VORAZ

Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia

11 de dezembro de 2025 - 18:35

O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa

O QUE TER NA CARTEIRA

As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio

11 de dezembro de 2025 - 17:45

O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras

VENTANIA EM SP

Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado 

11 de dezembro de 2025 - 16:30

O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)

TEM JEITO DE BANCO, NOME DE BANCO...

Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo

11 de dezembro de 2025 - 15:06

A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões

GRANA PESADA

Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas

11 de dezembro de 2025 - 12:43

De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic

DESAFIOS GLOBAIS

Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026

11 de dezembro de 2025 - 9:37

Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento

NA CONTA DOS ACIONISTAS

Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027

11 de dezembro de 2025 - 9:00

Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira

PREPAREM O BOLSO

Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos

10 de dezembro de 2025 - 20:05

A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar