A chance de ter um pedaço da fábrica de bilionários chegou? Mesmo com alta de 66% no ano, BTG acredita que é hora de comprar Weg (WEGE3) — e vê espaço para mais
O banco de investimentos estima que os papéis podem chegar a R$ 68,00, o que representa uma alta potencial de 20% em relação às cotações de fechamento
O balanço da Weg (WEGE3) surpreendeu mais uma vez o mercado na última quarta-feira (30). Na ocasião, alguns analistas observaram que as margens da empresa ficaram aquém do esperado, o que fez os papéis caírem no pregão daquele dia. Veja os números:
| Indicador | 3T24 | Var% (3T24 vs 3T23) |
| Lucro Líquido (R$) | R$ 1,578 bilhão | 20,40% |
| Receita Operacional Líquida (R$) | R$ 9,856 bilhões | 22,10% |
| EBITDA (R$) | R$ 2,224 bilhões | 27,90% |
| Margem EBITDA (%) | 22,60% | 1,1 p.p. |
| Margem Líquida (%) | 16,00% | -0,2 p.p. |
| Retorno Sobre o Capital Investido (%) | 37,10% | 1,7 p.p. |
Mas foi só na manhã desta sexta-feira (1º) que a poeira baixou e os analistas do BTG Pactual finalizaram a avaliação dos resultados para elevar a recomendação das ações WEGE3 de “neutra” para “compra”, além de atualizar o preço-alvo das ações da Weg.
Por volta das 13h30 de hoje, os papéis da Weg avançavam 1,87%, cotados a R$ 55,13, em um dia de queda de 0,69% do Ibovespa, que registrava 128.816,75 pontos no mesmo horário. No fechamento, as ações WEGE3 subiram 1,09%, a R$ 54,70.
O banco de investimentos estima que os papéis podem chegar a R$ 68,00, o que representa uma alta potencial de 20% em relação às cotações de fechamento da última quinta-feira (31).
“Os resultados do terceiro trimestre foram sólidos em comparação com o ano passado. Mas a Weg é vítima de seu próprio sucesso: as expectativas são sempre altas e alguns investidores esperavam margens ainda maiores neste trimestre”, destacam os analistas.
O banco ressalta ainda que, no segundo trimestre, as margens da Weg haviam batido um recorde, e que repetir ou superar o feito não é nada fácil. O valuation para a empresa em 2025 é de 30x — e se o problema é um valuation elevado, diz o BTG, isso não é um problema de fato.
Leia Também
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
- GRATUITO: Leitor do Seu Dinheiro pode acessar análises exclusivas sobre a temporada de balanços em primeira mão; veja como
Weg rebaixada — e elevada meses depois
Vale dizer que os analistas do BTG rebaixaram as ações da Weg para “neutro” em março deste ano, destacando quatro pontos de atenção à época. A saber:
- Crescimento mais lento no setor de energia, com a perspectiva de menos leilões de energia eólica e mudanças na regulamentação da indústria solar;
- Diluição dos efeitos da integração da Regal, que representava algo entre 7% e 9% da receita da Weg na época da aquisição, mas com margens mais baixas;
- Maior alíquota efetiva de impostos, resultante de decisões sobre os preços de transferência de energia, elevando as tarifas das operações da Weg no exterior;
- Piora da dinâmica competitiva, com concorrentes importantes como ABB e Siemens abocanhando a participação de mercado que a Weg ganhou durante a pandemia.
“Estávamos errados. Todas as nossas preocupações não se confirmaram”, escrevem os analistas.
Além disso, o real sofreu uma forte depreciação nos últimos meses, o que beneficia empresas com forte exposição cambial, como é o caso da Weg.
Outro ponto que pode beneficiar a empresa no futuro é o mercado de data centers — “uma das melhores histórias para no mercado de ações da América Latina”, escrevem os analistas.
Exposição ao dólar: atenção pela frente
Além da depreciação do real contra o dólar ter potencial de favorecer a Weg nos próximos meses, as eleições norte-americanas são um ponto de atenção dos analistas.
Kamala Harris e Donald Trump estão tecnicamente empatados na margem de erro das pesquisas eleitorais. Mas os candidatos expressam opiniões diferentes sobre o setor de energia — o que pode afetar o resultado da Weg.
O candidato republicano, por exemplo, revogou alguns acordos ambientais internacionais durante sua primeira passagem pela Casa Branca, incluindo aqueles que restringiam emissões de dióxido de carbono de usinas de energia e veículos.
Além disso, Trump pretende expandir a operação de óleo e gás no Ártico, bem como impor tarifas de importação contra a China, potencializando o custo de projetos de energia renovável — incluindo painéis solares e armazenamento.
Mas a Weg não deve sentir um impacto tão significativo. A empresa cresceu nos EUA principalmente nos ramos de motores elétricos de baixa tensão (LV) e transformadores de potência.
Assim, a demanda por esses dois tipos de equipamentos é relativamente pouco afetada por fatores políticos — mas é preciso ficar atento aos desdobramentos da corrida pela Casa Branca.
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M.Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?
Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção
Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo
A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025
