Brasil pode se tornar país chave para o desenvolvimento da Inteligência Artificial em um futuro sustentável, diz Itaú BBA — mas encontra 5 problemas no caminho
Brasil tende a se destacar mais no ramo de data centers, onde são armazenadas as informações que darão base aos LLM, como o ChatGPT

Não é novidade que o ramo de inteligência artificial (IA) é a joia da coroa do ramo de tecnologia dos tempos atuais. Praticamente o mundo inteiro tem voltado suas atenções para esse setor, que vem se apresentando como o pedaço mais nobre da carne dos investimentos.
Como de costume, o Brasil não poderia ficar de fora desse “churrasco” internacional — mas, segundo um relatório do Itaú BBA, o país não deve ficar com a parte mais macia desse filé.
Recapitulando rapidamente, inteligência artificial é um ramo vasto, que vai desde o treinamento de modelos de linguagem (LLM, no jargão), até o desenvolvimento de computadores e infraestrutura para comportar os novos softwares (programas) e locais de armazenamento dessas informações.
Dentro desse contexto, o Brasil tende a se destacar mais no ramo de data centers, onde são armazenadas as informações que darão base aos LLM, como o ChatGPT e o Gemini, por exemplo.
É verdade que virar um grande repositório de dados usados para IAs generativas pode não parecer um benefício à primeira vista. No entanto, o Brasil pode ser escolhido como o destino preferido das empresas do setor pela sua variedade na sua matriz energética.
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Inteligência artificial e geração verde de energia
Diversas empresas que estão desenvolvendo seus modelos de IAs, como a Alphabet, dona do Google, a Microsoft e a Amazon, encontraram uma pedra no caminho. Isso porque as estimativas apontam que a demanda global IA deva demandar um total de 12 terawatts-hora (TWh) até 2028.
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E essa pedra é o crescimento da emissão de gases de efeito estufa, que vão na contramão das metas de zerar ou reduzir tais emissões, dentro de um contexto de economia sustentável.
A maior parte dos data centers dessas empresas está em países da Ásia e do Pacífico, onde a espinha dorsal da produção de energia é o carvão ou o petróleo. Assim, manter o armazenamento de dados nessas regiões é altamente poluente.
E é aí que entra o Brasil. De acordo com o Itaú BBA, o país tem uma matriz energética já com grande participação de energias renováveis.
Em números: o Brasil nessa corrida
Cerca de 89% do suprimento energético brasileiro vem de fontes do gênero e ainda há espaço para que aumente ainda mais esse percentual.
Quando comparado com a matriz energética de outros países do G20, o Brasil se torna um player ainda mais relevante, tendo a segunda menor quantidade de emissão equivalente por unidade de energia de gases de efeito estufa (33,34 kgCO2/GJ).
Esse número é bem abaixo de outros mercados emergentes, como:
- Argentina (52,75 kgCO2/GJ);
- México (57,98 kgCO2/GJ);
- China (66,19 kgCO2/GJ);
- Índia (71,23 kgCO2/GJ);
- e África do Sul (87,23 kgCO2/GJ).
“Desde a sua criação, a capacidade instalada do Sistema Interligado Nacional (SIN) é composta principalmente por usinas hidrelétricas distribuídas por bacias hidrográficas em diferentes regiões do país. Nos últimos anos, a instalação de parques eólicas e solares, principalmente na região Nordeste, vem apresentando forte crescimento, tornando-se agora um elemento chave na matriz energética”, destaca o relatório.
Inteligência artificial: pode vir que o Brasil tem vento
Considerando os dados disponíveis atualmente, o Brasil possui mais de 179 mil quilômetros de linhas de transmissão em operação. Esse total deve chegar a pouco mais de 220 mil quilômetros até o final de 2032.
Com isso, o país amplia ainda mais sua capacidade instalada de energia renovável, ao mesmo tempo em que visa uma operação otimizada da rede elétrica.
Um dos destaques do relatório do Itaú é a força dos ventos brasileiros, e o país vem aumentando cada vez mais o seu parque eólico.
As instalações, inclusive, têm batido recordes um atrás do outro durante a “safra de ventos” (período de junho ao final do ano), chegando a ponto de abastecer toda a região Nordeste por um dia inteiro e cerca de 20% do país como um todo.
O desenvolvimento da energia eólica no Brasil já acumula investimentos superiores a US$ 42 bilhões nos últimos 11 anos. Sendo um dos países que mais investem em energia eólica no mundo, o Brasil foi classificado como potência eólica e já ocupa a sexta posição no Ranking de Capacidade Instalada da GWEC, o Conselho Global de Energia Eólica.
E os riscos a seguir
Nem tudo serão flores para o mercado brasileiro, e os analistas do Itaú BBA enxergam isso.
No relatório, são destacados cinco pontos de atenção para o investidor que quer aproveitar um ramo que deve crescer exponencialmente nos próximos anos. E são eles:
- Complexidade da regulação tributária: os data centers estão expostos a diversos impostos sobre suas operações, tanto em níveis municipais quanto federais. Além disso, a construção de data centers também deve enfrentar uma grande carga tributária. Com as discussões em torno da reforma tributária ainda acontecendo, poderia haver uma melhora nessa frente;
- Revogação dos compromissos de neutralidade de carbono das grandes empresas de tecnologia: a principal razão pela qual essas companhias se tornaram as maiores compradoras de energias renováveis é o compromisso de alcançar emissões líquidas zero de carbono nesta década. Se esses objetivos começarem a parecer muito distantes ou custosos no curto e médio prazo, essas empresas podem abandonar a estratégia;
- Avanços tecnológicos: o ritmo de mudança na indústria de semicondutores tem sido impressionante, e não se pode descartar os avanços que podem mudar a relação entre oferta e demanda global no ramo da computação. Essas novidades podem influenciar na demanda por energia, tanto para mais — quando, em algumas previsões, para menos;
- Gargalos de infraestrutura: assim como a demanda por energia deve crescer, a infraestrutura para comportar todo o mercado de IA também precisa acompanhar esse ritmo;
- Marco legal: por último, os analistas enxergam com preocupação os impactos do projeto de lei (PL) 2338/2023, que visa criar o marco regulatório para a IA no Brasil. Na visão dos especialistas, o marco legal proposto parece muito mais restritivo em comparação com outros países e estabelece uma nova agência pública para governar o setor. Essa decisão vai na direção errada na percepção dos agentes do setor e deve continuar sendo observada por aqueles que querem investir nesse segmento.
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