‘Situação fiscal é sim bastante frágil’, diz Verde. Para gestora de Luis Stuhlberger, mercado quer ver resultados concretos, não apenas promessas
Fundo multimercados da Verde Asset rendeu 210% do CDI em junho com alta do dólar, mas também com juros globais e ações brasileiras

O fundo Verde se beneficiou da alta de mais de 6% do dólar em junho e ganhou com sua posição comprada na moeda americana contra o real. Mas o retorno de 1,66% do multimercado no mês – o equivalente a 210% do CDI do período – também foi puxado por posições em juros globais e ações no Brasil. Já as perdas vieram de posições em peso mexicano (já zerada) e franco suíço.
Para o fundo da gestora de Luis Stuhlberger, junho foi marcado por uma deterioração mais aguda dos mercados brasileiros, devido a uma combinação de "posição fiscal frágil com barulho político" que se tornou "explosiva neste último mês".
Em sua carta mensal a clientes, a Verde admite que as variáveis macroeconômicas "estão em trajetória decente" e que "não há vulnerabilidades externas relevantes", mas nem por isso rejeita a ideia de que haja pressões fiscais, nem acha que o mercado tenha exagerado na reação, pelo contrário.
"A situação fiscal é sim bastante frágil. Vale lembrar que os gastos do governo estão crescendo a uma taxa de 12,9% real (ante um arcabouço de crescimento de despesa de 2,5% real), e o déficit primário 'abaixo da linha' está em R$ 295 bilhões nos últimos doze meses, para uma meta de déficit de R$ 28,8 bilhões no ano fechado. Houve muitas despesas adiantadas (precatórios entre outros) e, portanto, os números tendem a melhorar daqui por diante, apesar dos impactos da tragédia do Rio Grande do Sul. Mas não é por acaso que o mercado está preocupado e reage negativamente a discursos inflamados."
Carta do fundo Verde de junho de 2024.
Para a gestora, enquanto o governo não reconhecer a realidade de que o crescimento do gasto foi descontrolado nestes primeiros 18 meses de mandato, a situação continuará "volátil e difícil".
- Baixe AGORA o nosso guia especial "Onde Investir no 2º semestre" e descubra onde estão as melhores oportunidades para o resto do ano
Mercado quer resultados concretos e não comprará promessas
"Há sinais incipientes de que a percepção do governo mudou nos últimos dias. Ainda assim, o custo de dilapidar credibilidade a golpes de retórica vai ser cobrado agora: o mercado precisará ver resultados concretos nos números, e não apenas comprará promessas", diz o texto.
Leia Também
De fato, na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o presidente Lula autorizou o corte de R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias no Orçamento de 2025, o que vem animando o mercado, com alta da bolsa e alívio nos juros futuros.
Mas o governo ainda não revelou de onde exatamente virão esses cortes, o que só deverá ser conhecido no dia 22 de julho. Até lá, portanto, o mercado está em compasso de espera para ver se o otimismo realmente se justifica.
Verde mantém posição em bolsa brasileira
Ainda na sua carta mensal, o fundo Verde diz ter mantido sua alocação em bolsa brasileira em 7,5%, enquanto a global se expandiu passivamente (a partir da valorização dos ativos) para 6,0%.
Em juros, o fundo manteve sua posição comprada em juro real nos Estados Unidos e em inflação implícita no Brasil. Em moedas, manteve sua posição comprada em dólar contra o real, além de ter mantido a posição em rúpia indiana, financiada por posições vendidas em euro, no renminbi chinês e no dólar de Taiwan.
Há também uma pequena alocação em petróleo, assim como em títulos de crédito high yield (maior risco e maior potencial de retorno) local e global.
ONDE INVESTIR EM JULHO: OS MELHORES INVESTIMENTOS - AÇÕES, FIIs, BDRs, DIVIDENDOS, CRIPTO E ALOCAÇÃO
Confiança em xeque: mercado de capitais brasileiro recebe nota medíocre em pesquisa da CVM e especialistas acendem alerta
Percepção de impunidade, conflitos de interesse e falhas de supervisão reforçam a desconfiança de investidores e profissionais no mercado financeiro brasileiro
Prio (PRIO3) sobe no Ibovespa após receber licença final para a instalação dos poços de Wahoo
A petroleira projeta que o início da produção na Bacia do Espírito Santo será entre março e abril de 2026
Dólar vai abaixo dos R$ 5,30 e Ibovespa renova máximas (de novo) na expectativa pela ‘tesoura mágica’ de Jerome Powell
Com um corte de juros nos EUA amplamente esperado para amanhã, o dólar fechou o dia na menor cotação desde junho de 2024, a R$ 5,2981. Já o Ibovespa teve o terceiro recorde dos últimos quatro pregões, a 144.061,64 pontos
FII BRCO11 aluga imóvel para M. Dias Branco (MDIA3) e reduz vacância
O valor da nova locação representa um aumento de 12% em relação ao contrato anterior; veja quanto vai pingar na conta dos cotistas do BRCO11
TRXF11 vai às compras mais uma vez e adiciona à carteira imóvel locado ao Assaí; confira os detalhes
Esse não é o primeiro ativo alugado à empresa que o FII adiciona à carteira; em junho, o fundo já havia abocanhado um galpão ocupado pelo Assaí
Ouro vs. bitcoin: afinal, qual dos dois ativos é a melhor reserva de valor em momentos de turbulência econômica?
Ambos vêm renovando recordes nos últimos dois anos à medida que as incertezas no cenário econômico internacional crescem e o mercado busca uma maneira de se proteger
Do Japão às small caps dos EUA: BlackRock lança 29 novos ETFs globais para investir em reais
Novos fundos dão acesso a setores, países e estratégias internacionais sem a necessidade de investir diretamente no exterior
Até onde vai o fundo do poço da Braskem (BRKM5), e o que esperar dos mercados nesta semana
Semana começa com prévia do PIB e tem Super Quarta, além de expectativa de reação dos EUA após condenação de Bolsonaro
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
Anita Scal, sócia e diretora de Investimentos Imobiliários da empresa, afirma que a perspectiva de um ciclo de queda da taxa de juros no Brasil deve levar as cotas dos fundos a se valorizarem
TRXF11 abocanha galpão locado pelo Mercado Livre (MELI34) — e quem vai ver o dinheiro cair na conta são os cotistas de um outro FII
Apesar da transação, a estimativa de distribuição de dividendos do TRXF11 até o fim do ano permanece no mesmo patamar
Ação da Cosan (CSAN3) ainda não conseguiu conquistar os tubarões da Faria Lima. O que impede os gestores de apostarem na holding de Rubens Ometto?
Levantamento da Empiricus Research revela que boa parte do mercado ainda permanece cautelosa em relação ao futuro da Cosan; entenda a visão
LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)
Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país
Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa
Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista