Por que as ações do Banco do Brasil (BBAS3) caem na B3 mesmo depois do lucro recorde?
Apesar do lucro acima do esperado, os analistas viram problemas em outros “quesitos” do balanço do Banco do Brasil no quarto trimestre de 2023

No desfile dos balanços corporativos, o Banco do Brasil (BBAS3) surgiu como grande destaque ao registrar lucro líquido recorde em 2023. Além disso, superou os concorrentes privados em rentabilidade no quarto trimestre e ainda anunciou um aumento dos dividendos.
Mesmo assim as ações do BB atravessam o samba no pregão desta sexta-feira. Por volta das 11h55, os papéis do banco (BBAS3) recuavam 2,22%, a R$ 57,24. Afinal, o que está acontecendo?
Bem, para responder a essa pergunta é preciso ir além do lucro líquido e analisar um balanço como uma espécie de escola de samba. Em outras palavras, o lucro líquido é apenas um dos aspectos — o mais importante, sem dúvida — que o mercado avalia.
O problema é que em outros "quesitos" as notas do balanço do Banco do Brasil não foram assim tão brilhantes, pelo menos de acordo com os analistas que cobrem as ações.
- 4T23: Interpretar os números do balanço de uma empresa não é tarefa fácil. Por isso, os analistas da Empiricus vão “traduzir” todos aqueles dados para que você invista melhor e monte uma carteira mais rentável. Clique aqui para receber as análises do 4T23 em primeira mão GRATUITAMENTE.
Banco do Brasil (BBAS3): mãozinha argentina
O primeiro número que chama a atenção no resultado do quarto trimestre do Banco do Brasil é a contribuição do banco argentino Patagonia.
Com a desvalorização do peso, o banco teve um ganho com a variação cambial sobre o resultado dos títulos atrelados ao dólar.
Leia Também
Esse efeito puxou a margem financeira e foi responsável por 20% do resultado do Banco do Brasil no quarto trimestre, de acordo com o JP Morgan.
Além disso, o lucro do BB contou com uma ajuda da alíquota efetiva menor de imposto de renda, segundo os analistas.
O Banco do Brasil também perdeu nota na avaliação do mercado no quesito provisões para calotes, que cresceram além do esperado. Aliás, o índice de inadimplência do BB apresentou alta no trimestre, na contramão dos principais concorrentes.
LEIA TAMBÉM:
- Banco do Brasil (BBAS3) tem lucro recorde no primeiro ano de governo Lula e supera concorrentes privados em rentabilidade no 4T23
- Itaú (ITUB4) paga R$ 11 bilhões em dividendos extras — e pode vir mais por aí, diz CEO
Bom guidance para 2024
Apesar do escorregão nas categorias mais "técnicas" do balanço, o Banco do Brasil deixou uma boa impressão na perspectiva para 2024.
Isso porque o BB deve manter o ritmo de crescimento e lucratividade em alta, de acordo com a estimativa (guidance) que a administração divulgou junto com os resultados.
"Embora as tendências operacionais tenham sido mais fracas no 4T23, os dividendos mais elevados e o guidance sólido provavelmente serão recebidos de forma positiva", escreveram os analistas do Goldman Sachs, em relatório.
Santander (SANB11) bate expectativas do mercado e tem lucro de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025
Resultado do Santander Brasil (SANB11) representa um salto de 27,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024; veja os números
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Crédito do Trabalhador: BB anuncia mais de R$ 2,1 bilhões em desembolsos no empréstimo consignado
Programa de crédito consignado do BB prevê uso da rescisão e do FGTS para quitação do empréstimo em caso de demissão.
Normas e tamanho do FGC entram na mira do Banco Central após compra do Banco Master levantar debate sobre fundo ser muleta para CDBs de alto risco
Atualmente, a maior contribuição ao fundo é feita pelos grandes bancos, enquanto as instituições menores pagam menos e têm chances maiores de precisar acionar o resgate
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Nubank (ROXO34) recebe autorização para iniciar operações bancárias no México
O banco digital iniciou sua estratégia de expansão no mercado mexicano em 2019 e já conta com mais de 10 milhões de clientes por lá
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
O que está derrubando Wall Street não é a fuga de investidores estrangeiros — o JP Morgan identifica os responsáveis
Queda de Wall Street teria sido motivada pela redução da exposição dos fundos de hedge às ações disponíveis no mercado dos EUA
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
OPA do Carrefour (CRFB3): com saída de Península e GIC do negócio, o que fazer com as ações?
Analistas ouvidos pelo Seu Dinheiro indicam qual a melhor estratégia para os pequenos acionistas — e até uma ação alternativa para comprar com os recursos