🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

A VISÃO DO GESTOR

Onde Investir em 2024: Bolsa tem espaço para subir mais e juros podem cair a 8,5% ao ano — se fiscal permitir, diz CEO da Bradesco Asset

Para Bruno Funchal, CEO da Bram e ex-secretário do Tesouro, com a queda dos juros será inevitável ver uma migração de recursos da renda fixa para a bolsa em 2024

Camille Lima
Camille Lima
2 de janeiro de 2024
6:53 - atualizado às 8:45
Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset Management
Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset Management - Imagem: Divulgação

Ex-secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal fala com propriedade ao ser questionado sobre o cenário para 2024 nos fundos que comanda hoje como CEO da Bradesco Asset Management (Bram).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tanto aqui quanto no exterior, o risco fiscal deve permanecer no centro das atenções dos investidores neste ano, de acordo com o executivo, responsável por um patrimônio de quase R$ 550 bilhões na gestora.

Lá fora, temos a dívida norte-americana e um déficit elevado pressionando os juros de longo prazo. Enquanto isso, o Brasil tem seus próprios desafios para colocar de pé o novo arcabouço fiscal.

Mas o tema dos riscos ocupou pouco tempo da entrevista de quase uma hora que Funchal concedeu ao Seu Dinheiro na sede da gestora de fundos do Bradesco. Ao contrário, o executivo se revelou até mais animado do que a média do mercado.

No caso da Selic, por exemplo, a expectativa da Bram é que o Banco Central só interrompa o ciclo de cortes quando a taxa básica de juros chegar aos 8,5% ao ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O mercado está na casa de 9% ao ano de projeção para a Selic no fim de 2024, mas a gente está ainda mais otimista”, afirmou Funchal.

Leia Também

A queda da Selic deve provocar outro movimento que é praticamente inevitável, na visão do CEO da Bram: a migração de recursos que hoje estão na renda fixa para a bolsa.

Esta matéria faz parte de uma série especial do Seu Dinheiro sobre onde investir em 2024. Eis a lista completa:

  • Investimentos no exterior
  • Cenário macro: a visão do gestor (você está aqui)
  • Bolsa
  • Renda fixa
  • Bitcoin e criptomoedas
  • FII e imóveis
  • Dólar e ouro
  • 5 ideias de negócios e franquias de até R$ 50 mil para abrir em 2024

A bolsa vai voltar em 2024?

Para Funchal, com os cortes da Selic propostos pelo Comitê de Política Monetária (Copom), haverá uma forte retomada do apetite ao risco em 2024.

Se nos anos de 2022 e 2023 os fundos DI e de crédito brilharam, neste ano a situação deve mudar. Assim, uma das classes de investimentos diretamente beneficiada é a renda variável.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Um estudo da Bram revelou que a bolsa tende a se valorizar cerca de dois dígitos em ciclos de queda de juros no Brasil.

“Quando você analisa os últimos cinco ciclos de queda, a valorização média da bolsa é de mais de 60%. Isso começa a ser um indicativo de que é possível ter um retorno acima do CDI. E, com CDI menor, é natural que o público comece a procurar ativos de risco”, disse Funchal.

Segundo a pesquisa da gestora do Bradesco, historicamente, a bolsa valorizou 64% na média, a partir do período de queda. Desse percentual, cerca de 40% de alta tende a acontecer no primeiro ano, enquanto o avanço no segundo ano chega a aproximadamente 20%.

Ou seja, os recordes sucessivos do Ibovespa em dezembro são um sinal de que podemos estar em um novo ciclo positivo para a bolsa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De todo modo, a disparada recente ainda não afetou de forma significativa o comportamento do investidor, que nos últimos dois anos sacou bilhões de reais dos fundos multimercados e de renda variável.

Quem sobe?

Recentemente, porém, essa sangria diminuiu, e a tendência é que os fundos mais arrojados voltem às carteiras, segundo Funchal. E quem perdeu essa primeira "pernada" da bolsa ainda pode ganhar dinheiro com ações?

“Acredito que, em 2024, veremos uma queda dos juros também no exterior, e isso favorece muito os ativos de risco. Ou seja, ainda tem espaço para o investidor extrair valor tanto no curto quanto no médio prazo”, disse Funchal.

Nesse sentido, as ações que ficaram para trás no rali mais recente da B3 e as empresas cíclicas e mais sensíveis aos juros estão entre as com maior potencial, ainda de acordo com o CEO da Bradesco Asset.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, a queda da Selic ainda pode dar um gás extra para as companhias mais endividadas. “Existe um benefício da queda dos juros no balanço das empresas, especialmente para as mais alavancadas.”

Na prática, o juro menor deve melhorar o resultado dessas empresas e por consequência, provocar uma reprecificação dos papéis na B3, segundo Funchal.

É claro que esse caminho não será uma linha reta e não está livre de riscos. Por isso mesmo, ele recomenda prudência para o investidor mais conservador na hora de realocar a carteira.

Juros e dólar em 2024

No fim das contas, o que embasa a tese da Bradesco Asset Management para bolsa é a expectativa de queda da Selic em 2024. Esse otimismo se sustenta em dois principais pilares: a inflação no Brasil e os juros nos Estados Unidos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sobre o primeiro ponto, Funchal chama a atenção para uma métrica que parte do mercado tem deixado de lado ao avaliar a dinâmica dos preços: o núcleo da inflação — que exclui os itens mais voláteis do cálculo.

“A gente vê espaço para uma queda maior dos juros porque os núcleos dos índices de inflação apontam para uma desinflação muito forte, além de já estarem abaixo do centro da meta”, destaca Funchal.

Já em relação ao exterior, a expectativa mais controlada com os juros nos EUA ajuda nas previsões de cortes da Selic pelo Copom.

Apesar do discurso mais contido das autoridades, em particular do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, o mercado já dá o início do corte de juros nos Estados Unidos como favas contadas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tudo isso dá impulso aos ativos de risco no mundo inteiro, incluindo a bolsa, e também aumenta a margem para o BC brasileiro cortar a Selic, segundo Funchal.

Por outro lado, ele afirma não ver espaço para o Copom acelerar o ritmo de cortes da Selic. Ele inclusive enxerga uma aceleração do afrouxamento monetário por Roberto Campos Neto como um possível “tiro no pé” para o futuro dos juros e da inflação no Brasil.

Câmbio comportado

Com a expectativa de bolsa para cima e juros para baixo, para onde vai o câmbio? Para nenhum lugar, de acordo com a expectativa do CEO da Bradesco Asset. 

Na visão de Funchal, o dólar é uma das variáveis econômicas mais bem precificadas para este ano e não deve passar por mudanças intensas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Bram defende que o real está protegido de novas desvalorizações — mas também não tem muitos gatilhos para subir contra o dólar.

A projeção de Bruno Funchal é que o dólar encerre 2024 próximo dos patamares atuais, entre R$ 4,90 e R$ 5,00.

Risco fiscal por todo lado em 2024

Responsável pela "chave do cofre" do governo federal entre 2020 e 2021, Bruno Funchal reforçou o discurso dos tempos em que atuou como secretário do Tesouro ao destacar a importância do controle fiscal para o cenário econômico e dos mercados neste ano.

E essa não é uma questão exclusiva do Brasil. O risco fiscal também promete dar dor de cabeça aos investidores nos Estados Unidos, onde não há uma previsão de uma redução de déficit no curto prazo. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“A dívida americana vai aumentar muito, podendo manter os juros [projetados pelos títulos de dívida do governo] de 10 anos altos. Isso é um risco porque tira liquidez do mundo, e pode ser um dificultador aqui para o Copom avançar nos cortes de juros no Brasil”, afirma Funchal.

No Brasil, o executivo destaca que a condução política em relação às metas fiscais é um dos principais riscos para 2024. Para ele, o país precisa lutar para manter a credibilidade, especialmente diante do novo arcabouço e da meta de déficit zero neste ano.

“O novo regime depende muito de expectativas. Se você tem um arcabouço que não tem credibilidade, o país começa a mexer nessa proposta para gastar mais, o que resulta em mais juros e na piora do crescimento da economia.” 

Funchal está no grupo dos que defendem o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Mas defende que o governo siga perseguindo a meta de déficit zero.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Por enquanto, Haddad tem tido algumas vitórias nas batalhas, mas a guerra ainda não acabou.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DOS MERCADOS

A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489

6 de novembro de 2025 - 18:58

O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.

TOUROS E URSOS #246

A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário

6 de novembro de 2025 - 13:00

Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário

CARTA DA ATMOS

As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa

6 de novembro de 2025 - 10:55

Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora

DE SÃO PAULO A WALL STREET

Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?

5 de novembro de 2025 - 19:03

Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614

5 de novembro de 2025 - 18:14

Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe

REAÇÃO AO BALANÇO

Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?

5 de novembro de 2025 - 9:28

Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25

SD ENTREVISTA

Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais

4 de novembro de 2025 - 17:50

O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro

FIIS HOJE

FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa

4 de novembro de 2025 - 11:33

Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII

AÇÃO DO MÊS

Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas

4 de novembro de 2025 - 6:02

Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa

NO TOPO

Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?

3 de novembro de 2025 - 14:46

Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é

LOCATÁRIOS DE PESO

Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões

3 de novembro de 2025 - 14:15

A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574

3 de novembro de 2025 - 11:53

Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP

PARA FECHAR COM CHAVE DE OURO

A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde

1 de novembro de 2025 - 13:08

Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.

A SEMANA DOS MERCADOS

Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803

31 de outubro de 2025 - 18:15

O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões

REAÇÃO AOS RESULTADOS

Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?

31 de outubro de 2025 - 12:20

As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques

DINHEIRO EXTRA

A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG

30 de outubro de 2025 - 16:24

Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra

REAÇÃO AO RESULTADO

Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço

30 de outubro de 2025 - 8:56

Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar

29 de outubro de 2025 - 17:19

O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão

VALE MAIS QUE DINHEIRO

Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso

29 de outubro de 2025 - 14:35

Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs

O RALI NÃO ACABOU

Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025

29 de outubro de 2025 - 13:32

De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar