O que fez o dólar disparar de novo? Moeda norte-americana já sobe 16% em 2024 e beira às máximas dos últimos dois anos
A divisa encerrou a semana com avanço de 0,96%, o que leva os ganhos acumulados em julho a 1,25%
 
					Após recuar nas primeiras horas de negócios com dado benigno de inflação nos Estados Unidos, o dólar à vista ganhou força no último pregão da semana diante de déficit superior ao esperado do Governo Central em junho e fechou a sessão da sexta-feira (26) acima de R$ 5,65.
Além do desconforto com o quadro fiscal doméstico, analistas afirmam que o real voltou a sofrer em razão de aparente desmonte de operações de carry trade com divisas latino-americanas, em mais um dia de apreciação do iene.
Com mínima a R$ 5,6170 e máxima a R$ 5,6721 o dólar terminou o pregão em alta de 0,18%, a R$ 5,6579 — ainda no maior valor de fechamento desde o último dia 2 (R$ 5,6648).
A divisa encerra a semana com avanço de 0,96%, o que leva os ganhos acumulados em julho a 1,25%, No ano, o dólar avança 16,58% ante o real, que apresenta o pior desempenho entre as moedas mais relevantes.
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Os vilões da alta do dólar
Pela manhã, o Tesouro informou que as contas do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registraram déficit de R$ 38,836 bilhões em junho, acima da mediana de Projeções Broadcast de R$ 37,70 bilhões.
Analistas ouvidos pelo Broadcast afirmam que, apesar do crescimento real das receitas, o governo provavelmente terá que fazer congelamentos de gastos adicionais, uma vez que a contenção de gastos já anunciada, de R$ 15 bilhões, não vai garantir o cumprimento das metas fiscais neste ano.
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"O quadro fiscal vem se deteriorando cada vez mais. O governo apostava em uma redução mais forte dos juros para alavancar o crescimento e, como consequência, a arrecadação, mas isso não deve acontecer", afirma o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni.
Velloni acrescenta que o real e as divisas emergentes sofrem com a dinâmica recente ruim dos preços das commodities, em razão de incertezas relacionadas ao crescimento chinês.
Moeda norte-americana recuou no exterior
No exterior, a moeda americana recuou na comparação com a maioria das divisas fortes e emergentes. As taxas dos Treasuries também caíram em bloco, com o retorno do papel da T-note de 10 anos voltando a furar o piso de 4,20% nas mínimas da sessão.
A leitura do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) em junho veio, em geral, em linha com as expectativas, sugerindo continuidade do processo de desinflação nos EUA.
A economista-chefe da Armor Capital, Andrea Damico, observa que a divulgação, ontem, do avanço acima do esperado da primeira leitura do PIB americano do segundo trimestre "fortalece a possibilidade" de um pouso suave da economia americana, como desejado pelo Federal Reserve.
"Essa dinâmica dual de inflação e atividade traz bons sinais para o Banco Central americano e aumenta as expectativas para a decisão de política monetária na próxima semana, com o mercado esperando algum sinal de possível corte nas Fed Funds nas próximas reuniões", afirma Damico, ressaltando que outro ponto relevante no mercado cambial foi a valorização de mais de 2% do iene em relação ao dólar.
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"Super Quarta" vem aí e pode afetar o dólar
A próxima semana é marcada pela chamada "Super Quarta", com decisão de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, além da reunião do Banco do Japão (BoJ).
As expectativas são de manutenção da taxa Selic em 10,50%, provável alta de juros nos Japão e algum sinal do Fed de início de corte de juros nas próximas reuniões.
A ferramenta de monitoramento do CME Group mostra 100% de chances de que o BC americano inicie o movimento de corte em setembro. As apostas majoritárias são de uma redução acumulada de 75 pontos-base até dezembro.
O head de câmbio para o norte e nordeste da B&T Câmbio, Diego Costa, observa que a piora da percepção de risco fiscal e dos termos de troca tem impedido o real de se beneficiar de momentos de perda de fôlego da moeda americana no exterior e de recuo das taxas dos Treasuries.
"Vemos uma deterioração da confiança dos investidores na política fiscal, com o governo batendo na tecla de ampliar fontes de arrecadação, sem cortes maiores dos gastos. O sentimento de risco é muito elevado e ajuda a explicar esse dólar perto de R$ 5,70", afirma.
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