O pior ainda está por vir? Investidores respiram aliviados com alta das bolsas; Nova York se recupera e Ibovespa acompanha — mas luz de alerta segue ligada
De Wall Street ao Japão, passando pelo mercado brasileiro de ações, as bolsas recuperaram parte das perdas dos últimos três dias de negociação — mas especialista de um grande banco alerta que o pior pode não ter ficado para trás ainda

O ditado diz que depois da tempestade vem a bonança — e esta terça-feira (6) foi um dia de alívio para as bolsas globais. Depois do mau tempo que provocou uma fuga em massa de investidores dos ativos de risco ao redor do mundo, Wall Street conseguiu recuperar hoje parte das perdas das três sessões anteriores e o Ibovespa acompanhou.
O Dow Jones subiu 0,76%, para fechar em 38.997,66 pontos. O S&P 500 avançou 1,04%, a 5.240,03 pontos. O Nasdaq Composite teve alta de 1,03%, a 16.366,85 pontos.
Todos os 11 setores do S&P 500 operaram em território positivo ao longo do dia. Várias ações de tecnologia de mega capitalização também se recuperaram após uma forte queda do pregão anterior. A Nvidia, por exemplo, subiu 3,8%, enquanto a Meta avançou 3,9%.
A recuperação das ações japonesas ajudaram a pavimentar a confiança dos investidores. O Nikkei 225 registrou o melhor dia desde outubro de 2008, subindo 10,2%. Esse salto se dá um dia após o índice de referência enfrentar a pior sessão desde 1987, despencando 12,4%.
O Ibovespa entrou no embalo da recuperação do dia e encerrou o pregão em alta, ajudado também por bancos, Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3).
O principal índice da bolsa brasileira subiu 0,80%, aos 126.266,70 pontos. Já o dólar à vista terminou a sessão com queda de 1,46%, cotado a R$ 5,6574.
Leia Também
- Quer saber qual é a carteira ideal para você? Ferramenta simula carteira de acordo com seu perfil, objetivo e valor inicial. Confira aqui
O céu fechou para as bolsas
O alívio de hoje segue uma forte liquidação nas negociações de segunda-feira (5) em meio a preocupações com a saúde da economia norte-americana.
O Dow Jones perdeu mais de 1.000, enquanto o S&P 500 caiu 3%. Ambos os índices registraram as piores sessões desde setembro de 2022. O Nasdaq Composite recuou 3,4%.
Uma grande reviravolta no carry trade do iene também contribuiu para a volatilidade. O Banco do Japão aumentou os juros na semana passada, contribuindo para a valorização do iene.
Somado ao temor de recessão nos EUA, o movimento afetou a prática de traders tomarem empréstimos na moeda mais barata para comprar outros ativos globais. Hoje, o iene recuou após picos acentuados que aumentaram as preocupações sobre o carry trade.
O pior já passou?
Enquanto alguns especialistas acreditam que esse é um bom momento para os investimentos, outros dizem que os investidores devem se preparar para mais volatilidade nas bolsas após a liquidação global de ontem.
"Meu sentimento é de que essa correção, embora esteja se estabilizando, ainda não acabou", disse Peter Oppenheimer, estrategista-chefe de ações globais do Goldman Sachs ao "Squawk on the Street" da CNBC.
- Receba em primeira mão as análises dos balanços do 2T24. Clique aqui e acesse relatórios de investimentos gratuitos, feitos pelos profissionais da Empiricus Research.
"Ainda veremos, eu acho, alguns ambientes instáveis no curto prazo, à medida que os investidores realmente começam a calibrar e ficam mais confiantes novamente sobre a direção das taxas de juros e da economia."
Oppenheimer não acha necessariamente que a correção seja ruim para o mercado. Em vez disso, ele a vê como "saudável e um tanto inevitável após um período tão longo sem uma retração."
O Seu Dinheiro ouviu especialistas sobre o que fazer com os investimentos neste momento de incerteza nos mercados globais.
*Com informações do Money Times
Diretor do Inter (INBR32) aposta no consignado privado para conquistar novos patamares de ROE e avançar no ambicioso plano 60-30-30
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Flavio Queijo, diretor de crédito consignado e imobiliário do Inter, revelou os planos do banco digital para ganhar mercado com a nova modalidade de empréstimo
Ninguém vai poder ficar em cima do muro na guerra comercial de Trump — e isso inclui o Brasil; entenda por quê
Condições impostas por Trump praticamente inviabilizam a busca por um meio-termo entre EUA e China
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
Depois de lambermos a lona no início de janeiro, a realidade acabou se mostrando um pouco mais piedosa com o Kit Brasil
Starbase: o novo plano de Elon Musk para transformar casa da SpaceX na primeira cidade corporativa do mundo
Moradores de enclave dominado pela SpaceX votam neste sábado (03) a criação oficial de Starbase, cidade idealizada pelo bilionário no sul do Texas
Trump pressionou, Bezos recuou: Com um telefonema do presidente, Amazon deixa de expor tarifas na nota fiscal
Após conversa direta entre Donald Trump e Jeff Bezos e troca de farpas com a Casa Branca, Amazon desiste de exibir os custos de tarifas de importação dos EUA ao lado do preço total dos produtos
Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa
Na ocasião em que apresentou a proposta, a construtora informou que a operação tinha o intuito de evitar maior volatilidade e se antecipar a eventuais cenários de desenquadramento na B3
Balanço da Weg (WEGE3) frustra expectativa e ação despenca 10% na bolsa; o que fazer com a ação agora
Lucro líquido da companhia aumentou 16,4% na comparação anual, mas cresceu menos que o mercado esperava
Mexendo o esqueleto: B3 inclui Smart Fit (SMFT3) e Direcional (DIRR3) na última prévia do Ibovespa para o próximo quadrimestre; veja quem sai para dar lugar a elas
Se nada mudar radicalmente nos próximos dias, as duas ações estrearão no Ibovespa em 5 de maio
Conheça os 50 melhores bares da América do Norte
Seleção do The 50 Best Bars North America traz confirmações no pódio e reforço de tendências já apontadas na pré-lista divulgada há algumas semanas
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Como fica a rotina no Dia do Trabalhador? Veja o que abre e fecha nos dias 1º e 2 de maio
Bancos, bolsa, Correios, INSS e transporte público terão funcionamento alterado no feriado, mas muitos não devem emendar; veja o que muda
Nova Ordem Mundial à vista? Os possíveis desfechos da guerra comercial de Trump, do caos total à supremacia da China
Michael Every, estrategista global do Rabobank, falou ao Seu Dinheiro sobre as perspectivas em torno da guerra comercial de Donald Trump
Donald Trump: um breve balanço do caos
Donald Trump acaba de completar 100 dias desde seu retorno à Casa Branca, mas a impressão é de que foi bem mais que isso
Trump: “Em 100 dias, minha presidência foi a que mais gerou consequências”
O Diário dos 100 dias chega ao fim nesta terça-feira (29) no melhor estilo Trump: com farpas, críticas, tarifas, elogios e um convite aos leitores do Seu Dinheiro
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Trump vai jogar a toalha?
Um novo temor começa a se espalhar pela Europa e a Casa Branca dá sinais de que a conversa de corredor pode ter fundamento
S&P 500 é oportunidade: dois motivos para investir em ações americanas de grande capitalização, segundo o BofA
Donald Trump adicionou riscos à tese de investimento nos EUA, porém, o Bank Of America considera que as grandes empresas americanas são fortes para resistir e crescer, enquanto os títulos públicos devem ficar cada vez mais voláteis
Acabou para a China? A previsão que coloca a segunda maior economia do mundo em alerta
Xi Jinping resolveu adotar uma postura de esperar para ver os efeitos das trocas de tarifas lideradas pelos EUA, mas o risco dessa abordagem é real, segundo Gavekal Dragonomics