No ringue dos mercados, os EUA são Rocky Balboa: como a Kinea se posiciona diante da resiliência da economia e da bolsa americanas
Na sua carta mensal, gestora destaca a força dos Estados Unidos mesmo diante da “pancada” do aperto monetário e todas as previsões de perda de protagonismo
Se o filme "Rocky", escrito e interpretado por Sylvester Stallone, é um conto exemplar de perseverança e busca pelo "sonho americano", não é à toa.
Na visão da Kinea, o boxeador Rocky Balboa é a metáfora perfeita para a resiliência da economia e do mercado de ações dos Estados Unidos: "sempre subestimado, mas igualmente determinado a vencer seus adversários, mesmo quando sofre no início da luta", escreve a gestora ligada ao Itaú na sua carta aos clientes do mês de janeiro.
O mundo de fato espera um esfriamento da economia americana que abra espaço para o Federal Reserve cortar os juros, mas não foi o que se mostrou neste começo de ano: vendas fortes no varejo, pedidos de auxílio desemprego voltando para as mínimas históricas, dólar forte e juros futuros para cima. A inflação também parou de surpreender para baixo.
O Fed passou a ser mais cauteloso em relação à inflação, levando o mercado a transferir suas apostas de primeiro corte de juros de março para maio.
Mesmo assim, as bolsas de Nova York não se fizeram de rogadas, puxadas pela Nasdaq e as ações de empresas de tecnologia, notadamente do setor de semicondutores e de algumas big techs, como Microsoft e Meta.
“Não se trata de bater forte, e sim do quão forte você pode apanhar e seguir em frente”, diz Rocky, em citação na carta da Kinea. E pelo visto o mercado americano consegue levar muito desaforo e ainda assim vencer.
Leia Também
"Por anos escutamos a previsão que, inevitavelmente, os Estados Unidos cederiam sua hegemonia à China no decorrer desse século. Entretanto, parafraseando Mark Twain, notícias da morte da economia e do mercado norte-americano foram grandemente exageradas", escreve a gestora.
Como exemplo, a Kinea lembra que, nos últimos 12 meses, o S&P 500, principal índice acionário de Wall Street, sobe 26%, enquanto os seus equivalentes na China e Hong Kong desabam cerca de 24% cada.
- ONDE INVESTIR: A bolsa ainda está barata e estas 13 ações são as favoritas dos analistas para investir em 2024. Baixe o guia do Seu Dinheiro
E como a Kinea se posiciona diante da força deste lutador?
A alta dos juros dos títulos do Tesouro americano em janeiro afetou negativamente a performance dos fundos da Kinea, uma vez que a gestora continua aplicada em juros (com apostas na queda acima do esperado pelo mercado) em diversos países, principalmente Reino Unido e Austrália.
Também houve perdas nas posições em real e rand sul-africano, mas ganhos nas posições compradas em dólar contra moedas europeias.
Entretanto, a expectativa da Kinea para os indicadores americanos permanece a mesma. "Importante mencionar que, em nossa concepção, o movimento em juros nos parece de caráter corretivo, uma vez que nosso cenário de desinflação, e consequente cortes de juros por parte do Fed, permanece intacto", diz a gestora.
A casa acrescenta ainda que a geração de empregos na economia americana deve desacelerar ao longo dos próximos trimestres, conforme a contratação reprimida em saúde e educação diminua.
"Na bolsa global, continuamos comprados em um mix de temas seculares como semicondutores, inteligência artificial, urânio e biotecnologia, e outras empresas e setores que devem se beneficiar com o retorno da atividade, como no caso do setor industrial", diz a carta.
E no Brasil?
Em relação ao Brasil, a Kinea avalia que o programa "Nova Indústria Brasil", anunciado pelo governo neste mês, deve ser menos preocupante do ponto de vista fiscal do que pode parecer.
A nova política industrial do governo Lula não implica aceleração no ritmo de desembolso observado no ano passado, diz a gestora, além de prever que a maior parte dos financiamentos seria a taxas de mercado e com recursos advindos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e captações externas, e não do Tesouro ou do BNDES.
Assim, apesar de ver risco fiscal crescente no governo Lula, a casa crê que o risco de curto prazo continua controlado e permanece comprada em real.
Quanto à bolsa, a Kinea considera que o ano de 2024 deve ser forte para bolsas emergentes, pois além de cortes de juros e convergência inflacionária, o mundo deve ver uma recuperação da manufatura - "um poderoso cocktail de estímulos para um mercado de valuation atrativa como o Brasil, onde permanecemos comprados", diz a gestora.
Os setores favoritos da Kinea na bolsa continuam sendo o bancário, em virtude da reversão do ciclo de inadimplência e retorno ao crescimento das carteiras de crédito, e os de elétricas e saneamento, "por um mix de Taxa Interna de Retorno reais atrativas e oportunidades de melhora operacional em várias empresas recém-privatizadas ou em vias de privatização".
As apostas da gestora no mercado brasileiro são Banco do Brasil, Itaú, BTG Pactual, Nubank (negociado na bolsa de Nova York, mas com BDRs na B3), Equatorial Energia, Sabesp, Copel, Eletrobras, Iguatemi, Allos, Direcional, PRIO, 3R Petroleum e Mercado Livre (negociado na Nasdaq, mas com BDRs na B3).
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
