Lula lança plano de R$ 300 bilhões para a indústria — mas isso não é o suficiente, segundo entidades; veja os detalhes da nova política industrial
O governo lançou hoje a nova política industrial, que norteará esforços para o desenvolvimento nacional até 2033
O governo Lula acaba de elevar as apostas na indústria como um dos principais impulsionadores no desenvolvimento nacional pela próxima década.
O país lançou nesta segunda-feira (22) a nova política industrial, que norteará esforços para o desenvolvimento nacional até 2033 e contará com R$ 300 bilhões disponíveis para financiamento até 2026.
Desse total, a parcela de R$ 106 bilhões já havia sido anunciada na primeira reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) em julho do ano passado.
Agora, o governo está incorporando ao montante R$ 194 bilhões, de diferentes fontes de recursos.
A ideia da nova política industrial, chamada de "Nova Indústria Brasil”, é impulsionar o desenvolvimento nacional até 2033, de acordo com o Executivo.
"A nova política busca melhorar diretamente o cotidiano das pessoas, estimular o desenvolvimento produtivo e tecnológico, ampliar a competitividade da indústria brasileira, nortear o investimento, promover melhores empregos e impulsionar a presença qualificada do país no mercado internacional", informou o governo.
Leia Também
A política foi produzida ao longo do segundo semestre do ano passado pelos membros do CNDI, que é liderado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), e é composto por 20 ministérios, pelo BNDES e outras 21 entidades representativas da sociedade civil, do setor produtivo e dos trabalhadores.
De onde virá o investimento de Lula na indústria?
Os montantes usados para o financiamento da indústria brasileira serão disponibilizados por meio de linhas específicas, não reembolsáveis ou reembolsáveis, além de recursos por meio de mercado de capitais.
Esses recursos serão geridos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Finep e Embrapii.
O programa prevê a articulação de instrumentos como linhas de crédito especiais, ações regulatórias e de propriedade intelectual, além de uma política de obras e compras públicas, com incentivos ao conteúdo local, para estimular o setor produtivo.
A política também lança mão de novos instrumentos de captação, como a linha de crédito de desenvolvimento (LCD), e um arcabouço de novas políticas — como o mercado regulado de carbono e a taxonomia verde.
O texto definiu metas para as seis missões que norteiam os esforços até 2033. Para alcançar cada meta, existem áreas prioritárias para investimentos e um conjunto de ações propostas São elas:
- cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar, nutricional e energética;
- complexo econômico industrial da saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso à saúde;
- infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis para a integração produtiva e o bem-estar nas cidades;
- transformação digital da indústria para ampliar a produtividade;
- bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas para garantir os recursos para as gerações futuras; e
- tecnologias de interesse para a soberania e defesa nacionais.
Dentre as metas traçadas até 2033, o governo prevê alcançar 70% de mecanização dos estabelecimentos de agricultura familiar, com o suprimento de pelo menos 95% do mercado por máquinas e equipamentos de produção nacional.
Para a missão "verde", o país quer reduzir em 30% a emissão de dióxido de carbono (CO2) por valor adicionado da Indústria, e aplicar em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes.
Vale ressaltar que o financiamento para a indústria deverá estar alinhado aos objetivos e prioridades das missões para promover a neoindustrialização nacional.
- A DINHEIRISTA - Serasa foi só o começo: “estou sendo processada e meus bens foram bloqueados por dívida com a faculdade”
A resposta das entidades da indústria
O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Leonardo de Castro, afirmou que o lançamento da nova política industrial se insere em uma "janela de oportunidade histórica" nacional.
Porém, é preciso “celeridade” da gestão federal. Castro afirmou que não se pode manter uma "ilusão ideológica" que em nada ajuda o Brasil e defendeu que haja um esforço e o compromisso das lideranças e instituições para uma nova concertação pela neoindustrialização.
O representante da CNI ressaltou a recriação do Mdic e a escolha do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, para liderar o Ministério, além do fortalecimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).
Segundo ele, esses movimentos são "sinais claros" de uma mudança para a construção do Brasil. Contudo, Castro afirmou que a janela de oportunidade é curta e que o país não está avançando na velocidade necessária.
“Hoje estamos reafirmando a opção do Presidente da República de recolocar a indústria no centro da estratégia de desenvolvimento, para que possamos retomar índices de crescimento maiores e poder ofertar um caminho consistente e alinhado com o que os países desenvolvidos fazem, permitindo mais e melhores empregos”, afirmou o executivo, em seu discurso.
“Precisamos ter sinceridade e reconhecer que, nos últimos 40 anos, o Brasil foi o país que mais perdeu no concerto das nações. É preciso mudar. E vamos precisar de todos para uma nova concertação pela neoindustrialização.”
No discurso, ele ressaltou que a política nacional requer continuidade no longo prazo como uma política de Estado.
“Uma indústria forte e competitiva é a base para o desenvolvimento inclusivo e sustentável do Brasil.”
O ‘recado anti-cripto’ do governo dos EUA — e o que isso diz sobre como Kamala Harris lidaria com moeda
Às vésperas das eleições nos Estados Unidos, o mercado cada vez mais se debruça sobre os possíveis impactos de uma presidência de Kamala Harris ou Donald Trump. No mercado de criptomoedas isso não é diferente. Com o pleito se aproximando, os investidores querem saber: quem é o melhor candidato para o mundo dos criptoativos? No programa […]
Eleições municipais 2024: Bolsonarismo e centro-direita mostram força nas prefeituras e elegem sete dos dez vereadores mais votados do país
Líder na votação para vereador, Lucas Pavanato apoiou Marçal em São Paulo; Na disputa para a prefeitura, Boulos vira maior trunfo da esquerda
Eleições voltam à estaca zero, enquanto investidores aguardam números de inflação no Brasil e nos Estados Unidos
Além disso, nesta semana ainda será publicada a ata da mais recente reunião do Fomc, o Copom norte-americano, que reduziu os juros nos EUA
Eleições municipais 2024: Veja o resultado da apuração para prefeito; 15 capitais terão segundo turno
A votação de segundo turno acontece no dia 27 de outubro, das 8h às 17h
Eleições 2024: Fortaleza (CE) reedita disputa Bolsonaro vs. Lula no 2º turno com André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT)
Quarta maior cidade do Brasil, Fortaleza (CE) tem disputa acirrada entre candidatos à prefeitura; veja o resultado
Regulação das bets deve sair na semana que vem, diz Lula — enquanto mais sete casas de apostas são proibidas de atuar no Brasil
O presidente afirmou que não aceita que os recursos do Bolsa Família sejam usados para apostas e disse que, se a regulamentação não der certo, ele não terá dúvidas de “acabar definitivamente com isso”
Bolsonaro vai votar em Marçal? Ex-presidente apoia Nunes, mas declara estar com ‘qualquer um contra Boulos’ no 2º turno; Lula critica ‘candidatos que só sabem provocar’
Segundo o político, é essencial que o deputado federal perca as eleições para não dar espaço para sua “laia” no governo paulista, incluindo movimentos sociais como o MTST
Por que a eleição em São Paulo indica Marçal como ameaça a Bolsonaro e revela decepção com Lula, segundo este especialista
Enquanto o petista não funcionou como cabo eleitoral, Bolsonaro enfrenta uma clara ameaça com o fortalecimento do coach e empresário
Planejador financeiro certificado (CFP®): como o ‘personal do bolso’ pode te ajudar a organizar as finanças e investir melhor
A Dinheirista conversou com Ana Leoni, CEO da Planejar, associação responsável pela certificação de planejador financeiro no Brasil; entenda como trabalha este profissional
Dona do Ozempic vai investir mais de R$ 800 milhões no Brasil — mas não será para produção de ‘canetas do emagrecimento’
A farmacêutica dinamarquesa vai desembolsar R$ 864 milhões para a melhoria de processos na fábrica de Minas Gerais, responsável pela produção de insulina
Quem ganhou, quem perdeu e quem se destacou no último debate para prefeitura de São Paulo em meio triplo empate técnico entre candidatos
Na mais recente pesquisa do Datafolha, Boulos estava à frente com 26% das intenções de voto, seguido por Nunes e Marçal, ambos com 24% das intenções
Entre o petróleo e o payroll: Ibovespa busca recuperação com juros nos EUA e conflito no Oriente Médio como pano de fundo
Relatório mensal de emprego nos EUA deve dar o tom do dia nos negócios enquanto guerra continua pressionando o petróleo
Sob pressão: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho, mas alta do petróleo continua e pode ajudar o Ibovespa
Vitória do governo no STF em relação a resíduos tributários do Programa Reintegra também pode repercutir no Ibovespa hoje
Vitória bilionária: STF autoriza Executivo a alterar alíquota de créditos do Reintegra — e livra governo de impacto de quase R$ 50 bilhões
O resíduo tributário é formado por impostos pagos ao longo da cadeia produtiva, como matéria-prima e materiais de embalagem
Dividendos e JCP: BTG Pactual lança opção de reinvestimento automático dos proventos; saiba como funciona
Os recursos serão reinvestidos de acordo com as recomendações do banco, sem custo para os clientes que possuem carteiras automatizadas
Para 41%, economia brasileira piorou no último ano sob governo Lula, segundo pesquisa Genial/Quaest
A pesquisa foi feita em setembro de 2024 com dois mil entrevistados e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos
Em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio, Ibovespa reage à alta do petróleo e à elevação do rating do Brasil
Agência Moody’s deixou o rating soberano do Brasil a apenas um degrau do cobiçado grau de investimento — e a perspectiva é positiva
Nvidia já vale quase quatro ‘Ibovespas’ — e ainda tem investidor de olhos fechados para o exterior, diz sócio do BTG
Segundo Marcelo Flora, a expansão no exterior é “inevitável”, mas ainda há obstáculos no caminho de uma verdadeira internacionalização da carteira dos brasileiros
Renner (LREN3) vai se beneficiar com a “taxação das blusinhas”? BB Investimentos revisa preço-alvo para as ações e diz se é hora de comprar os papéis da varejista
Segundo BB-BI, os papéis LREN3 vêm apresentando performance “bastante superior” à do Ibovespa desde o início do ano, mas a varejista ainda tem desafios
Uma semana de ouro: Depois de salto das bolsas da China, investidores miram dados de emprego nos EUA em dia de agenda fraca no Brasil
Ibovespa acumulou queda de pouco mais de 3% em setembro, mas agenda fraca por aqui tende a deixar a bolsa brasileira a reboque de Wall Street