Mitre (MTRE3) desaba 10% na B3 após balanço do quarto trimestre, enquanto Tenda (TEND3) salta 7% — confira os destaques do setor
Enquanto os números da Tenda foram bem-recebidos pelos analistas e investidores, a avaliação para a Mitre foi neutra

Em um dia no qual o mercado repercute os balanços de boa parte das construtoras e incorporadoras da B3 — seis delas divulgaram os resultados na noite de ontem —, duas delas, Mitre (MTRE3) e Tenda (TEND3), são destaque da sexta-feira (15), mas por motivos bem diferentes.
Enquanto os números da Tenda foram bem-recebidos pelos analistas e investidores e as ações reagem em alta de mais de 7% por volta das 12h, MTRE3 registra uma das maiores quedas da bolsa hoje com um tombo de 10,7% no mesmo horário.
Para a Genial, o balanço demonstrou o início de processo de desalavancagem da Mitre, o que é positivo. Mas, segundo os analistas, a pressão nas margens e um ganho de caixa não-recorrente pesam para a reação do mercado.
A construtora reportou lucro líquido de R$ 13,5 milhões no quarto trimestre, alta de 41,4% ante o mesmo período de 2022. Já a margem bruta recuou 6,9 pontos percentuais na mesma base de comparação, para 19,5%.
“Sem a venda de participações, estimamos que a Mitre apresentaria uma queima de caixa de R$ 22 milhões. Além disso, sem o efeito do TRS e das vendas de participações, provavelmente teríamos visto um prejuízo no trimestre, ainda que muito pequeno”, cita a Genial. Por isso, a corretora optou por manter a recomendação neutra para os papéis a um preço-alvo de R$ 6.
- Quer receber em primeira mão as análises dos balanços do 4T23? Clique aqui para receber relatórios de investimentos gratuitos, feitos pelos profissionais da Empiricus Research.
Tenda (TEND3) supera expectativas dos analistas
Já a Tenda recebeu comentários mais positivos do BTG Pactual, que avaliou os resultados divulgados como “melhores que o esperado”.
Leia Também
Vale destacar que a companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 19,6 milhões, mas o desempenho está dentro da estimativa do banco e representa uma melhora de 87,3% ante os R$ 155,1 milhões negativos reportados no quarto trimestre.
Além disso, o consumo de caixa total de R$ 8 milhões surpreendeu positivamente os analistas, que esperavam uma queima de R$ 30 milhões.
“Acreditamos que o 4T23 deixou claro que a Tenda está no caminho certo para a recuperação da rentabilidade”, afirma o BTG, quem recomenda compra para as ações TEND3 com preço-alvo de R$ 18.
- Quer investir em imóveis? Nossa equipe foi atrás dos maiores players do setor imobiliário para saber o que esperar deste mercado em 2024. Receba o estudo completo em seu e-mail, de graça.
Outros destaques entre as construtoras e incorporadoras da B3
Vale destacar que Tenda e Mitre não são as únicas construtoras da B3 cujos balanços mexem com as ações hoje. Cyrela (CYRE3), EZTec (EZTC3), Plano & Plano (PLPL3) e Trisul (TRIS3) também repercutem os números do quarto trimestre.
A Cyrela, por exemplo, que reportou lucro de R$ 942 milhões em 2023, cifra 16% superior à registrada no ano anterior, opera em queda de 3,4%.
Apesar da alta no lucro, a dívida bruta com juros a pagar da companhia cresceu 5% em 2023 e atingiu os R$ 5,1 bilhões, contra R$ 4,9 bilhões no ano anterior.
Já a dívida corporativa encerrou o quarto trimestre em R$ 3,3 bilhões — com R$ 2 bilhões em obrigações de longo prazo e R$ 1 em um horizonte mais próximo de pagamento.
Apesar disso, as ações CYRE3 seguem operando com prêmio em relação aos pares, algo que, na visão da Genial, é justificado pelo “crescimento e consistência” da empresa.
Confira abaixo como operam as outras três companhias:
Compensação de prejuízos para todos: o que muda no mecanismo que antes valia só para ações e outros ativos de renda variável
Compensação de prejuízos pode passar a ser permitida para ativos de renda fixa e fundos não incentivados, além de criptoativos; veja as regras propostas pelo governo
Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)
Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco
Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças
Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras
Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria
Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3
Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras
O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso
Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto
Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores
Gol troca dívida por ação e muda até os tickers na B3 — entenda o plano da companhia aérea depois do Chapter 11
Mudança da companhia aérea vem na esteira da campanha de aumento de capital, aprovado no plano de saída da recuperação judicial
Petrobras (PETR4) não é a única na berlinda: BofA também corta recomendação para a bolsa brasileira — mas revela oportunidade em uma ação da B3
O BofA reduziu a recomendação para a bolsa brasileira, de “overweight” para “market weight” (neutra). E agora, o que fazer com a carteira de investimentos?
Cemig (CMIG4), Rumo (RAIL3), Allos (ALOS3) e Rede D’Or (RDOR3) pagam quase R$ 4 bilhões em dividendos e JCP; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da Cemig, cujos proventos são referentes ao exercício de 2024; confira o calendário de todos os pagamentos
Fundo Verde: Stuhlberger segue zerado em ações do Brasil e não captura ganhos com bolsa dos EUA por “subestimar governo Trump”
Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação
Santander Renda de Aluguéis (SARE11) está de saída da B3: cotistas aprovam a venda do portfólio, e cotas sobem na bolsa hoje
Os investidores aceitaram a proposta do BTG Pactual Logística (BTLG11) e, com a venda dos ativos, também aprovaram a liquidação do FII
Fundo imobiliário do segmento de shoppings vai pagar mais de R$ 23 milhões aos cotistas — e quem não tem o FII na carteira ainda tem chance de receber
A distribuição de dividendos é referente a venda de um shopping localizado no Tocantins. A operação foi feita em 2023
Meu medo de aviões: quando o problema está na bolsa, não no céu
Tenho brevê desde os 18 e já fiz pouso forçado em plena avenida — mas estou fora de investir em ações de companhias aéreas
Bank of America tem uma ação favorita no setor elétrico, com potencial de alta de 23%
A companhia elétrica ganhou um novo preço-alvo, que reflete as previsões macroeconômicas do Brasil e desempenho acima do esperado
Sem dividendos para o Banco do Brasil? Itaú BBA mantém recomendação, mas corta preço-alvo das ações BBSA3
Banco estatal tem passado por revisões de analistas depois de apresentar resultados ruins no primeiro trimestre do ano e agora paga o preço
Santander aumenta preço-alvo de ação que já subiu mais de 120% no ano, mas que ainda pode se valorizar e pagar dividendos
De acordo com analistas do banco, essa empresa do ramo da construção civil tem uma posição forte, sendo negociada com um preço barato mesmo com lucros crescendo em 24%
Dividendos e recompras: por que esta empresa do ramo dos seguros é uma potencial “vaca leiteira” atraente, na opinião do BTG
Com um fluxo de caixa forte e perspectiva de se manter assim no médio prazo, esta corretora de seguros é bem avaliada pelo BTG
“Caixa de Pandora tributária”: governo quer elevar Imposto de Renda sobre JCP para 20% e aumentar CSLL. Como isso vai pesar no bolso do investidor?
Governo propõe aumento no Imposto de Renda sobre JCP e mudanças na CSLL; saiba como essas alterações podem afetar seus investimentos
FIIs e fiagros voltam a entrar na mira do Leão: governo quer tirar a isenção de IR e tributar rendimentos em 5%; entenda
De acordo com fontes ouvidas pelo Valor Econômico, a tributação de rendimentos de FIIs e fiagros, hoje isentos, entra no pacote de medidas alternativas ao aumento do IOF
UBS BB considera que essa ação entrou nos anos dourados com tarifas de Trump como um “divisor de águas”
Importações desse segmento já estão sentindo o peso da guerra comercial — uma boa notícia para essa empresa que tem forte presença no mercado dos EUA