IRB Re (IRBR3): Por que o JP Morgan voltou a rebaixar as ações quatro meses depois de melhorar a recomendação para a resseguradora
Como resultado, os papéis IRBR3 encabeçam a ponta negativa do Ibovespa hoje, registrando uma queda de 8,47% por volta das 11h, sendo negociados a R$ 44,09

Os operadores do mercado financeiro tentam acertar em cheio a hora de entrar e sair dos negócios. Nem sempre dá certo acertar “no olho da mosca”, como dizem, mas há alguns sinais que aparecem na hora de achar o melhor momento — e os analistas do JP Morgan acreditam ter encontrado alguns deles no IRB Re (IRBR3).
Em um relatório publicado nesta quarta-feira (11), os analistas do banco norte-americano rebaixaram as ações da resseguradora de “neutro” para “underweight” (equivalente a venda).
Os analistas têm preço-alvo de R$ 44 para os papéis, o que representa um potencial de queda de 10% em relação ao fechamento de ontem.
- LEIA TAMBÉM: A melhor ação do agro para se ter na carteira nesse momento, segundo os analistas entrevistados pelo Seu Dinheiro
Como resultado, os papéis IRBR3 encabeçam a ponta negativa do Ibovespa hoje, registrando uma forte queda de 8,47% por volta das 11h, sendo negociados a R$ 44,09.
O rebaixamento ocorre apenas quatro meses depois de o JP Morgan elevar a recomendação das ações IRBR3 de “venda” para “neutro”. Na ocasião, os analistas destacaram que os impactos da tragédia que acometeu o Rio Grande do Sul (RS) não afetaria os negócios da empresa, que possui uma das maiores exposições do ramo de seguros no estado.
O que mudou de lá para cá foi a alta de cerca de 28% das ações do IRB — contra um avanço de 4% do Ibovespa no mesmo intervalo.
Leia Também
Mas o JP Morgan explica que essa valorização não veio apenas da melhora da rentabilidade da empresa. Acontece que as ações sofreram um “impacto irracional” e caíram forte após as enchentes do RS. Assim, passado o pior momento da crise, houve uma recuperação de preços.
Após a alta recente, as ações da resseguradora passaram a ser negociadas a uma relação preço/lucro de 7,7 vezes, o que é considerado caro para os padrões do setor. Como comparação, o Itaú (ITUB4) é negociado a um preço/lucro de 7,5 vezes.
Na ponta do lápis: as contas do IRB Re (IRBR3)
Apesar do corte na recomendação, o JP Morgan tem perspectivas positivas para os negócios da resseguradora. De acordo com os analistas, o IRB deve atingir um retorno sobre o patrimônio líquido tangível (RoTE, na sigla em inglês) de aproximadamente 26% até o final de 2025.
Além disso, as estimativas da Bloomberg para o lucro do IRB em 2025 já estão na casa dos R$ 520 milhões — enquanto o JP Morgan estima cerca de R$ 513 milhões.
Ainda que essas projeções estejam em linha com estimativas preliminares, há pouco espaço para maiores surpresas. E os analistas enxergam uma certa assimetria “mais para baixo do que para cima”, em um cenário sem maiores gatilhos positivos.
Isso porque, apesar do bom desempenho no segundo trimestre, o setor de seguros e resseguros não deve continuar com a rentabilidade alta.
Forte base de comparação e desaceleração à vista
No segundo trimestre, o IRB se beneficiou da reversão de provisões para sinistros IBNR maior do que em anos anteriores devido ao forte desempenho do setor rural.
Além disso, houve ganhos financeiros significativos decorrentes de posições temporárias em dólar, graças a uma desvalorização do real frente à moeda norte-americana. Ou seja, esses eventos específicos não devem se repetir nos próximos trimestres.
Do mesmo modo, a indústria de seguros deve desacelerar em um futuro próximo, puxada pelo resseguro rural.
Em números, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), os prêmios cedidos às resseguradoras pelas seguradoras primárias atingiram R$ 8,6 bilhões no segundo trimestre de 2024, o que implica um crescimento de 2% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Trata-se de uma forte desaceleração em relação ao avanço de 10% a 30% nos anos de 2021 a 2023, com a menor atividade do ramo rural.
TRXF11 abocanha galpão locado pelo Mercado Livre (MELI34) — e quem vai ver o dinheiro cair na conta são os cotistas de um outro FII
Apesar da transação, a estimativa de distribuição de dividendos do TRXF11 até o fim do ano permanece no mesmo patamar
Ação da Cosan (CSAN3) ainda não conseguiu conquistar os tubarões da Faria Lima. O que impede os gestores de apostarem na holding de Rubens Ometto?
Levantamento da Empiricus Research revela que boa parte do mercado ainda permanece cautelosa em relação ao futuro da Cosan; entenda a visão
LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)
Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país
Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa
Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista
Fundo imobiliário Iridium Recebíveis (IRIM11) reduz dividendo ao menor nível em um ano; cotas caem
A queda no pagamento de proventos vem em meio a negociações para a fusão do FII ao Iridium Fundo de Investimento Imobiliário (IRIM11)
Ibovespa sobe 0,52% após renovar máxima intradia com IPCA e PPI no radar; dólar cai a R$ 5,4069
Deflação aqui e lá fora em agosto alimentaram a expectativa de juros menores ainda neste ano; confira os dados e o que mais mexeu com a bolsa e o câmbio nesta quarta-feira (10)
Ouro supera US$ 3.700 pela primeira vez e segue como o refúgio preferido em 2025
Ataque de Israel ao Catar e revisão dos dados de emprego nos EUA aumentaram a busca por proteção e levaram o metal precioso a renovar recorde histórico
Disputa judicial entre Rede D’Or e FIIs do BTG Pactual caminha para desfecho após mais de uma década
Além da renegociação das dívidas da empresa do setor de saúde, os acordos ainda propõem renovações de contratos — mas há algumas condições
Comprado em bolsa brasileira e vendido em dólar: a estratégia do fundo Verde também tem criptomoedas e ouro
Na carta de agosto, o fundo criado por Luis Stuhlberger chama atenção para o ciclo eleitoral no Brasil e para o corte de juros nos EUA — e conta como se posicionou diante desse cenário
Commodities e chance de juro menor dão suporte, mas julgamento de Bolsonaro limita ganhos e Ibovespa cai
O principal índice da bolsa brasileira chegou a renovar máximas intradia, mas perdeu força no início da tarde; dólar à vista subiu e ouro renovou recorde na esteira do ataque de Israel ao Catar
Fundo imobiliário GARE11 anuncia compra de dois imóveis por R$ 32,3 milhões; confira os detalhes da operação
O anúncio da compra dos imóveis vem na esteira da venda de outros dez ativos, reforçando a estratégia do fundo imobiliário
FII vs. FI-Infra: qual o melhor fundo para uma estratégia de renda com dividendos e isenção de imposto?
Apesar da popularidade dos FIIs, os fundos de infraestrutura oferecem incentivos fiscais extras e prometem disputar espaço nas carteiras de quem busca renda mensal isenta de IR
Rubens Ometto e Luiza Trajano bem na fita: Ações da Cosan (CSAN3), do Magalu (MGLU3) e da Raízen (RAIZ4) lideram altas da semana no Ibovespa
Se as ações da Cosan, do Magazine Luiz e da Raizen brilharam no Ibovespa, o mesmo não se pode dizer dos papéis da Brava, da Marfrig e da Azzas 2154