É recorde: o motor que levou o S&P 500 a fechar acima de 5.600 pontos pela primeira vez na história — e não foi os juros
O índice mais amplo de Nova York também alcançou um outro marco: a sétima sessão seguida com ganhos no fechamento

A notícia de que os juros vão cair nos EUA ainda não chegou, mas ainda assim o S&P 500 bateu recorde: o índice mais amplo de Nova York terminou a sessão desta quarta-feira (10) acima dos 5.600 pontos pela primeira vez — uma alta que marcou seu sétimo avanço seguido.
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, esteve pelo segundo dia no Congresso para depoimentos semestrais e não disse o que os investidores esperam: quando a taxa de juros vai começar a ser cortada nos EUA. Sobrou para o setor corporativo a missão de fazer os índices avançarem hoje.
E o segmento de semicondutores entregou ganhos. As ações de chips estavam entre as maiores vencedoras da sessão.
- Ainda dá pra ganhar dinheiro com a bolsa este ano? Os FIIs vão superar o mal estar econômico? ETF de Ethereum vai sair? Veja o “Onde Investir” deste mês e descubra as respostas
As ações da Taiwan Semiconductor subiram mais de 3% depois que a receita entre abril e junho superou as estimativas de Wall Street.
As empresas de chips Qualcomm e Broadcom avançavam cerca de 1%, enquanto a queridinha da inteligência artificial Nvidia chegou a subir 3%.
Confira a variação e a pontuação dos principais índices de ações de Nova York no fechamento:
Leia Também
- Dow Jones: +1,09%, 39.721,10 pontos
- S&P 500: +1,02%, 5.633,87 pontos
- Nasdaq: +1,18%, 18.647,45 pontos
S&P 500 bate recorde antes da inflação
O avanço em Wall Street acontece um dia antes dos novos dados de inflação nos EUA. Na quinta-feira (11), às 9h30, o US Bureau of Labor Statistics divulga o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de junho.
Economistas consultados pela Dow Jones esperam um avanço de 0,1% na comparação anual e uma alta de 3,1% em base anual. O núcleo do CPI, que exclui os preços de energia e alimentos, aumentou 0,2% na comparação mês a mês e 3,4% ano a ano.
O CPI é uma das métricas usadas pelo Fed para a inflação, mas não é a preferida — o índice de preços para gastos pessoais (PCE, na sigla em inglês) é a medida mais observada pelo banco central norte-americano.
Ainda assim, o CPI ajuda a balizar a expectativa dos investidores com relação ao futuro dos juros na maior economia do mundo.
O QUE ESPERAR DO DÓLAR, BOLSA E RENDA FIXA ATÉ O FIM DE 2024? ONDE INVESTIR NO 2° SEMESTRE
Os juros na maior economia do mundo
Os investidores estão mais esperançosos em relação a um corte nos juros no segundo semestre do ano.
As apostas se concentram em setembro (73,3%), novembro (85,1%) e dezembro (97%), de acordo com dados compilados pelo CME Group com base na ferramenta FedWatch.
Em junho, o Fed manteve a taxa inalterada entre 5,25% e 5,50% ao ano e Powell indicou que um dado que sinalizasse o enfraquecimento inesperado do mercado de trabalho poderia ser o gatilho para o início de ciclo de afrouxamento monetário nos EUA.
- E-BOOK LIBERADO: o Seu Dinheiro consultou especialistas do mercado financeiro para descobrir onde estão as melhores oportunidades de investimento para o 2º semestre de 2024; baixe aqui
O payroll do mês passado trouxe a revisão para baixo de 111 mil vagas nos meses de abril e maio combinados, uma taxa de desemprego que ultrapassou os 4% e o ritmo mais lento do aumento dos salários desde o segundo trimestre de 2021. O Seu Dinheiro detalhou o relatório de emprego norte-americano de junho.
Falando ao Congresso ontem e hoje, o chefão do Fed reconheceu que um enfraquecimento excessivo do mercado de trabalho pode ser uma razão para iniciar o tão aguardado afrouxamento monetário nos EUA.
O presidente do BC norte-americano lembrou que uma série de leituras favoráveis de inflação e emprego foi interrompida no primeiro trimestre deste ano, frente à breve aceleração dos preços e da economia.
Citando o payroll de junho, ele afirmou que há uma "clara desaceleração significativa" do emprego, com vários subíndices de volta aos níveis de 2019, e equilíbrio entre oferta e demanda.
Compensação de prejuízos para todos: o que muda no mecanismo que antes valia só para ações e outros ativos de renda variável
Compensação de prejuízos pode passar a ser permitida para ativos de renda fixa e fundos não incentivados, além de criptoativos; veja as regras propostas pelo governo
Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)
Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco
Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças
Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras
Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria
Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3
Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras
O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso
Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto
Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores
Gol troca dívida por ação e muda até os tickers na B3 — entenda o plano da companhia aérea depois do Chapter 11
Mudança da companhia aérea vem na esteira da campanha de aumento de capital, aprovado no plano de saída da recuperação judicial
Petrobras (PETR4) não é a única na berlinda: BofA também corta recomendação para a bolsa brasileira — mas revela oportunidade em uma ação da B3
O BofA reduziu a recomendação para a bolsa brasileira, de “overweight” para “market weight” (neutra). E agora, o que fazer com a carteira de investimentos?
Cemig (CMIG4), Rumo (RAIL3), Allos (ALOS3) e Rede D’Or (RDOR3) pagam quase R$ 4 bilhões em dividendos e JCP; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da Cemig, cujos proventos são referentes ao exercício de 2024; confira o calendário de todos os pagamentos
Fundo Verde: Stuhlberger segue zerado em ações do Brasil e não captura ganhos com bolsa dos EUA por “subestimar governo Trump”
Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação
Santander Renda de Aluguéis (SARE11) está de saída da B3: cotistas aprovam a venda do portfólio, e cotas sobem na bolsa hoje
Os investidores aceitaram a proposta do BTG Pactual Logística (BTLG11) e, com a venda dos ativos, também aprovaram a liquidação do FII
Fundo imobiliário do segmento de shoppings vai pagar mais de R$ 23 milhões aos cotistas — e quem não tem o FII na carteira ainda tem chance de receber
A distribuição de dividendos é referente a venda de um shopping localizado no Tocantins. A operação foi feita em 2023
Meu medo de aviões: quando o problema está na bolsa, não no céu
Tenho brevê desde os 18 e já fiz pouso forçado em plena avenida — mas estou fora de investir em ações de companhias aéreas
Bank of America tem uma ação favorita no setor elétrico, com potencial de alta de 23%
A companhia elétrica ganhou um novo preço-alvo, que reflete as previsões macroeconômicas do Brasil e desempenho acima do esperado
Sem dividendos para o Banco do Brasil? Itaú BBA mantém recomendação, mas corta preço-alvo das ações BBSA3
Banco estatal tem passado por revisões de analistas depois de apresentar resultados ruins no primeiro trimestre do ano e agora paga o preço
Santander aumenta preço-alvo de ação que já subiu mais de 120% no ano, mas que ainda pode se valorizar e pagar dividendos
De acordo com analistas do banco, essa empresa do ramo da construção civil tem uma posição forte, sendo negociada com um preço barato mesmo com lucros crescendo em 24%
Dividendos e recompras: por que esta empresa do ramo dos seguros é uma potencial “vaca leiteira” atraente, na opinião do BTG
Com um fluxo de caixa forte e perspectiva de se manter assim no médio prazo, esta corretora de seguros é bem avaliada pelo BTG
“Caixa de Pandora tributária”: governo quer elevar Imposto de Renda sobre JCP para 20% e aumentar CSLL. Como isso vai pesar no bolso do investidor?
Governo propõe aumento no Imposto de Renda sobre JCP e mudanças na CSLL; saiba como essas alterações podem afetar seus investimentos
FIIs e fiagros voltam a entrar na mira do Leão: governo quer tirar a isenção de IR e tributar rendimentos em 5%; entenda
De acordo com fontes ouvidas pelo Valor Econômico, a tributação de rendimentos de FIIs e fiagros, hoje isentos, entra no pacote de medidas alternativas ao aumento do IOF
UBS BB considera que essa ação entrou nos anos dourados com tarifas de Trump como um “divisor de águas”
Importações desse segmento já estão sentindo o peso da guerra comercial — uma boa notícia para essa empresa que tem forte presença no mercado dos EUA