Dólar bate novo recorde pela 2ª sessão seguida após superar R$ 6,20 pela primeira vez com tensão fiscal e externa; BC tenta controlar câmbio
Banco Central injetou US$ 10,745 bilhões em novos recursos no mercado de câmbio apenas entre a última quinta-feira (12) e a manhã desta terça-feira
A escalada do dólar continua nesta terça-feira (17). Depois de renovar o recorde histórico ontem (16) e fechar a R$ 6,09, a moeda americana seguiu em em trajetória de alta durante todo o dia devido à piora na percepção de risco, com salto também na curva de juros.
Na máxima do dia, a moeda norte-americana atingiu R$ 6,2073 — a maior cotação intradia desde a criação do Real, em 1994. No encerramento das negociações, o dólar fechou em alta de 0,04%, a R$ 6,0961. Esse foi o maior nível de fechamento da história pela segunda sessão consecutiva. O recorde anterior foi atingido na véspera, quando o dólar fechou a R$ 6,0934.
Nesta manhã, o dólar superou os R$ 6,16 no mercado à vista, explicitando a falta de liquidez, que pode chamar leilão extraordinário de dólar do Banco Central.
Moeda sobe mesmo após intervenção pesada no câmbio
Em meio à escalada do dólar, o Banco Central vendeu US$ 2,015 bilhões em um novo leilão à vista realizado no início da tarde desta terça-feira, depois que a moeda ultrapassou a marca histórica de R$ 6,20.
Durante o leilão, o BC aceitou 22 propostas, com a taxa de venda fixada em R$ 6,15 por dólar, entre 12h17 e 12h22.
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Mais cedo, o Banco Central já havia vendido US$ 1,272 bilhão em outro leilão à vista, realizado pela manhã, marcando a quarta intervenção consecutiva no mercado de câmbio.
A autarquia já havia realizado outros leilões ontem, na maior intervenção desde 2020. Logo após a abertura do mercado, quando a moeda americana chegou a R$ 6,0986, a autoridade monetária anunciou um leilão de moeda à vista, no valor total de US$ 1,6 bilhão.
Mais tarde, um novo leilão foi realizado, dessa vez no valor de US$ 3 bilhões, com compromisso de recompra, o chamado leilão de linha.
Apesar da intervenção, o dólar à vista terminou o dia a R$ 6,0934, com alta de 1,03%, no maior valor nominal de fechamento da história. O recorde anterior havia sido registrado na última segunda-feira (9), quando o dólar terminou a sessão cotado a R$ 6,0829.
BC já injetou US$ 10,745 bilhões em novos recursos
O Banco Central injetou US$ 10,745 bilhões em novos recursos no mercado de câmbio apenas entre a última quinta-feira (12) e a manhã desta terça-feira.
Ao todo, foram US$ 7 bilhões em três leilões de linha, com compromisso de recompra, e US$ 3,745 bilhões por meio de três leilões à vista.
A frequência dessas intervenções é a maior desde o fim de 2021, quando o BC chegou a fazer nove leilões, entre vendas à vista e com compromisso de recompra, apenas em dezembro. Nessa época, o dólar oscilava em torno de R$ 5,70, próximo das máximas históricas para o período.
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O que está por trás da alta do dólar?
A desconfiança sobre o controle das contas públicas, o aumento de remessas de recursos ao exterior de empresas e fundos em dezembro, ecos de fala de Donald Trump sobre tarifas ao Brasil e alta dos juros dos Treasuries e de títulos europeus, como Gilts britânico e Bund alemão, são os principais catalisadores da demanda cambial defensiva.
Mudanças na regra do Benefício de Prestação Continuada (BPC) no pacote fiscal e o dólar mais forte ante outras moedas emergentes e ligadas a commodities amparam a cautela nos juros também.
O leilão do Tesouro de LTN e NTN-F (11h) não deve adicionar volatilidade uma vez que os lotes, de 50 mil, já foram divulgados na semana passada para conter a volatilidade do mercado.
A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) tem efeito limitado na precificação dos juros futuros, uma vez que veio em linha com o comunicado da semana passada, mantendo o tom mais duro.
A ata informa que a magnitude da deterioração de curto e médio prazo do cenário de inflação exigia uma postura mais tempestiva para manter o firme compromisso de convergência da inflação à meta.
Os integrantes da diretoria do Banco Central também debateram que os “vários riscos se materializaram”, tornando o cenário mais adverso, mas menos incerto, e permitindo maior visibilidade para que o Comitê oferecesse uma indicação de como antevia as próximas decisões.
O documento reforçou que a decisão da semana passada de elevar a Selic de 11,25% para 12,25% foi unânime, assim como a comunicação de que, em se confirmando o cenário esperado, antevê ajuste de mesma magnitude nas próximas duas reuniões.
*Com informações do Money Times e Estadão Conteúdo
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