Colocou o bloco na rua: os três motivos que fizeram o S&P 500 esquentar os tamborins e superar os 5 mil pontos pela primeira vez na história
O índice havia ensaiado bater o recorde no dia anterior, mas perdeu força e acabou terminando abaixo desse patamar. Nesta sexta-feira (9), no entanto, a máxima não escapou — e teve companhia

A perspectiva da manutenção dos juros nos EUA no maior patamar em 22 anos vinha castigando os ativos de risco. Mas esse enredo mudou nesta sexta-feira (9), quando o S&P 500 rompeu pela primeira vez na história os 5 mil pontos.
O índice que reúne as principais empresas listadas na bolsa de Nova York já havia dado sinais do novo recorde no dia anterior quando, durante a sessão, superou os 5 mil pontos, mas acabou perdendo um pouco de força e fechando abaixo desse nível histórico.
O S&P 500 ultrapassou pela primeira vez os 4 mil pontos em abril de 2021. Hoje, a máxima brilhou mais uma vez — e não foi sozinha. O Nasdaq entrou no ritmo de alta e voltou as 16 mil pontos durante a sessão, algo que não acontecia desde novembro de 2021.
Confira a variação e a pontuação dos principais índices de ações em Nova York no fechamento:
- S&P 500: +0,57%, 5.026,61 pontos
- Nasdaq: +1,25%, 15.990,66 pontos
- Dow Jones: -0,14%, 38.671,69 pontos
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Subiu por quê? Por que subiu?
Com a sombra dos juros altos ameaçando o carnaval do mercado de ações, foi preciso um trio elétrico de motivos para ajudar o S&P 500 a romper os 5 mil pontos no fechamento.
A primeira a colocar o bloquinho na rua foi a economia mais resiliente do que se esperava — e que vem sendo um motor dos momentos de retomada do mercado em 2024.
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Logo depois aparecem dados de inflação mais fracos do que o esperado e, brilhando com paetês e plumas, a temporada sólida de resultados trimestrais das empresas.
“O S&P 500 se estabilizou acima do nível psicologicamente importante de 5 mil pontos e tem uma boa chance de ganhar um impulso adicional de alta nesse momento”, disse o analista da FX Empire, Vladimir Zernov.
- Leia também: Corte de juros vai ficar no banco? A próxima jogada do Fed após a decisão que derrubou as bolsas lá fora
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O bloquinho do S&P 500
Uma revisão em baixa no índice de preços ao consumidor de dezembro deu o ritmo das negociações do dia.
O governo norte-americano ajustou o dado para uma alta de 0,2%, abaixo do aumento de 0,3% inicialmente relatado. Os números do núcleo da inflação, excluindo alimentos e energia, seguiram os mesmos. Os dados do IPC de janeiro serão divulgados na próxima semana.
As gigantes de tecnologia não ficaram de fora da folia. As ações de Nvidia e Alphabet avançaram mais de 1% cada. Já os papéis da Cloudflare dispararam 23% apoiadas em fortes lucros.
Um total de 332 empresas do S&P 500 reportaram resultados trimestrais até agora, com cerca de 81% delas apresentando números acima das expectativas dos analistas, de acordo com a LSEG — bem acima da média de 67% para um trimestre.
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