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Ricardo Gozzi
EM 60 MINUTOS

Dragão da inflação na coleira? O comentário de Powell que deixou os investidores com as barbas de molho hoje

Em entrevista concedida ao programa ‘60 Minutes’, Powell reiterou que o Fed segue comprometido com o combate à inflação nos EUA

Ricardo Gozzi
5 de fevereiro de 2024
11:44 - atualizado às 11:34
Dragão golpeia Jerome Powell |Inflação americana mexe com o Ibovespa
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, enfrentando o dragão da inflação - Imagem: Caverna do Dragão Oficial/ Freepick - Montagem: Brenda Silva

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, pode ser acusado de muitas coisas, menos de cometer o mesmo erro duas vezes.

No rescaldo da pandemia, quando o dragão da inflação começou a correr solto pelas economias desenvolvidas, Powell insistia que a alta dos preços seria transitória.

O dinheiro barato manteve a economia norte-americana aquecida, mas os preços acabaram saindo do controle.

O Fed começou então a subir os juros no ritmo mais acelerado em décadas. Diante da política monetária mais restritiva do Fed, o dragão da inflação começou a voltar para a coleira.

Já os temores de que a alta dos juros levaria os Estados Unidos a uma recessão econômica cada vez mais dão lugar ao entendimento de que está havendo um “pouso suave”.

Desde o segundo semestre do ano passado, os participantes do mercado financeiro vêm cantando vitória sobre a inflação pelo Fed.

Mas Powell não quer cometer o mesmo erro duas vezes. Se no passado recente ele subestimou o inimigo, agora não quer cantar vitória antes da hora.

Em entrevista concedida na noite de domingo ao programa ‘60 Minutes’, Powell reiterou que o Fed será cuidadoso quando começar a cortar os juros nos EUA.

Powell, cautela e caldo de galinha

“Com a economia forte assim, sentimos que podemos abordar cuidadosamente a questão de quando começar a reduzir as taxas de juros”, disse Powell ao tradicional programa de entrevistas da emissora norte-americana CBS.

Isso significa que o alívio monetário deve vir não apenas mais tarde, mas também em um ritmo mais lento do que o desejado pelos participantes do mercado.

“Queremos ver mais evidências de que a inflação está caindo de forma sustentável para 2%”, afirmou Powell à CBS.

“Nossa confiança está aumentando. Queremos ficar apenas um pouco mais seguros antes de darmos esse passo muito importante de começar a cortar as taxas de juros.”

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Fala de Powell deixou investidores com as barbas de molho

Embora os comentários nem sejam tão duros quanto outras declarações recentes de Powell, a reação dos investidores é negativa.

Enquanto Wall Street abriu com seus índices de ações em queda, os juros projetados dos títulos da dívida dos EUA subiam na manhã desta segunda-feira (5).

Isso porque os dados do mercado de trabalho norte-americano divulgados na última sexta-feira somam-se aos argumentos de Powell e de outros dirigentes do Fed de que a economia dos EUA ainda estaria aquecida demais para justificar uma antecipação dos cortes de juros.

Em sua última reunião de política monetária, na semana passada, Powell e os demais dirigentes do Fed ainda não sinalizaram exatamente quando o Fed pretende começar a cortar os juros.

Até recentemente, a maior parte dos investidores apostava que o ciclo de alívio monetário começaria já em março. Agora eles se dividem entre maio e junho.

O Fed e as eleições nos EUA

Na entrevista ao ‘60 Minutes', Powell também abordou as eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Powell reiterou que nem ele nem os demais diretores do Fed seriam influenciados pela pressão política inerente à disputa pela Casa Branca.

“Não levamos a política em consideração em nossas decisões. Nós nunca fazemos isso. E nunca o faremos”, disse ele.

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