Altas temperaturas pegam a Lojas Renner (LREN3) desprevenida e provocam revisão para baixo pela XP
Os analistas destacam que as ações da varejista estão descontadas em relação aos níveis históricos, mas ainda não é hora de comprar os papéis

As roupas de frio têm ficado mais tempo no guarda-roupas e nas araras das lojas, com as mudanças climáticas, o fenômeno El Niño e a proximidade do La Niña. Com espaço para mais regatas e camisetas, o clima mais quente voltou a ser o inimigo das Lojas Renner (LREN3).
As altas temperaturas fora do verão têm persistido nas principais cidades do país e, para a XP, isso é um fator negativo considerável para a varejista de moda.
De olho no futuro e nos próximos resultados, a corretora rebaixou a recomendação da ação LREN3 de compra para neutro.
Os analistas da XP destacam que as ações das Lojas Renner estão descontadas em relação aos níveis históricos, mas ainda não é hora de comprar os papéis. Quem já os têm, não é hora de vender.
O preço-alvo também foi revisado para baixo, de R$ 19 para R$ 18, o que ainda representa uma potencial valorização de 23% em relação ao fechamento da última segunda-feira (20).
Em reação, as ações da Lojas Renner (LREN3) caíram de 3,95%, a R$ 14,11 na B3 nesta terça-feira (21). Confira a cobertura de mercados.
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Lojas Renner e os seus ‘inimigos’
As temperaturas acima da média devem continuar em junho e julho, quando a coleção de inverno é o carro-chefe das companhias de varejo de moda. O que, para a XP, representa um risco para a venda do Dia dos Namorados, após um Dia das Mães mais fraco.
“Contra as nossas expectativas iniciais, as tendências meteorológicas voltaram a ganhar destaque na definição do desempenho dos retalhistas, com tendências inesperadas de temperaturas a prejudicarem recentemente a procura dos consumidores por coleções de outono/inverno”, escrevem os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer, que assinam o relatório.
O exemplo disso é o fenômeno La Niña — uma redução nas temperaturas das águas do Oceano Pacífico — que deve trazer um verão mais ameno no segundo trimestre, depois de quase um ano de efeitos do El Niño.
Por outro lado, o verão ‘mais frio’ também pode ser um risco para as coleções primavera/verão.
Mas o inimigo das Lojas Renner (LREN3) não é apenas o fator climático. Para os analistas da XP, o cenário macroeconômico forma a corrente de ventos contrários para a companhia.
Com um ciclo de cortes na taxa Selic mais lento, aumento da inflação de alimentos e um dólar mais forte pode dificultar a recuperação ‘mais robusta’ do consumo no segundo semestre deste ano.
A combinação de temperaturas elevadas e do cenário econômico impacta, negativamente, na rentabilidade — que está em risco, na visão dos analistas.
Isso porque a Lojas Renner já começou remarcar as etiquetas (SKUs) de inverno e combinar com um mix de produtos mais leves e mais baratos, o que deve limitar a expansão da margem bruta.
Além disso, um desempenho mais fraco da receita também é um desafio para a expansão da margem Ebitda, já que a diluição das despesas (SG&A) depende principalmente da alavancagem operacional.
Impacto do Rio Grande do Sul
No início de maio, a Lojas Renner foi uma das empresas que tiveram as operações impactadas pela crise climática no Rio Grande do Sul.
A companhia fechou temporariamente 4% do total de unidades, além do impacto no fornecimento de produtos de parceiros.
Ao todo, a empresa opera 72 lojas no estado (11% da presença total) em 35 cidades, das quais apenas duas cidades (Capão da Canoa e Carazinho, ambas com uma loja cada) não foram impactadas, segundo a Defesa Civil do estado.
Na avaliação da XP, os efeitos das enchentes no estado gaúcho podem representar um desafio adicional para o desempenho da companhia na segunda metade do ano. A estimativa é de que cerca de 10% das vendas brutas de 2024 estarão expostas a esse risco — que deve permanecer no restante do ano.
Vale lembrar que a Lojas Renner registrou um lucro de R$ 139,2 milhões no primeiro trimestre, quase o triplo dos R$ 46,8 milhões reportados um ano antes.
Na mesma base de comparação, as receitas subiram 5%, para R$ 2,91 bilhões.
Já o segundo trimestre tende a ser mais fraco, segundo a XP. Mas o efeito deve ser sentido no lucro líquido com maior intensidade em 2025.
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