Ação da Marfrig (MRFG3) está “no ponto” de compra, diz Goldman Sachs — e revela três motivos por trás do otimismo com a dona da BRF
A visão otimista é sustentada por uma tríade de fatores: um desempenho melhor no mercado de carne bovina nos EUA, um portfólio mais forte na América do Sul e a melhora do balanço patrimonial
A ação da Marfrig (MRFG3) finalmente encontra-se “no ponto” para quem quer se tornar sócio da dona da BRF — pelo menos, na visão do Goldman Sachs.
O banco acaba de iniciar a cobertura das ações com recomendação de compra. Os analistas fixaram um preço-alvo de R$ 18,10 para os próximos 12 meses, o que equivale a um ganho potencial de 31,8% em relação ao último fechamento.
- Veja mais: analista aponta que a bolsa está ainda mais barata e recomenda 10 ações para comprar “com desconto”
Vale destacar que as ações não são exatamente uma pechincha. Os papéis já se valorizaram 49% na bolsa brasileira desde o início do ano, com o frigorífico atualmente avaliado em pouco mais de R$ 13 bilhões.
A Marfrig opera em alta na B3 hoje. Por volta das 13h55, os papéis subiam 4,95% e lideravam a ponta positiva do Ibovespa, a R$ 14,41.
Por trás do otimismo com a Marfrig (MRFG3)
A visão otimista do Goldman é sustentada por uma tríade de fatores: um desempenho acima do esperado do mercado de carne bovina nos Estados Unidos, um portfólio mais forte na América do Sul e a melhora do balanço da empresa.
O mercado bovino nos EUA, que atualmente representa 54% do Ebitda dos últimos 12 meses (excluindo a BRF) na conta dos analistas, passa por uma desaceleração cíclica de vários anos.
Leia Também
Segundo o Goldman Sachs, há sinais de que os fazendeiros começaram a reconstruir o rebanho, indicando que o fornecimento de gado pode potencialmente se tornar positivo até meados de 2027.
“Perspectivas encorajadoras para a safra de 2024 e 2025 aliadas a melhores volumes de chuvas em regiões-chave e, mais recentemente, expectativas de novos cortes nas taxas de juros nos EUA oferecem todas as condições necessárias para os fazendeiros iniciarem um novo ciclo de reconstrução do rebanho.”
Para os analistas, a National Beef — operação norte-americana da Marfrig — deverá registrar Ebitda e fluxo de caixa livre positivos, permitindo a continuidade na distribuição de dividendos nos próximos dois anos.
Isso porque a National Beef tem se mostrado uma 'vaca leiteira' resiliente ao ciclo econômico, na visão do Goldman Sachs, entregando dividendos todos os anos desde que a Marfrig adquiriu o controle da companhia, em 2019.
O pagamento de proventos pela National Beef ainda deve ajudar a melhorar a alavancagem da Marfrig nos próximos anos. No segundo trimestre, o indicador mensurado pela dívida líquida sobre o Ebitda chegou a 3,4 vezes — acima da zona de conforto de 3 vezes em que as operadoras brasileiras de proteína historicamente operam.
Segundo os analistas, o Brasil ainda deve se beneficiar da disponibilidade de animais e do poder de precificação — especialmente depois que a otimização de portfólio aumentou a penetração de produtos de marca e de valor agregado no portfólio da Marfrig para a faixa de 40% a 50%.
A BRF (BRFS3) também deve continuar com o “bom momentum” e voltar a distribuir dividendos até o próximo ano — o que ajudaria a Marfrig, que é controladora da dona da Sadia e da Perdigão.
De olho no balanço
Segundo os analistas, a alavancagem da Marfrig já deve se normalizar nos próximos 6 meses, ajudada pela venda dos ativos para a Minerva (BEEF3) e pelos dividendos de suas subsidiárias.
“No futuro, acreditamos que uma melhor alavancagem seria o principal catalisador de curto prazo para dar suporte ao desempenho positivo dos preços”, afirmaram os analistas.
A empresa de proteínas deve publicar o balanço do terceiro trimestre em 13 de novembro, após o fechamento do mercado. Você confere aqui o calendário completo de divulgações do 3T24.
“Com dívida líquida consolidada reportada de R$ 34,8 bilhões no 2T24, equivalente a 54% do seu valor empresarial, estaremos focados na situação do balanço patrimonial dentro do nível corporativo da Marfrig”, alertaram os analistas.
Outro ponto de preocupação é a complexidade do balanço da Marfrig. No entanto, o recente desinvestimento em andamento de alguns ativos na América do Sul e a consolidação dos resultados da BRF já ajudaram a mitigar parte das incertezas.
Para o banco, uma maior visibilidade em relação aos balanços poderia se traduzir em uma potencial reclassificação da avaliação no médio prazo.
O que o mercado não viu na Marfrig (MRFG3) — e que justifica o otimismo dos analistas
Na avaliação do Goldman Sachs, as ações da Marfrig (MRFG3) hoje são negociadas com um “alto desconto implícito” de 46% em relação ao valor patrimonial líquido teórico. Neste
Além disso, segundo o banco, o desempenho dos papéis MRFG3 foi essencialmente apoiado pela BRF (BRFS3), que subiu quase 70% na B3 desde janeiro.
Considerando o forte desempenho das ações da BRF no ano, a participação da Marfrig nelas já está entregando um retorno nominal de 42% em relação ao preço de aquisição — e a expectativa é que a empresa gere fluxo de caixa livre positivo e retome sua distribuição de dividendos em 2024.
Se desconsideradas as operações da BRF, o desconto é de 16% em relação à média da empresa desde 2021, um nível menor mesmo se comparado aos pares de commodities puras, apesar de ter uma exposição de 78% a produtos de valor agregado e de marca.
“Em nossa opinião, a magnitude desse desconto não é justificada, pois penaliza excessivamente as unidades de negócios da América do Norte e da América do Sul.”
Para os analistas, o mercado hoje não está atribuindo nenhum valor patrimonial às operações contínuas da Marfrig na América do Sul, enquanto a Minerva se comprometeu a pagar R$ 7,5 bilhões por um negócio que tem uma escala semelhante, mas que opera com lucratividade estruturalmente menor.
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
