Peso argentino vai se desvalorizar até o fim do ano independentemente de quem vencer as eleições, diz Wells Fargo
Moeda do país vizinho já se desvalorizou 35% ante o dólar e 43% ante o real neste ano
O peso argentino deve continuar sofrendo forte desvalorização até o fim deste ano independentemente de quem vencer do resultado das Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (PASO) ou das eleições da Argentina em si.
Essa é a avaliação dos analistas Brendan McKenna e Anna Stein, do Wells Fargo, em relatório publicado neste domingo (13).
“O Banco Central da Argentina esgotou suas reservas cambiais e, embora existam reservas de curto prazo na forma de linhas de swap cambial, essas são apenas medidas paliativas que provavelmente não impedirão uma depreciação significativa da moeda por muito mais tempo”, avaliam os economistas.
- [Guia gratuito] Veja onde investir no 2º semestre, segundo os especialistas consultados pelo Seu Dinheiro. Baixe o material completo aqui.
Segundo eles, tanto uma vitória da coalisão Juntos pela Mudança - que defende um maior ajuste fiscal e relações mais fortes com o Fundo Monetário Internacional (FMI) - quanto da chapa encabeçada pelo atual ministro da Economia, Sergio Massa, provavelmente levarão a uma desvalorização do peso no fim de 2023 e em meados de 2024.
Já no caso de o representante da extrema direita, Javier Milei, ter um bom desempenho, a desvalorização do peso “pode ser muito mais acentuada e o risco de outro calote soberano seria elevado”.
O peso argentino vem sofrendo uma desvalorização contínua nos últimos anos. Apenas no acumulado deste ano, a moeda da Argentina já caiu 35% ante o dólar e 43% ante o real.
Leia também:
- Eleições na Argentina: De ‘Bolsonaro’ a governista, conheça os candidatos que enfrentarão a disputa mais acirrada em mais de 20 anos no país vizinho
- Crônica de um calote anunciado? Argentina firma novo plano para pagar dívida com o FMI e desafia o próprio histórico de má pagadora
- Real, dólar, peso, cripto… saiba qual a melhor forma de levar dinheiro ao viajar para a Argentina
Primárias são termômetro da eleição argentina
Segundo os analistas do Wells Fargo, o resultado da PASO pode indicar uma possível mudança radical para as perspectivas econômicas da Argentina, já que o voto nas primárias é obrigatório. Isso permite que os investidores tenham uma visão clara da direção da política antes mesmo das eleições em si.
Os argentinos foram às urnas votar nas primárias neste domingo (13), e o pleito foi marcado por longas filas e problemas nas urnas eletrônicas em Buenos Aires.
*Com Estadão Conteúdo
Presidente do Irã morre em queda de helicóptero; aiatolá já decidiu quem será o sucessor
Além de Ebrahim Raisi, seu ministro das Relações Exteriores e mais 7 pessoas morreram no incidente, ocorrido no norte do Irã
CEO do JP Morgan levou outros presidentes de bancos para pressionar Federal Reserve por normas mais frouxas
Agora, o Fed e dois outros reguladores querem um novo plano, que reduziria o aumento obrigatório de capital — de quase 20% — para os maiores bancos dos EUA
Membro do gabinete de Guerra de Israel ameaça pedir demissão caso não haja plano para conflito em Gaza
Benny Gantz reconheceu o impacto prejudicial que a guerra está tendo sobre os civis, mas insistiu que a “decisividade” é necessária
Helicóptero que levava presidente e ministros do Irã faz pouso forçado; equipes tentam acessar o local
Houve registro de chuva forte e neblina com algum vento, o que poderia ter causado uma instabilidade na aeronave
Vai fechar o banco central, Milei? A nova declaração do presidente da Argentina sobre o futuro do BC do país
O presidente argentino está na Espanha e deu diversas declarações polêmicas a um público que o aplaudiu calorosamente; veja o que mais ele disse
Xi Jinping na Rússia: o presidente da China está disposto a pagar o preço pela lealdade de Putin?
O líder chinês iniciou nesta quinta-feira (16) uma visita de Estado de dois dias à Rússia e muito mais do que uma parceria comercial está em jogo, mas o momento para Pequim é delicado
Os juros continuarão altos nos EUA? Inflação de abril traz alívio, mas Fed ainda tem que tirar as pedras do caminho
O índice de preços ao consumidor norte-americano de abril desacelerou para 3,4% em base anual assim como o seu núcleo; analistas dizem o que é preciso agora para convencer o banco central a iniciar o ciclo de afrouxamento monetário por lá
Boas notícias para Milei: Argentina tem inflação de um dígito e Banco Central promove corte de juros maior que o esperado
Os preços tiveram alta de 8,8% em abril, em linha com o esperado pelo mercado, que estimavam um avanço de preços entre 8% e 9%
A vingança da China: EUA impõem pacote multibilionário de tarifas a carros elétricos chineses e Xi Jinping quer revanche
O governo chinês disse que o país tomaria medidas resolutas para defender os seus direitos e interesses e instou a administração Biden a “corrigir os seus erros”
Vitória para Milei: FMI anuncia novo acordo para desembolsar quase US$ 1 bi em pacote de ajuda à Argentina
Segundo o fundo, a Argentina apresenta “desempenho melhor que o esperado”, com queda na inflação, reconstrução da credibilidade, programas de consolidação fiscal, entre outros
Leia Também
-
Agenda econômica: noticiário esfria após semana de dança das cadeiras na Petrobras (PETR4); encontro do CMN é destaque no Brasil
-
Vai fechar o banco central, Milei? A nova declaração do presidente da Argentina sobre o futuro do BC do país
-
Boas notícias para Milei: Argentina tem inflação de um dígito e Banco Central promove corte de juros maior que o esperado