Fim da guerra entre Rússia e Ucrânia? Putin diz o que precisa acontecer para o conflito acabar de vez
No programa linha direta, transmitido durante mais de quatro horas pela maioria dos principais canais russos, o chefe do Kremlin respondeu perguntas de jornalistas e cidadãos

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, realizou nesta quinta-feira (14) a primeira maratona de coletiva de imprensa desde que a guerra na Ucrânia começou, em fevereiro de 2022. E a pergunta do milhão feita ao chefe do Kremlin foi feita: o que é preciso para o conflito acabar?
A resposta foi dada à la Putin: “A paz com a Ucrânia só acontecerá quando atingirmos os nossos objetivos”.
O presidente russo prometeu continuar lutando na Ucrânia até que Moscou garanta a “desmilitarização”, a “desnazificação” e a neutralidade do país, a menos que Kiev aceite um acordo que atinja esses objetivos. Estes são temas que ele destacou desde o início da guerra.
"Praticamente ao longo de toda a linha de contato, as nossas forças armadas estão, digamos, melhorando modestamente a sua posição. Praticamente todas estão em uma fase ativa de ação", disse Putin.
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Na Rússia, mais de 4 horas de Putin
O programa “linha direta”, transmitido durante mais de quatro horas pela maioria dos principais canais russos, começou com Putin dizendo aos cidadãos: “A existência do nosso país sem soberania é impossível.
Ele acrescentou que a economia da Rússia estava forte para um período de guerra e insistiu que a situação estava melhorando em toda a linha de frente.
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Putin também revelou que a Rússia tem atualmente 617 mil soldados lutando na Ucrânia. Ele afirmou ainda que além das 300 mil pessoas convocadas para o serviço no ano passado, outras 486 mil se inscreveram voluntariamente como soldados contratados.
“O fluxo de nossos homens que estão prontos para defender os interesses da pátria com armas nas mãos não está diminuindo”, disse. "Ao todo, haverá pouco menos de meio milhão de homens até ao final deste ano. Por que precisamos de uma mobilização?"
Ele não deu números de perdas militares, mas revelou que filhos de pessoas dentro do seu círculo “próximo” morreram.
Um relatório confidencial da inteligência dos EUA estimou esta semana que 315 mil soldados russos foram mortos ou feridos desde o início da guerra — o que, segundo o documento, representava quase 90% do pessoal militar russo no início da invasão.
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Coletiva concorrente
Enquanto o líder da Rússia falava, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, também dava uma coletiva de imprensa na sede da aliança em Bruxelas, onde advertiu: “Se Putin vencer na Ucrânia, há um risco real de que a agressão não termine aí”.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, advertiu na cúpula da União Europeia (UE) que Putin usaria a indecisão em relação à guerra da Ucrânia contra eles.
“As pessoas na Europa não verão qualquer benefício se Moscou receber uma aprovação de Bruxelas na forma de negatividade em relação à Ucrânia. Putin certamente usará isso contra vocês pessoalmente e contra toda a Europa”, disse Zelensky.
*Com informações da BBC
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