Quem é a Arm, empresa que faz 99% dos chips usados no mundo, e vai testar o mercado de IPO nos EUA
A empresa é britânica, mas optou por fazer a abertura de capital em Nova York, desferindo um grande golpe na Bolsa de Valores de Londres; conheça essa história

Se você tem um smartphone, com certeza usa um chip projetado pela Arm. A empresa, desconhecida da maioria dos brasileiros, impulsionou as ações das big techs em Nova York nesta terça-feira (22), um dia depois de entrar com pedido de oferta pública inicial (IPO).
A empolgação dos investidores não é à toa: o IPO da companhia controlada pelo SoftBank é considerado um grande teste para a abertura de capital nos EUA.
Esse segmento andou fechado no último com o aumento da taxa de juros, que reduziu o apetite dos investidores por ativos de risco. Soma-se a isso o fato de as ações das empresas de tecnologia terem caído drasticamente desde o pico de 2021.
Mas, neste ano, os papéis de empresas de capital aberto recém-criadas, entre elas a Palantir e a UiPath, subiram para níveis sísmicos com o entusiasmo dos investidores com as perspectivas de crescimento.
E a Arm que pegar carona nesse otimismo. Projeções de analistas norte-americanos estimam que a empresa tem valor de mercado potencial entre US$ 60 bilhões e US$ 70 bilhões.
- Como construir patrimônio em dólar? Estratégia de investimento desenvolvida por físico da USP possibilita lucros na moeda americana, sem sair da Bolsa brasileira; conheça aqui
Mas quem é a Arm?
A Arm, com sede em Cambridge, na Inglaterra, é muito mais do que uma empresa de tecnologia controlada pelo SoftBank.
Leia Também
A companhia projetou a arquitetura dos chips encontrados em 99% dos smartphones — eles são encontrados em quase todos os celulares do mundo, incluindo iPhones da Apple e a maioria dos dispositivos Android.
Só que a Arm não é uma fabricante de chips em si. Ela é responsável por criar as “arquiteturas”, ou seja, projetos gerais, incluindo componentes e instruções de linguagem de programação que outras empresas usam para fabricar chips.
A empresa foi originalmente criada para projetar chips com consumo de energia extremamente baixo em comparação com os X86 comuns em computadores pessoais dos anos 90.
O modelo de negócios da companhia é licenciar a propriedade intelectual dessas “arquiteturas” para que possam construir sistemas em torno delas.
Nos últimos anos, a Arm tentou vender seus próprios designs para processadores, um negócio mais lucrativo do que apenas licenciar a tecnologia de arquitetura.
Atualmente, a Arm é considerada a joia da coroa do setor de tecnologia do Reino Unido. Mas a empresa também enfrenta ventos contrários devido a uma desaceleração na procura de produtos como smartphones, que atingiu todas as empresas de chips. As vendas líquidas da Arm caíram 4,6% em base anual no segundo trimestre.
A DINHEIRISTA — Pensão alimentícia: valor estabelecido é injusto! O que preciso para provar isso na justiça?
Um teste também para o SoftBank
A abertura de capital da Arm será um grande teste para um mercado de IPO, mas também tem grandes implicações para o SoftBank.
O banco tem tentado se recuperar de um mercado sombrio de tecnologia, controlando investimentos focados no crescimento e direcionando esforços para a inteligência artificial.
O SoftBank concordou em adquirir a Arm em 2016 por US$ 32 bilhões — na época, o negócio foi considerado a maior compra de uma empresa de tecnologia europeia.
Inicialmente, o banco tentou vender a Arm para a gigante de chips Nvidia, mas o negócio enfrentou resistência dos reguladores, que levantaram preocupações sobre a concorrência e a segurança nacional.
A Nvidia é uma gigante dos semicondutores e agora está se beneficiando fortemente do boom de aplicativos de inteligência artificial.
De olho na concorrência e sem chance de se desfazer da Arm, o SoftBank optou por abrir o capital da empresa.
Uma empresa estrategicamente importante
No Reino Unido, que buscou impulsionar sua indústria doméstica de chips por meio de investimentos de até 1 bilhão de libras (R$ 6,3 bilhões), a Arm é vista como estrategicamente importante.
Por isso, a mudança da propriedade da empresa para mãos estrangeiras é vista como um tópico espinhoso para a indústria de tecnologia doméstica, principalmente devido a preocupações de que isso prejudique a “soberania tecnológica” do Reino Unido.
Essa questão surgiu em toda a Europa à medida que as autoridades procuram reduzir a dependência da tecnologia dos EUA e outras nações.
O governo pressionou agressivamente para que a Arm abrisse capital em Londres, no entanto, a empresa optou por Nova York, desferindo um golpe na bolsa de valores britânica.
*Com informações da CNBC
Acionistas minoritários são favoráveis à fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) — mas ainda há outras etapas para oficializar o casamento
Nos votos à distância reportados pela BRF, houve 35% favoráveis à fusão, ante 16% contrários
Do canteiro de obras ao mercado financeiro: como uma incorporadora de alto padrão conseguiu captar meio bilhão com títulos verdes
Tegra estrutura política de sustentabilidade e capta R$ 587 milhões com debêntures e CRI verdes; experiência aponta caminhos possíveis para o setor
Nelson Tanure contrata Rothschild para estruturar oferta pela Braskem (BRKM5), diz jornal
O empresário pretende adquirir a participação da Novonor indiretamente, comprando as ações da holding que controla a fatia da petroquímica
Alpargatas (ALPA4) fecha acordo com Eastman Group, que será distribuidora exclusiva da Havaianas nos Estados Unidos e Canadá
O acordo de distribuição marca uma mudança importante no modelo de operação da companhia na América do Norte
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), fecha contrato bilionário para decolar com seus ‘carros voadores’ nos céus de São Paulo
Atualmente, a capital paulista possui mais de 400 helicópteros registrados e cerca de 2 mil decolagens e aterrissagens diárias
“Investir sem se preocupar com impacto é quase uma irresponsabilidade”, afirma Daniel Izzo, da Vox Capital
O sócio-fundador da primeira venture capital de impacto do país conta como o setor vem se desenvolvendo, quem investe e os principais desafios para a sua democratização
Após três anos da privatização, Eletrobras (ELET3) ainda não atingiu as expectativas do mercado; entenda o que está travando a ex-estatal
A companhia do setor elétrico avanços nesse período, contudo, o desempenho das ações ainda está aquém do esperado pelo mercado
Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional
Dia dos Namorados: por que nem a solteirice salva apps de relacionamento como Tinder e Bumble da crise de engajamento
Após a pandemia, dating apps tiveram uma queda grande no número de “pretendentes”, que voltaram antigo método de conhecer pessoas no mundo real
Bradesco (BBDC4) surpreende, mas o pior ficou para trás na Cidade de Deus? Mercado aumenta apostas nas ações e diretor revela o que esperar
Ações disparam após balanço e, dentro da recuperação “step by step”, banco mira retomar níveis de rentabilidade (ROE) acima do custo de capital