Pyrex quebrado: depois da Tupperware, outra fabricante de utensílios de cozinha pede falência nos EUA
A Instant Brands entrou com um pedido de proteção do Chapter 11 no Tribunal de Falências de Houston, acusando mais de US$ 500 milhões (R$ 2,4 bilhões) em ativos e passivos

Se a rainha dos potes de plástico Tupperware começou a trabalhar com consultores para evitar a falência, a queridinha dos utensílios de cozinha feitos de vidro não deu a mesma sorte. A Instant Brands, dona da marca Pyrex, entrou com pedido de falência na segunda-feira (12) nos EUA.
A empresa norte-americana sucumbiu aos ventos financeiros contrários agravados pela diminuição de gastos dos consumidores que tiveram de lidar com a inflação no país.
Também fabricante de eletrodomésticos, a Instant Brands entrou com um pedido de proteção do Chapter 11 no Tribunal de Falências de Houston, acusando mais de US$ 500 milhões (R$ 2,4 bilhões) em ativos e passivos.
A empresa de private equity (um tipo de investimento) Cornell Capital comprou a empresa em 2019 e a fundiu com a Corelle Brands, outra fabricante de utensílios de cozinha.
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Cadê o meu Pyrex?
As vendas da dona da marca Pyrex vêm caindo, o que mostra as dificuldades que a Instant Brands tem enfrentado para expandir seus negócios com base em um único produto de sucesso.
A empresa, que também é dona da marca Snapware, trabalha com consultores de reestruturação há meses para melhorar o balanço e as finanças, à medida que a antiga obsessão dos consumidores pelo fogão Instant Pot diminuiu nos EUA.
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As vendas líquidas da Instant Brands caíram 21,9% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2022 — o sétimo trimestre consecutivo de queda nas vendas ano a ano, de acordo com a S&P Global ao rebaixar de classificação a Instant Brands na semana passada.
A empresa encerrou março com cerca de US$ 95 milhões (R$ 463 milhões) em liquidez, e o negócio não tem gerado caixa, de acordo com o relatório de classificação.
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Pyrex quebrado
O desempenho da Instant Brands sofre com a demanda reprimida do consumidor devido à redução de gastos discricionários em produtos domésticos, de acordo com a S&P.
Além disso, a queda nos pedidos de reposição de varejistas para suas categorias e alguns varejistas migrando para atendimento doméstico de importação direta também pesaram na performance da empresa.
À medida que o crescimento das vendas desacelerou para o principal produto, os erros de gerenciamento da Instant Brands e as pressões de custo dos emaranhados da cadeia de suprimentos relacionados à pandemia colocaram a empresa em uma situação financeira difícil, informou o Wall Street Journal em março.
O pedido de falência
A Instant Brands disse ontem que o pedido de falência "fornece à empresa tempo e flexibilidade para continuar as discussões em andamento com todas as partes financeiras interessadas, em um esforço para alcançar um caminho consensual que fortaleça a posição financeira da empresa".
A Guggenheim Partners atua como consultor financeiro da Instant Brands para o processo de falência, enquanto Davis Polk & Wardwell fornece consultoria jurídica. Os credores se comprometeram a fornecer US$ 132,5 milhões (R$ 647 milhões) em financiamento para levar a empresa ao processo de falência, disse a empresa.
Ben Gadbois, presidente e CEO da Instant Brands, disse que o aperto nas condições de crédito e as taxas de juros mais altas prejudicaram seus níveis de liquidez e tornaram sua estrutura de capital insustentável.
Em março, ele disse ao Wall Street Journal acreditar que "o produto Instant Pot vai durar muito, muito, muito tempo", mas que "nenhum produto permanece em um nível fenomenal para sempre".
Gadbois pressionou a Instant Brands a criar novos utensílios de cozinha sob a marca homônima, esperando crescimento por meio da expansão internacional.
A Instant Brands foi fundada em 2009 por Robert Wang, Yi Quin e três outros sócios no Canadá antes de ser vendida para a Cornell Capital uma década depois.
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*Com informações do Estadão Conteúdo
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