Petrobras (PETR4) ou Vale (VALE3): BTG recomenda comprar apenas uma delas — descubra qual é a melhor opção
Enquanto a estatal apresenta o risco de interferência política, a mineradora sente os efeitos da economia chinesa, que ainda patina. Mesmo assim, uma delas é compra e a outra é venda, segundo o banco

Quem está acostumado a investir em ações, certamente se deparou com o dilema de ter a Petrobras (PETR4) ou a Vale (VALE3) na carteira — muitas vezes escolhendo as duas, já que estamos falando de titãs da bolsa de valores brasileira. Só que agora apenas uma delas leva a melhor nesse duelo, pelo menos para o BTG Pactual.
“Em nossas carreiras, não nos lembramos de um descolamento tão marcante entre a Vale e a Petrobras”, diz o banco em relatório. Enquanto a estatal passou por um forte rali de alta, a mineradora amarga uma queda significativa.
Existem várias razões para justificar essa diferença no desempenho das duas ações, segundo o BTG. Entre elas a redução do risco político na Petrobras, juntamente com uma história macroeconômica decepcionante na China impactando a Vale.
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Afinal, quem leva a melhor: Petrobras ou Vale?
Embora haja riscos para a opção de compra, como por exemplo a política de dividendos mais agressiva na Petrobras e uma recuperação nos preços do petróleo, o BTG acredita que as expectativas são tão baixas para a Vale que a performance das duas ações parece assimétrica.
“Ainda consideramos ambas as histórias altamente descontadas e baratas — a Petrobras ainda parece relativamente mais barata —, mas agora acreditamos que o potencial de valorização de curto prazo na Vale é mais significativo”, diz o banco em relatório.
Portanto, o BTG recomenda uma negociação tática de compra de Vale e venda de Petrobras, operação conhecida no mercado como long and short.
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Por volta de 14h, as ações VALE3 subiam 2,25%, cotadas a R$ 68,56. No mês, os papéis avançam 6,67%, mas caem 21% no ano. Já as ações PETR4 têm alta de 1,51%, cotadas a R$ 29,61. No mês, acumulam ganho de 0,27%, enquanto no ano, de 43%.
Argumentos para comprar Vale
O BTG listou alguns argumentos em favor da Vale, após o mau desempenho da mineradora. Confira abaixo:
- O posicionamento e as expectativas atingiram as mínimas: há semanas o BTG argumentou que o posicionamento vendido da Vale parecia perigoso, e qualquer mudança marginal na confiança em relação à agenda ascendente ou à China pode ter um impacto ampliado nos preços das ações. A mineradora está entre as maiores fontes de "financiamento" do Ibovespa desde o início do ano.
- Resultado deve melhorar: a tempestade perfeita dos resultados decepcionantes da Vale no primeiro trimestre deve melhorar à frente. Os embarques de minério de ferro devem crescer bem no segundo trimestre, a meta de produção deve ser alcançada e alguns custos devem cair. Também acreditamos que a venda de uma participação na unidade de metais básicos pode ser um catalisador.
- Avaliação mais favorável: embora o ângulo da avaliação seja discutível — dada uma série de despesas não recorrentes manchando o fluxo de caixa de médio prazo —, agora vemos a Vale entregando um pouco acima de 10% em retornos de caixa até 2023.
- China: embora haja muita decepção com os anúncios de estímulo, as autoridades chinesas continuam buscando fortalecer a atividade doméstica. A última rodada de estímulo é para o mercado imobiliário em dificuldades, com vencimentos de empréstimos sendo prorrogados por 1 ano, entre outros anúncios.
Por que tomar cuidado com a Petrobras?
O BTG também justificou a cautela com a Petrobras, após o rali:
- Hora de realizar lucros: a Petrobras tem tido um grande desempenho no acumulado do ano, logo após a redução de riscos materiais em relação à política de preços de combustível, revisões em seu plano de capex e política de dividendos. O banco acredita que o desempenho recente das ações agora reflete esse cenário mais benigno.
- Reavaliação do rendimento: o mercado parece já estar precificando um retorno total aos acionistas (dividendos + recompras) em 2023 de mais de 12% — equivalente a um pagamento superior a 40% dos ganhos —, o que limita o lado positivo, segundo o banco.
- Política de preços de combustíveis: a Petrobras tem sido mais agressiva em sua política de preços de combustíveis ultimamente após a sequência de cortes anunciada.
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