Justiça autoriza penhora das cotas do FII que detém 50% do Shopping Eldorado para pagamento de dívida com o falido Banco Santos
Massa falida do banco, que quebrou em 2005, cobra dívida da família Veríssimo e obteve decisão favorável à penhora das cotas do fundo imobiliário que controla metade do shopping paulistano
A massa falida do Banco Santos, que quebrou em 2005, obteve na Justiça paulista uma vitória na cobrança de uma dívida que se arrasta desde 2004.
O desembargador Heraldo de Oliveira, da 13ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) autorizou a penhora das cotas do fundo imobiliário Eldorado (ELDO11B), detentor de 50% do Shopping Eldorado, localizado na capital do estado. Ainda cabe recurso.
O FII Eldorado é negociado em bolsa, mas tem apenas 60 cotistas, de acordo com informe de dezembro de 2022. O shopping é administrado pela Aliansce Sonae + brMalls, mas a empresa não detém participação no empreendimento. Procurada pelo Seu Dinheiro, a assessoria de imprensa do Eldorado disse que o shopping não vai se posicionar a respeito.
Entenda a disputa entre a massa falida do Banco Santos e a família Veríssimo
A massa falida busca cobrar na Justiça uma dívida contraída junto ao Banco Santos em 2004 pela empresa Verpar S.A., João Alves Veríssimo Sobrinho e Adelino Alves Veríssimo, membros da família fundadora do Shopping Eldorado.
O débito tinha valor de R$ 32,45 milhões, à época, mas em valores de hoje, a dívida não paga chega a R$ 487.229.117,66, segundo o acórdão do TJ-SP.
Inicialmente, a credora tentou a penhora de uma série de bens dos devedores, como contas bancárias, seis imóveis em diferentes localidades do estado de São Paulo e no Pará, joias e até dinheiro em espécie.
Leia Também
No entanto, a medida não foi suficiente para quitar a dívida, uma vez que um dos imóveis era impenhorável, outros haviam sido vendidos ou doados (assim como as joias) e um deles teria aparecido na declaração de imposto de renda de um dos devedores "por engano".
Diante da ausência de bens passíveis de penhora, a credora suspeitou que os devedores estariam ocultando patrimônio, isto é, lançando mão de um esquema de blindagem patrimonial, com ocultação de bens em outras empresas, de modo a não vê-los executados.
Assim, a massa falida do Banco Santos apresentou o que, em juridiquês, se chama de incidente de desconsideração de personalidade jurídica, quando se solicita ao juiz desconsiderar a autonomia de uma pessoa jurídica para atribuir responsabilidade aos seus sócios, na pessoa física.
No agravo de instrumento que motivou a decisão do TJ-SP, a massa falida do Banco Santos alega que os devedores ainda tinham bens a serem penhorados, porém "escondidos" em empresas constituídas por eles justamente com essa finalidade, para "evitar o pagamento de seus credores".
E onde entra o Shopping Eldorado nessa?
A massa falida do Banco Santos alega que a Verpar é condômina de um terreno localizado no endereço do shopping e que o FII Eldorado, proprietário de 50% do Shopping Eldorado e 50% do seu Edifício Garagem, tem, entre seus cotistas, integrantes da família Veríssimo e empresas ligadas aos devedores executados, além de ter, entre seus beneficiários finais, Adelino Alves Veríssimo.
"Fica patente a confusão patrimonial entre as empresas, seus familiares e os devedores, configurando grupo econômico constituído para ocultar o patrimônio dos executados e evitar o pagamento de suas obrigações", diz o acórdão.
"No caso ficou configurada a fraude perpetrada pela Família Veríssimo e o grupo empresarial para proteger os devedores das dívidas do grupo J. Alves Veríssimo/Verpar, que também são proprietários do Shopping Center Eldorado e Edifício Garagem, pois demonstrado semelhança de atividade entre as empresas, identidade de sócios, com o mesmo administrador, caracterizado desvio de finalidade e abuso da personalidade jurídica", conclui o desembargador antes de deferir a penhora das cotas do FII Eldorado.
Americanas (AMER3) anuncia troca de diretor financeiro (CFO) quase três anos após crise e traz ex-Carrefour e Dia; veja quem assume
Sebastien Durchon, novo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, passou pelo Carrefour, onde conduziu o IPO da varejista no Brasil e liderou a integração do Grupo Big, e pelo Dia, onde realizou um plano de reestruturação
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
Embraer (EMBJ3) pede truco: brasileira diz que pode rever investimentos nos EUA se Trump não zerar tarifas
A companhia havia anunciado em outubro um investimento de R$ 376 milhões no Texas — montante que faz parte dos US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos e revelados em setembro
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
O preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 58 ao final de 2026; saiba o que o banco vê no caminho da empresa do setor de saúde
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
A reestruturação busca afastar a imagem da marca, que é considerada uma das maiores gestoras do país, das polêmicas recentes e dos holofotes do mercado
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
