Inadimplência pesa, e lucro dos bancos Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil cai 8,7% no 2º trimestre, a R$ 24,3 bilhões; saiba o que esperar daqui para frente
Lucro líquido dos bancões no semestre também caiu 7,3%, para R$ 47,709 bilhões, e não necessariamente o pior ficou para trás
Os quatro maiores bancos brasileiros de capital aberto - Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC3; BBDC4), Santander (SANB11) e Banco do Brasil (BBAS3) - tiveram lucro líquido de R$ 24,354 bilhões no segundo trimestre deste ano, de acordo com dados compilados pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
O número é 8,7% menor que o do mesmo período do ano passado, em uma variação que mostra que o endividamento das famílias continua alto. No primeiro semestre, o resultado dos quatro caiu 7,3%, para R$ 47,709 bilhões.
Inadimplência ainda pesa sobre os grandes bancos
Os primeiros seis meses do ano foram marcados pelo aumento da inadimplência, mesmo com o freio aplicado pelos bancos na concessão de crédito desde o ano passado. O alto grau de endividamento das famílias, resultado da aceleração da inflação em 2022 e da Selic em dois dígitos, fez com que os índices de inadimplência voltassem a crescer nos balanços dos quatro bancos.
Havia uma expectativa no mercado de que Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco e Santander Brasil sinalizassem claramente que o segundo trimestre foi o pior para os índices de atraso, mas este sinal não ficou claro. Enquanto o Itaú espera aumentos marginais dos índices, Bradesco e Santander sinalizaram que um ponto de inflexão está próximo, mas preferiram não cravar que o pior ficou para trás.
"Até por prudência, é difícil dizer que atingimos um pico, mas estamos bem próximos dele ou já o atingimos", disse o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, em coletiva de imprensa para comentar os resultados do banco. Entre maio e junho, os atrasos do segmento de pessoas físicas caíram, mas o índice total do banco, de 5,9%, cresceu em relação a março deste ano.
- Ganhos médios de R$ 71 em apenas 5 minutos: entre neste grupo GRATUITO de WhatsApp e aprenda como buscar esses lucros diariamente com alguns dos maiores especialistas em day trade. [CLIQUE AQUI E PARTICIPE]
O analista Matheus Amaral, do Inter, afirma que o trimestre mostrou indícios de uma inflexão, mas que a melhora efetiva da qualidade do crédito deve ficar para o segundo semestre. "Não é certo dizer que o pico já chegou no segundo trimestre, mas começamos a ver sinais mais positivos", diz.
Leia Também
A perspectiva coincide com a dos bancos, que acreditam que, com a redução dos juros e a agenda de consolidação fiscal do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o segundo semestre será de notícias positivas na economia. "A expectativa para a inadimplência nos próximos trimestres é de mais ou menos [alta ou baixa de] 0,1 ponto", afirmou o presidente do Itaú, Milton Maluhy.
VEJA TAMBÉM — Pensão alimentícia: valor estabelecido é injusto! O que preciso para provar isso na justiça? Veja em A Dinheirista
Provisões ainda altas
No primeiro semestre, porém, a conta da inadimplência seguiu alta. Em conjunto, os quatro bancos separaram R$ 64,138 bilhões para cobrir possíveis perdas de crédito, um volume 58% maior que o do mesmo intervalo do ano passado.
A maior alta foi do BB, com provisões 129% maiores, de R$ 13,031 bilhões. O maior volume veio do Bradesco, que praticamente dobrou as despesas com provisões, para R$ 19,8 bilhões.
Lazari, do Bradesco, atribuiu o aumento ao peso de empréstimos concedidos até meados do ano passado, momento em que o banco decidiu fechar a torneira diante da piora dos indicadores. "A criação de PDD [Provisões para Devedores Duvidosos] no segundo trimestre ainda reflete o efeito de safras antigas", afirmou ele.
Amaral, do Inter, estima que os números do segundo semestre não tendem a ser mais animadores nesta frente. "Podemos esperar um custo de risco nos mesmos patamares que estamos vendo agora", diz, lembrando que Itaú, BB e Bradesco fornecem ao mercado projeções sobre o comportamento das provisões para o ano todo, e que os números não sinalizam uma desaceleração nos próximos meses.
De acordo com ele, o Desenrola, programa de renegociação de dívidas criado pelo governo federal, não deve produzir efeitos consideráveis nos balanços. "Dos R$ 50 bilhões que o governo estima renegociar, 70% são em dívidas com outras contas, e apenas 30% com os bancos", afirma. "O que temos estimado são impactos positivos, mas limitados."
Os três bancos privados manifestaram visão parecida. Segundo eles, como as dívidas renegociadas são de pequena monta e em muitos casos, já haviam sido baixadas a prejuízo, o efeito do programa tende a ser indireto, por permitir que o brasileiro volte a tomar crédito. "Não acho que o efeito do Desenrola vai mexer os ponteiros do banco. Vai ter um efeito, mas eu não vejo materialidade", afirmou Maluhy, do Itaú.
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
SpaceX, de Elon Musk, pode retomar posto de startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 800 bilhões em nova rodada de investimentos, diz WSJ
A nova negociação, se concretizada, dobraria o valuation da empresa de Musk em poucos meses