Voltou atrás: mesmo desembargador que havia suspendido aumento de capital da Gafisa (GFSA3) derruba liminar; assembleia de acionistas acontece amanhã
Desde o começo de dezembro até o pregão da última sexta-feira (06), as ações GFSA3 sobem mais de 270%
Em mais um capítulo da longa disputa entre a Gafisa (GFSA3) e o fundo de investimento Esh Capital, o desembargador responsável por suspender o aumento de capital da construtora voltou atrás. Isso tudo um dia antes da assembleia dos acionistas, que acontece na próxima segunda-feira (09).
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), na figura do desembargador responsável pelo caso, Azuma Nishi, determinou que a Gafisa pode realizar o processo para aumento de capital no valor de R$ 78 milhões.
Mesmo com a disputa com a Esh, os papéis da Gafisa vivem um verdadeiro rali desde o final de 2022. Desde o começo de dezembro até o pregão da última sexta-feira (06), as ações GFSA3 sobem mais de 270%.
Não sem muitos solavancos. Os últimos dias foram de altíssima volatilidade para as ações da Gafisa, com os papéis entrando em leilão em praticamente todos os pregões. Na última sexta-feira, a queda foi de 25,08%.
Gafisa e Esh Capital: relembre o caso
Essa não é a única ação movida pela Esh Capital contra a construtora. A gestora já havia obtido um parecer favorável da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que uma assembleia de acionistas convocada para 2 de janeiro fosse realizada. Ainda assim, a Gafisa manteve a convocação para o dia 9 deste mês.
A mudança de datas seria importante justamente para colocar em pauta o aumento de capital da Gafisa. Um dos itens na pauta da AGE era discutir a decisão de aprovar a operação — que, segundo nota enviada pela Esh ao Seu Dinheiro, “se deu de forma ilegal”.
Leia Também
Além desse fato, o encontro dos acionistas deliberará sobre uma possível ação de responsabilidade contra Nelson Tanure, membros do conselho fiscal e outros administradores, bem como a destituição desses integrantes e a eleição de substitutos por quebra de deveres fiduciários.
Xadrez das partes
O aumento de capital da Gafisa poderia beneficiar o grupo de Tanure. Isso porque seria possível aumentar a participação antes do encontro — e assim chegar com mais poder de decisão na assembleia.
Vale lembrar que a gestora — por meio do fundo Esh Theta — elevou recentemente sua fatia na incorporadora para pouco mais de 15,1%.
Mas a participação deve ser diluída pois a gestora não subscreveu ações no aumento de capital. Em outras palavras, ela não se beneficiaria da mesma forma que o grupo de Tanure.
"Vamos para a assembleia e esperamos que os acionistas que têm interesse particular se declarem impedidos de votar", pede.
Gafisa, Esh Capital e uma história mais que repetida
As rusgas entre o fundo e a construtora não começaram neste caso. A Esh também questiona ainda a 17ª emissão de debêntures da companhia.
Os ativos foram alvo do primeiro embate jurídico entre gestora e construtora, que terminou com a Esh obtendo uma liminar que impediu a conversão das debêntures em ações.
A Gafisa afirma que essa liminar trará prejuízo. Isso porque a decisão limita a capacidade de prosseguir com o desenvolvimento de projetos estratégicos em imóveis adquiridos com os R$ 245,5 milhões levantados pela operação.
Em nota enviada à imprensa neste domingo (08), a Gafisa afirma que “o foco da gestão do novo CEO, Henrique Blecher, está na geração de caixa; desalavancagem da companhia”.
Confira a nota enviada à imprensa na íntegra:
Nota à imprensa
A direção da Gafisa está segura de que atua na total legalidade e em benefício da companhia e de todos seus mais de 39 mil acionistas. Por isso, comemora a decisão do desembargador Azuma Nishi, que acaba de reverter sua decisão anterior, garantindo o aumento de capital da companhia.
Em seu despacho deste domingo, o desembargador destacou "que os requisitos para a suspensão do aumento de capital não estão presentes" e que o "Conselho de Administração é o órgão competente para deliberar sobre aumento de capital".
O foco da gestão do novo CEO, Henrique Blecher, está na geração de caixa; desalavancagem da companhia, com a venda de vários ativos; aceleração das vendas de estoque de imóveis, a partir de uma política comercial mais eficiente; e foco na alta renda. E as ações já anunciadas no Balanço 3T22 começam a dar resultado.
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
SpaceX, de Elon Musk, pode retomar posto de startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 800 bilhões em nova rodada de investimentos, diz WSJ
A nova negociação, se concretizada, dobraria o valuation da empresa de Musk em poucos meses
Localiza (RENT3) propõe emitir ações preferenciais e aumento de capital
A Localiza, que tem uma frota de 600.000 carros, disse que as novas ações também seriam conversíveis em ações ordinárias
Fitch elevou rating da Equatorial Transmissão e de suas debêntures; veja o que baseou essa decisão
Sem grandes projetos à vista, a expectativa é de forte distribuição de dividendos, equivalente a 75% do lucro líquido regulatório a partir de 2026, afirma a Fitch.
Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda
A estatal negocia uma dívida de R$ 20 bilhões com bancos e irá fazer um programa de desligamento voluntário
Por que o Itaú BBA acredita que há surpresas negativas na compra da Warner pela Netflix (NTFLX34)
Aquisição bilionária amplia catálogo e fortalece marca, mas traz riscos com alavancagem, sinergias e aprovação regulatória, diz relatório
3tentos (TTEN3): veja por que Bank of America, XP e BBA compartilham otimismo com a ação, que já avança 30% em 2025
Vemos a 3tentos como uma história de crescimento sólida no setor agrícola, com um forte histórico, como demonstrado pela sua expansão no MT nos últimos 4 anos, diz Bank of America
Petrobras (PETR4) diz que é “possível” assumir operação na Braskem, prepara projeto de transição energética e retomará produção de fertilizantes
A presidente da estatal afirmou que não há nada fechado, mas que poderia “exercer mais sinergias” entre a atividade de uma petroquímica, Braskem, com a de uma petroleira, a Petrobras
ANS nega recurso da Hapvida (HAPV3), e empresa terá de reapresentar balanço à agência com ajustes de quase R$ 870 milhões
A empresa havia contabilizado o crédito fiscal relacionado ao programa, que prevê a negociação com desconto de dívidas das empresas de saúde suplementar com o Sistema Único de Saúde (SUS)
Super ricaços na mira: Lifetime acelera a disputa por clientes que têm mais de R$ 10 milhões para investir e querem tratamento especial, afirma CEO
O CEO Fernando Katsonis revelou como a gestora pretende conquistar clientes ‘ultra-high’ e o que está por trás da contratação de Christiano Ehlers para o Family Office
Game of Thrones, Friends, Harry Potter e mais: o que a Netflix vai levar em acordo bilionário com a Warner
Compra bilionária envolve HBO, DC, Cartoon Network e séries de peso; integração deve levar até 18 meses
A guerra entre Nubank e Febraban esquenta. Com juros e impostos no centro da briga, quais os argumentos de cada um?
Juros, inadimplência, tributação e independência regulatória dividem fintechs e grandes instituições financeiras. Veja o que dizem
Depois de escândalo com Banco Master, Moody’s retira ratings do BRB por risco de crédito
O rebaixamento dos ratings do BRB reflete preocupações significativas com seus processos e controles internos, atualmente sob investigação devido a operações suspeitas envolvendo a aquisição de carteiras de crédito, diz a agência
Cyrela (CYRE3) e SLC (SLCE3) pagam R$ 1,3 bilhão em dividendos; Eztec (EZTC3) aumentará capital em R$ 1,4 bilhão com bonificação em ações
A maior fatia da distribuição de proventos foi anunciada pela Cyrela, já o aumento de capital da Eztec com bonificação em ações terá custo de R$ 23,53 por papel e fará jus a dividendos
Gol (GOLL54) é notificada pelo Idec por prática de greenwashing a viajantes; indenização é de R$ 5 milhões
No programa “Meu Voo Compensa”, os próprios viajantes pagavam a taxa de compensação das emissões. Gol também dizia ter rotas neutras em carbono
Se todo mundo acha que é uma bolha, não é: veja motivos pelos quais o BTG acredita que a escalada da IA é real
Banco aponta fundamentos sólidos e ganhos de produtividade para justificar alta das empresas de tecnologia, afastando o risco de uma nova bolha
Produção de cerveja no Brasil cai, principalmente para Ambev (ABEV3) e Heineken (HEIA34); preço das bebidas subiu demais, diz BTG
A Ambev aumentou os preços de suas marcas no segundo trimestre do ano, seguida pela Heineken, em julho — justamente quando as vendas começaram a encolher
Vale (VALE3) desafia a ordem de pagar R$ 730 milhões à União; mercado gosta e ações sobem mais de 1%
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora alega que a referida decisão foi proferida em primeira instância, “portanto, seu teor será objeto de recursos cabíveis”