Como a Netshoes, uma empresa do grupo Magazine Luiza (MGLU3), quer ir além do esporte e almeja explorar até a moda casual
A empresa quer vender artigos de vestuário voltados para um estilo de vida mais despojado, que ganhou força na pandemia
Em 2019, quando foi comprada pelo Magazine Luiza (MGLU3), a Netshoes — então um comércio online de artigos esportivos — era uma startup que crescia, mas não dava lucro.
A partir de 2021, no entanto, foi para o azul. No ano passado, lucrou R$ 56,5 milhões, faturou R$ 4,2 bilhões e respondeu por 7% das vendas totais do grupo varejista. Agora, planeja um salto e ir além do esporte.
A empresa quer vender artigos de vestuário voltados para um estilo de vida mais despojado, que ganhou força na pandemia. Esse movimento foi turbinado especialmente pelas mulheres, que trocaram o salto alto pelo tênis.
Também pretende comercializar não só itens voltados para corrida e futebol — esportes que estão na sua origem —, mas também para outras modalidades, como equitação ou beach tênis.
"Vamos ter uma solução completa: desde itens para a prática de esportes até para esse conforto no dia a dia e no ambiente de trabalho", afirma Graciela Kumruian, CEO da Netshoes.
Ela diz ver um potencial de vendas "gigantesco" nesse mercado, que inclui também a moda casual. A executiva não revela as cifras que serão aplicadas. Graciela afirma ainda que o foco do investimento será em tecnologia, sobretudo no uso de inteligência artificial para recomendação de produtos.
Leia Também
VEJA TAMBÉM — Nome no Serasa: sofri um golpe e agora estou negativado! O que fazer?
Uma pista da importância do negócio é dada pelas mudanças no organograma do grupo. Antes apenas uma divisão do e-commerce, a Netshoes acaba de virar uma nova unidade de negócio do Magalu.
Desde abril no cargo, Graciela é irmã de Marcio Kumruian, que fundou a startup em 2000. No começo, era uma loja física de tênis, localizada no centro da capital paulista. Em 2007, saiu do varejo tradicional e ficou só no online.
Aos 46 anos, formada em ciências da computação, ela chega ao cargo de CEO conhecendo o negócio no detalhe. Atuou na startup entre 2008 e 2019 e era responsável por toda a operação, da venda do produto à entrega na casa do cliente e ao pós-venda.
Depois da aquisição pelo Magalu, ficou encarregada da integração da Netshoes. Após a conclusão dessa etapa, passou a fazer parte da direção do Magalu. Sua função era integrar outras empresas adquiridas, cuidar do atendimento ao cliente no pós-venda, reputação e sustentabilidade do grupo.
Como foi o retorno da executiva à Netshows
A volta para tocar a operação da Netshoes não passava pela cabeça da executiva. Mas ela pondera que o convite, do ponto de vista pessoal, é muito relevante pelo fato de o negócio ter sido criado por sua família.
Nessa nova etapa, Graciela diz que o foco será em inovação e no maior sortimento de produtos. Nesse sentido, tem ampliado o marketplace, hoje com 5 mil lojistas que respondem por 40% das vendas.
Também costura negociações para trazer, ainda neste ano, marcas estrangeiras de esporte e estilo de vida. Outro foco é ampliar parcerias exclusivas com grandes marcas para itens desenvolvidos pela equipe interna.
Corridas de rua
Além disso, quer se relacionar com os clientes por meio de geração de conteúdo sobre estilo de vida e outros esportes para reforçar a lembrança da marca, que já é forte. A Netshoes vai voltar a promover corridas de rua em vários Estados. A primeira está marcada para 27 de agosto, em São Paulo.
Pesquisa realizada pela consultoria NIQ Ebit, no segundo trimestre deste ano, mostra que a Netshoes está no topo do ranking das lojas mais lembradas quando se trata de compras online.
A enquete revela que ela está à frente não só de e-commerces especializados em esportes, mas também de sites voltados para artigos de vestuário, de sites asiáticos e até mesmo do Magazine Luiza, do próprio grupo.
Os sites asiáticos, que recentemente foram alvo de embate com o varejo nacional por conta da isenção de tributação, não são vistos como concorrentes pela execuriva. "Eles têm tíquetes (preço médio de venda) muito baixos e é uma concorrência em que eu não quero entrar", diz Graciela.
Com os especialistas avaliam a mudança de foco na Netshoes
Para o consultor de varejo e sócio da Mixxer Desenvolvimento Empresarial, Eugênio Foganholo, a decisão da empresa de ampliar o foco para estilo de vida é acertada e de baixo risco.
"Quando a companhia faz essa mudança, amplia-se tremendamente o leque de opções e a empresa se posiciona de uma forma muito mais clara para o consumidor, inclusive gerando maior recorrência nas compras", observa.
O consultor observa que, ao trazer conteúdo sobre estilo de vida, a empresa aumenta a atratividade e a vontade de entrar no site. "Num primeiro momento, o consumidor pode não estar interessado em comprar nada, mas, só com o fato de ter uma referência de estilo de vida, ele vai atrás de conteúdo e em algum momento vai começar a comprar nesse marketplace", diz.
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?
Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar
O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça
Braskem (BRKM5) com novo controlador: IG4 fecha acordo com bancos e tira Novonor do comando
Gestora fecha acordo com bancos credores, avança sobre ações da Novonor e pode assumir o controle da petroquímica
São Paulo às escuras: quando a Enel assumiu o fornecimento de energia no estado? Veja o histórico da empresa
Somente no estado, a concessionária atende 24 municípios da região metropolitana, sendo responsável por cerca de 70% da energia distribuída
Concessão da Enel em risco: MP pede suspensão da renovação, e empresa promete normalizar fornecimento até o fim do dia
O MPTCU defende a divisão da concessão da Enel em partes menores, o que também foi recomendado pelo governador de São Paulo
Cemig (CMIG4) promete investir cifra bilionária nos próximos anos, mas não anima analistas
Os analistas do Safra cortaram o preço-alvo das ações da empresa de R$ 13,20 para R$ 12,50, indicando um potencial de alta de 13% no próximo ano
Casas Bahia (BHIA3) avança em mudança de estrutura de capital e anuncia emissão de R$ 3,9 bilhões em debêntures
Segundo o documento, os recursos obtidos também serão destinados para reperfilamento do passivo de outras emissões de debêntures ou para reforço de caixa
Azul (AZUL4) avança no Chapter 11 com sinal verde da Justiça dos EUA, e CEO se pronuncia: ‘dívida está baixando 60%’
Com o plano aprovado, grande parte da dívida pré-existente será revertida em ações, permitindo que a empresa levante recursos
Bancos oferecem uma mãozinha para socorrer os Correios, mas proposta depende do sinal verde do Tesouro Nacional
As negociações ganharam fôlego após a entrada da Caixa Econômica Federal no rol de instituições dispostas a emprestar os recursos
Mais de R$ 9 bilhões em dividendos e JCP: Rede D’Or (RDOR3) e Engie (EGIE3) preparam distribuição de proventos turbinada
Os pagamentos estão programados para dezembro de 2025 e 2026, beneficiando quem tiver posição acionária até as datas de corte
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista