Após a Azul (AZUL4), Gol (GOLL4) também tem sua nota de crédito rebaixada pela Fitch – e para nível de calote
Agência de rating cortou notas da aérea em três ou quatro níveis após proposta de estruturação que se assemelha a default
Após rebaixar as notas de crédito da Azul (AZUL4), atribuindo o corte até mesmo ao caso Americanas, a Fitch também revisou, nesta sexta-feira (10), a classificação de risco da Gol (GOLL4). E foi um corte e tanto.
Todos os ratings da companhia aérea foram rebaixados para o nível C, que classifica empresas que já iniciaram um processo de calote ou similar, ou que ao menos estejam com capacidade de pagamento bastante prejudicada.
Houve corte da classificação de risco das dívidas de longo prazo, tanto em moeda local quanto estrangeira, de B- para C, com perspectiva negativa; da nota dos títulos sem garantia de B- para C; e do rating nacional de longo prazo de BB+ para C, com perspectiva negativa. Ou seja, em todos os casos, a nota de crédito foi rebaixada em três ou quatro níveis.
Segundo a Fitch, o rebaixamento da Gol se deve ao anúncio de um novo compromisso de financiamento assumido pela aérea junto à Abra Group, nova holding estabelecida para controlar as operações de Gol e Avianca.
A transação prevê um investimento da Abra na Gol de cerca de US$ 1 bilhão por meio da aquisição de títulos de dívida seniores (com prioridade de recebimento) com vencimento em 2028 e garantidos por propriedades intelectuais da Gol, como a marca do programa de fidelidade Smiles.
Em adição a isso, a holding se comprometeu a investir, de tempos em tempos, aproximadamente US$ 400 milhões na Gol. Finalmente, a transação prevê o cancelamento de pelo menos US$ 680 milhões de títulos de dívida da Gol, transformando a Abra no maior entre os credores com garantias da Gol.
Leia Também
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
- Esqueça Mega-Sena e Lotofácil: através desta estratégia de renda extra com investimentos, você pode enriquecer sem depender da sorte. Clique AQUI para conhecer mais e acessar o treinamento exclusivo e gratuito do Seu Dinheiro.
Fitch considera operação uma espécie de calote e pode rebaixar Gol para nível de default
Acontece que, segundo os critérios da Fitch, esse novo compromisso se equipara, de certa forma, a um calote, pois pressupõe que credores que aceitem descontos no principal da dívida tenham prioridade de recebimento.
A companhia aérea recomprará dívidas que vencem em 2026 a preço de mercado (com desconto em relação ao valor de face) a fim de substituí-las por dívidas mais longas, cujo principal credor será a Abra.
"A transação inclui diferentes níveis de desconto para os títulos seniores da companhia, mais em linha com as atuais tendências de preços de mercado, e está condicionada a limites mínimos de participação e consentimentos de saída para eliminar covenants", diz a Fitch. Entenda o que são covenants numa operação de financiamento.
Assim, a agência de classificação de risco diz que os ratings da Gol serão rebaixados para o nível Restricted Default (RD) - calote restrito - ou abaixo, dependendo do nível de garantia da dívida, caso a transação seja completada com sucesso.
Agência não cita Americanas, mas cenário de crédito no Brasil não é convidativo para empresas endividadas
Embora a Fitch não tenha citado a inadimplência da Americanas na revisão do rating da Gol, como fez mais cedo no caso da Azul, é preciso lembrar que a sequência de eventos que levou à recuperação judicial da varejista abalou o mercado de crédito brasileiro, o que prejudica sobretudo as empresas mais endividadas, como as aéreas.
O rombo bilionário da Americanas derrubou os valores dos títulos de dívida corporativa e deixou os grandes bancos - principais credores da companhia - mais restritivos na concessão de crédito, e isso justo num momento de Selic elevada e perspectivas de desaceleração econômica no exterior.
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
Embraer (EMBJ3) pede truco: brasileira diz que pode rever investimentos nos EUA se Trump não zerar tarifas
A companhia havia anunciado em outubro um investimento de R$ 376 milhões no Texas — montante que faz parte dos US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos e revelados em setembro
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
O preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 58 ao final de 2026; saiba o que o banco vê no caminho da empresa do setor de saúde
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
A reestruturação busca afastar a imagem da marca, que é considerada uma das maiores gestoras do país, das polêmicas recentes e dos holofotes do mercado
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
Oncoclínicas (ONCO3): grupo de acionistas quer destituir conselho; entenda
O pedido foi apresentado por três fundos geridos pela Latache — Latache IV, Nova Almeida e Latache MHF I — que, juntos, representam cerca de 14,6% do capital social da companhia
