Padilha afaga relação de Lula e RCN, Itaú (ITUB4) embolsa o mercado e a primeira semana do Tesouro Renda+; confira os destaques do dia

Mudam-se os governos, mas o roteiro das gestões de crise segue o mesmo — depois de um incêndio, é quase certeza que um bombeiro será escolhido dentro do panteão de ministros do primeiro escalão para tentar aplacar os ânimos.
Depois de dias de críticas pesadas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à forma como Roberto Campos Neto e sua equipe de diretores está conduzindo a política monetária do país, o ministro Alexandre Padilha entrou em campo com a missão de acalmar o mercado e trazer alguma normalidade às negociações na B3.
O chefe da pasta de Relações Institucionais tentou afastar da cabeça dos investidoresas principais preocupações do momento — disse que não há propostas para rever a autonomia do BC ou para pressionar os mandatos de RCN ou outros diretores, ainda que tenha defendido que a sociedade cobre a boa atuação do banco central.
Padilha ainda fez questão de destacar que “não tem aquecimento nenhum, fervura nenhuma, fritura nenhuma" com relação à autarquia.
Por ora, os panos quentes parecem ter surtido efeito. O principal índice da bolsa reagiu ao noticiário renovando máximas, enquanto a curva de juros e o dólar renovaram mínimas.
Mas vale dizer que Padilha não agiu sozinho para apaziguar os ânimos na B3. Os investidores locais ficaram empolgados com o bom resultado apresentado pelo Itaú (ITUB4), o que levou o setor financeiro a puxar o índice em bloco na direção contrária de Wall Street.
O Ibovespa encerrou a sessão em alta de 1,95%, aos 109.951 pontos, enquanto o dólar à vista teve leve queda de 0,06%, a R$ 5,1965, reagindo de forma mais moderada ao noticiário político.
Veja tudo o que movimentou os mercados quarta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
Confira outras notícias que mexem com o seu dinheiro
VESPEIRO POLÍTICO
CEO do Itaú (ITUB4) fala sobre disputa entre Lula e presidente do BC: “é do jogo”. Milton Maluhy vê a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “na direção correta”, mas defende a definição rápida da meta de inflação.
TEMPOS DIFÍCEIS
Entenda o que está acontecendo com a Marisa (AMAR3) após a renúncia do presidente e alerta financeiro — ações caem mais de 6% na B3. A empresa não detalhou quais dificuldades demandam melhorias na estrutura de capital.
CORRIDA PLATINUM
Uber supera expectativas no 4º trimestre e encerra 2022 com balanço 5 estrelas; ações disparam nas bolsas. A empresa fechou os últimos três meses do ano passado com um lucro líquido de US$ 595 milhões, contrariando as expectativas de prejuízo dos analistas.
NOVIDADE BEM RECEBIDA
Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra movimenta mais de R$ 60 milhões na primeira semana de negociação. O título mais negociado foi o Tesouro Renda+ Aposentadoria Extra 2030, representando 40,12% do total (R$ 24 milhões).
BITCOIN A US$ 80 MIL?
Um dos maiores analistas de criptomoedas do Brasil abriu o jogo em entrevista exclusiva para o Seu Dinheiro: a disparada do BTC até agora pode ser ‘brincadeira de criança’ perto do que deve estar por vir. Ele ainda revelou quais são as outras 3 criptomoedas fora do radar que podem se dar bem ainda em 2023. Clique aqui e veja a conversa na íntegra.
Leia Também
Expectativa e realidade na bolsa: Ibovespa fica a reboque de Wall Street às vésperas da Super Quarta
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump
Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair