Os cinco erros mais comuns no currículo e que podem fazer você perder uma vaga de emprego
O currículo é um ‘cartão de visitas’ para quem deseja uma (re)colocação no mercado de trabalho; conheça os erros mais comuns dos candidatos a uma vaga de emprego

“A primeira impressão é a que fica”. Essa frase, comum no cotidiano, pode acontecer nos mais diferentes momentos: ao conhecer uma pessoa, ao bater o olho na capa de um livro, ao ver o trailer de uma série — ou, até mesmo, na hora de se candidatar a uma vaga de emprego.
O currículo é um ‘cartão de visitas' para quem deseja uma (re)colocação no mercado de trabalho. Embora o documento com informações gerais sobre qualificações técnicas não seja mais entregue, na maioria dos casos, na recepção ou no setor de recursos humanos de uma empresa, ele ainda é um dos primeiros — e mais importantes — passos na trajetória profissional.
E, mesmo com o avanço da tecnologia, que permitiu que a divulgação das vagas de emprego e os processos seletivos fossem feitos no ambiente virtual, algumas dúvidas permanecem na hora de candidatar-se a uma vaga: “quais informações devo escrever e como preencher corretamente os dados em uma plataforma?”
- Você já ouviu falar das vagas secretas do LinkedIn? Muitos profissionais não sabem, mas a maioria das vagas hoje são preenchidas de forma oculta no LinkedIn. Confira esses 3 passos simples para tornar seu currículo acessível a essas oportunidades.
Confira a seguir os cinco erros que os candidatos devem ‘fugir’ na hora de se candidatar a uma oportunidade de emprego:
1. Não preencher todos os campos
Em geral, as plataformas de divulgação de vagas de emprego, como a Gupy, InfoJobs e Vagas.com, além de receberem o currículo de forma virtual, exigem o preenchimento de alguns campos — que podem ser obrigatórios ou não.
E, nos processos seletivos mais concorridos e com número de candidaturas elevado, esses “campos” aparecem na triagem dos perfis profissionais, por meio de filtros disponíveis nas plataformas. Ou seja, essas lacunas podem ser até mais importantes do que o próprio currículo em si.
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“Em um processo seletivo, a empresa não olha todos os currículos. Na verdade, existe uma seleção de acordo com o preenchimento de alguns campos para saber se o perfil é aderente [à vaga]”, afirma Ana Paula Prado, CEO da Infojobs.
Em geral, as lacunas abordam sobre experiências profissionais, conhecimentos de idiomas e formação acadêmica. Nome da vaga, palavras similares e/ou mais abrangentes — como a área de atuação —, além do nível de senioridade, também são alguns filtros utilizados pelas empresas nas plataformas de recrutamento e seleção.
Então, como preencher?
O preenchimento das lacunas também requer atenção e tempo. Segundo os especialistas ouvidos pelo Seu Dinheiro, nem sempre inserir “palavras-chave” é suficiente. Isso, por exemplo, se aplica aos campos de competências técnicas ou experiências anteriores.
“Muitos candidatos acham que só porque colocaram o cargo anterior ali [no campo de inscrição à vaga] já é suficiente”, disse Guilherme Dias, gerente de marketing (CMO) e cofundador da Gupy.
“O conteúdo, ou seja, a descrição da atividade desempenhada pelo profissional sempre é o mais importante. As pessoas não escrevem de uma forma descritiva, e isso é um problema. Por isso, nesses casos, é melhor pecar pelo excesso do que pela falta [de informações].”
Além disso, outra dica é preencher com palavras utilizadas na descrição da vaga. Se, por exemplo, a empresa exige formação em determinado curso, o candidato deve escrever o curso no campo requisitado.
E, por fim, “palavras proibidas não existem”, afirma Luciana Calegari, especialista em recrutamento e seleção na Vagas.com.
2. Qualquer vaga de emprego vale
Atentar-se à descrição da vaga é um dos fatores mais importantes na busca por um emprego e a escolha deve ser feita com base nas experiências prévias ou, em caso de transição de carreira, em formação e preparo acadêmico.
“A pessoa tem como objetivo, expresso no currículo, ‘ser professora’, mas está se candidatando a uma vaga de recrutamento e seleção, ela não será uma das selecionadas para a próxima fase do processo seletivo”, afirma Calegari, da Vagas.com.
O candidato, por sua vez, antes de se aplicar a qualquer cargo, deve analisar a posição pleiteada com perguntas como:
- Qual foi a minha última experiência?
- Qual é a minha formação?
- Qual é o objetivo profissional?
- Quais foram as atividades que foram desenvolvidas no meu último emprego?
E, a partir delas, a pessoa vai conseguir entregar o que o recrutador precisa para a análise do perfil, explica Ana Paula Prado, do Infojobs.
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3. “Inventar” informações
Em outras palavras, “aumentar” qualificações e descrever experiências não vivenciadas no ambiente de trabalho pode prejudicar o candidato no processo seletivo.
Ainda que as plataformas não tenham “detector de mentiras”, as informações no currículo e na candidatura da vaga virão à tona nas entrevistas com o recrutador e gestor do cargo de interesse.
“Não se deve mentir incluindo uma palavra, competência ou experiência só pode ser uma exigência para a candidatura. A gente tem que colocar o que é, de fato, pensando sempre a partir da própria experiência e objetivo profissional”, afirma Ana Paula Prado, do Infojobs.
4. Focar em experiências não profissionais
Ao completar a inscrição na plataforma de emprego, campo a campo, o candidato deve se ater a informações ‘estritamente’ profissionais.
Ou seja, experiências como cursos livres que não estejam relacionados a habilidades ou competências exigidas não precisam aparecer, em um primeiro momento.
“Se a pessoa fez um curso de ballet, por exemplo, e está se candidatando a uma vaga de vendas, não tem porquê escrever isso no ato da inscrição, já que não é uma experiência conectada diretamente ao mundo corporativo. Se for por uma habilidade desenvolvida, em específico, é mais interessante citar durante uma entrevista”, explica Luciana Calegari, do Vagas.com.
A especialista, porém, afirma que no caso de experiências em empresas júnior, no período da graduação, e trabalhos voluntários podem ser citados no currículo e nas candidaturas on-line — desde que tenham alguma afinidade com os requisitos exigidos ao cargo de interesse do candidato.
5. Inserir dados desnecessários
Alguns dados, como endereço detalhado, estado civil e fotos de perfil podem até entrar em plataformas de vagas de emprego, mas não é uma obrigatoriedade — principalmente, em currículos anexados em formato PDF.
Isso porque as informações pessoais não devem “circular de mão em mão”, por serem dados que podem causar algum dano material aos candidatos, disse Luciana Calegari, da Vagas.com.
De acordo com a especialista, no caso das plataformas de recrutamento, existe a obrigatoriedade de sigilo, com compartilhamento de informações apenas com a empresa em que o candidato se aplicou.
Contudo, há duas exceções: a pretensão salarial e a localidade da residência.
Ainda que a apresentação do valor de remuneração não seja obrigatório em lei, a empresa pode adotar a medida como um filtro de busca. “A pretensão salarial, em linhas gerais, é bom citar na candidatura ou no currículo, desde que a empresa indique isso”, diz Calegari.
Como o valor da remuneração é, geralmente, citado durante a entrevista de emprego, o candidato também deve estar aberto à negociação, segundo a especialista.
Já no caso da localidade da residência, a informação é interessante para oportunidades com atuação presencial ou híbrida — e apenas com a indicação da cidade; nome da rua e CEP são dispensáveis.
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Inteligência artificial: vilã ou aliada na busca por emprego?
Motivo de muitas reclamações, a inteligência artificial tem sido a ‘grande vilã’ das plataformas de recrutamento online, na opinião de muitos dos profissionais expostas em redes sociais e de networking, como o LinkedIn.
Contudo, segundo as empresas de recrutamento, a IA, na verdade, é uma aliada. "Existem muitas vagas com mais de 500 pessoas candidatas, ou um número maior como 5 ou 10 mil profissionais interessados”, afirma Guilherme, da Gupy.
Isso porque, além de facilitar o processo de seleção de currículos, a tecnologia permite uma análise dos perfis sem alguns vieses que eram comuns na área de recrutamento e seleção.
“Antes, na época do currículo físico, um monte de papel se perdia e a escolha era pautada em documentos mais recentes ou por faculdade e até mesmo por gênero, que era ainda pior”, disse o especialista.
A tecnologia da plataforma Gupy, por exemplo, analisa e compreende todo o conteúdo do currículo, a partir da semântica das palavras, e faz uma ordenação de perfis segundo a afinidade com a vaga. “A inteligência artificial só ordena. Ela nunca aprova ou reprova ninguém.”
Por fim, a utilização da inteligência artificial, de forma unânime, é um avanço na área de recrutamento e seleção, de acordo com os especialistas consultados pelo Seu Dinheiro.
Outras dicas para não errar no currículo na hora de buscar emprego
Com as plataformas digitais de recrutamento e seleção, os candidatos têm acesso a uma infinidade de vagas e informações e podem se aplicar a vários processos seletivos ao mesmo tempo.
Mas, além dos erros citados acima, os profissionais que estão em busca de uma vaga de emprego precisam seguir algumas dicas:
- Separar tempo para buscar oportunidades e fazer as inscrições;
- Ter uma rede de contatos, seja na empresa desejada ou familiares e amigos;
- Estar presente em redes sociais e ferramentas de networking como o LinkedIn;
- Saber quais são os valores indispensáveis dentro da empresa;
- Pesquisar informações sobre a empresa, como a cultura organizacional;
- Procurar vagas na área de atuação/experiência;
- Revisar e atualizar sempre o currículo nas plataformas;
- Acompanhar o processo seletivo, com atenção às datas e realização de testes online.
Caso a empresa deseja não esteja contratando, o candidato também pode optar por disponibilizar o currículo em bancos de talentos.
*A reportagem tem a contribuição de Guilherme Dias, gerente de marketing (CMO) e cofundador da Gupy, Ana Paula Prado, CEO da Infojobs; Luciana Calegari, especialista em R&S na Vagas.com; e Thatiane Santos, Líder de Projetos na Eureca
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