Um ‘bancão’ , uma petroleira e uma administradora de shoppings são as ações mais recomendadas para maio; confira os papéis favoritos de 13 corretoras
Os analistas escolheram ações de setores defensivos para ocupar o posto de favoritas do mês, mas não deixaram de adicionar um ‘pimentinha’ entre as indicações

Com a tramitação do novo arcabouço fiscal disputando espaço com a instalação de CPIs no Congresso, as decisões de política monetária aqui e nos Estados Unidos e os agitos da temporada de balanços corporativos, maio prepara grandes emoções para o mercado de ações brasileiro.
Um calendário tão caótico não costuma ser benéfico para boa parte dos ativos de risco. Neste caso, os investidores tendem a voltar-se para segmentos mais sólidos, capazes de garantir a proteção da carteira.
De olho nesse cenário, os analistas das corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro escolheram ações de setores defensivos para ocupar o posto de favoritas do mês. Com três recomendações cada, Banco do Brasil (BBAS3) e PetroRio (PRIO3) são dois dos papéis mais recomendados para maio.
As ações BBAS3 pertencem a um ‘bancão’ público que é considerado um dos mais baratos da bolsa. Parte do desconto deve-se ao temor de que, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida ao Planalto, o BB abandone o lucro para focar na função social.
A instituição ainda segue carregando o risco da interferência política quatro meses após a posse de Lula, mas o discurso da nova gestão — que prometeu manter o caráter social do banco sem sacrificar a rentabilidade — acalmou a ansiedade do mercado.
Já a segunda favorita do mês é uma boa pedida para quem quer expor o portfólio ao petróleo sem se preocupar com os riscos políticos que rondam a Petrobras. A PetroRio já é a maior companhia privada do setor de óleo e gás do país e cresce explorando um nicho ignorado pela gigante estatal e outras concorrentes.
Leia Também
Para completar o pódio, os especialistas não deixaram de adicionar um ‘pimentinha’ entre as indicações com um papel de um setor mais volátil, o de shoppings, mas de uma empresa sólida: a Multiplan (MULT3).
Confira aqui todos os papéis apontados pelas 13 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro:

Por que comprar as ações do Banco do Brasil (BBAS3)?
Maior banco brasileiro em termos de ativos, o Banco do Brasil (BBAS3) costuma ser preterido por outros pares no mercado acionário por um motivo: é uma sociedade de economia mista — ou seja, pública e privada —, com 50% das ações pertencentes à União.
Portanto, o governo é quem tem maior poder na tomada de decisões sobre os rumos da instituição financeira. Por isso, os ‘bancões’ privados costumam levar vantagem na análise.
Para o Santander, porém, o risco de interferência política no BB é menor do que o mercado considera, “dada a melhoria dos padrões de governança corporativa”. Os analistas reconhecem que ele ainda está lá, mas esclarecem que qualquer impacto negativo da União na lucratividade do banco só seria visto em 2024.
Por falar na rentabilidade, o Banco do Brasil foi um dos menos afetados pelo ‘caso Americanas’ e — mesmo com provisões adicionais para a exposição à varejista — apresentou um crescimento de 52,4% no lucro líquido do último trimestre do ano passado, que superou os R$ 9 bilhões.
Os analistas da Guide destacam ainda a forte presença do BB no agronegócio, um dos pilares do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O banco possui uma carteira de R$ 225 bilhões e um market share de 53,7% no setor.
ASSISTA TAMBÉM: Banco Central entre a cruz e a espada. O que vai acontecer com a Selic e onde investir?
Multiplan (MULT3) — uma joia à venda no setor de shoppings
Apesar de atuar em um segmento que ainda se recupera dos efeitos da pandemia de covid-19 e sofrer com o cenário de inflação e juros altos, a Multiplan (MULT3) é uma das ações preferidas para maio.
A administradora agrada os analistas com resultados sólidos e um portfólio resiliente: 20 shopping centers e Área Bruta Locável (ABL) total de 875,8 mil metros quadrados
Outro ponto que chama a atenção dos especialistas é a gestão de qualidade. A companhia passou recentemente pela primeira troca de CEO em meio século de história, e, no primeiro balanço sob nova direção, mostrou que segue bem encaminhada.
O lucro líquido foi de R$ 207,2 milhões no primeiro trimestre, alta de 20,8% ante o mesmo período do ano anterior. O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também avançou 21,1% na mesma base de comparação, para R$ 21,1%.
Já as vendas dos lojistas totalizaram R$ 4,6 bilhões no período, o maior valor já registrado em um primeiro trimestre e 16% superior ao do 1T22.
Para a EQI Research, a chave para o resultado positivo está na construção de uma carteira de ativos eficiente. “Os shopping centers de MULT estão localizados em regiões nobres com alto fluxo de consumidores, e, consequentemente, apresentam alto potencial de vendas, atraindo forte interesse dos lojistas”, citam os analistas.
Além disso, a EQI destaca que a companhia consegue driblar parte das dificuldades impostas pelo cenário macroeconômico ao direcionar os empreendimentos para um público-alvo de alto padrão, tradicionalmente menos afetado pela fraca atividade econômica e alta inflação.
Ações da PetroRio (PRIO3) permitem exposição ao petróleo sem o risco político
O petróleo é uma das commodities mais comercializadas e consumidas no mundo. Portanto, estar exposto a ele pode fazer a diferença para a resiliência e lucratividade de uma carteira de investimentos.
Nesse sentido, a PetroRio (PRIO3) desponta como a favorita das corretoras no setor, pois, apesar de atuar em escala muito menor que a da Petrobras — a referência brasileira —, sua presença num portfólio também serve para diminuir os riscos de uma carteira de investimentos.
“Ressalte-se a gradativa expansão de produção, histórico bem-sucedido de aquisições, melhora de eficiência operacional e redução do custo de produção”, cita a Planner, uma das casas a recomendar as ações PRIO3 em maio.
Vale destacar que a demanda por petróleo deve cair com o desaquecimento econômico nos Estados Unidos e na Europa, mas, segundo o Pagbank, investidores da PetroRio não devem temer tanto o mau momento: “a companhia tem baixo custo de extração, o que a auxilia a passar por momentos de grande volatilidade no preço do barril do petróleo.”
Os analistas também argumentam que as sinergias geradas pela interligação de campos — incluindo Albacora Leste, adquirido da Petrobras no ano passado — ainda não foram completamente capturadas e seguirão contribuindo no crescimento dos seus resultados.
Renda passiva com mais dividendos: PagBank (PAGS34) entra no radar de bancão americano e dos investidores
A instituição financeira brasileira foi além: prometeu mais três pagamentos de proventos, o que animou o mercado
Embraer (EMBR3): dois gatilhos estão por trás do salto de 6% das ações nesta segunda-feira (16)
Os papéis atingiram a máxima de R$ 71,47 hoje, mas acabaram fechando o dia um pouco abaixo desse valor, cotados a R$ 69,99
LWSA (LWSA3) cai no radar do Itaú BBA e pode subir até dois dígitos em 2025 — mas você não deveria comprar as ações agora
O banco iniciou a cobertura das ações da empresa com recomendação market perform, equivalente a neutro. Entenda o que está por trás da tese mais conservadora
Cessar-fogo no radar dos investidores: Ibovespa se aproxima dos 140 mil pontos, enquanto dólar e petróleo perdem fôlego
O Irã sinaliza que busca um fim para as hostilidades e a retomada das negociações sobre seu programa nuclear
17 OPA X 0 IPO: Em meio à seca de estreias na bolsa, vimos uma enxurrada de OPAs — e novas regras podem aumentar ainda mais essa tendência
Mudança nas regras para Ofertas Públicas de Aquisição (OPA) que entram em vigor em 1º de julho devem tornar mais simples, ágil e barato o processo de aquisição de controle e cancelamento de registro das companhias listadas
Dividendos bilionários: JBS (JBSS32) anuncia data de pagamento de R$ 2,2 bilhões em proventos; veja quem tem direito a receber
Após o pagamento dos dividendos, há ainda uma previsão de leilão das frações de ações do frigorífico
Quatro fundos imobiliários estão em vias de dizer adeus à B3, mas envolvem emissões bilionárias de outros FIIs; entenda o imbróglio
A votação para dar fim aos fundos imobiliários faz parte de fusões entre FIIs do Patria Investimentos e da Genial Investimentos
É hora de comprar Suzano? Bancão eleva recomendação para ações e revela se vale a pena colocar SUZB3 na carteira agora
O Goldman Sachs aponta quatro razões principais para apostar nas ações da Suzano neste momento; veja os pilares da tese otimista
Méliuz (CASH3) levanta R$ 180,1 milhões com oferta de ações; confira o valor do papel e entenda o que acontece agora
O anúncio de nova oferta de ações não foi uma surpresa, já que a plataforma de cashback analisava formas de levantar capital para adquirir mais bitcoin
Compensação de prejuízos para todos: o que muda no mecanismo que antes valia só para ações e outros ativos de renda variável
Compensação de prejuízos pode passar a ser permitida para ativos de renda fixa e fundos não incentivados, além de criptoativos; veja as regras propostas pelo governo
Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)
Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco
Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças
Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras
Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria
Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3
Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras
O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso
Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto
Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores
Gol troca dívida por ação e muda até os tickers na B3 — entenda o plano da companhia aérea depois do Chapter 11
Mudança da companhia aérea vem na esteira da campanha de aumento de capital, aprovado no plano de saída da recuperação judicial
Petrobras (PETR4) não é a única na berlinda: BofA também corta recomendação para a bolsa brasileira — mas revela oportunidade em uma ação da B3
O BofA reduziu a recomendação para a bolsa brasileira, de “overweight” para “market weight” (neutra). E agora, o que fazer com a carteira de investimentos?
Cemig (CMIG4), Rumo (RAIL3), Allos (ALOS3) e Rede D’Or (RDOR3) pagam quase R$ 4 bilhões em dividendos e JCP; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da Cemig, cujos proventos são referentes ao exercício de 2024; confira o calendário de todos os pagamentos
Fundo Verde: Stuhlberger segue zerado em ações do Brasil e não captura ganhos com bolsa dos EUA por “subestimar governo Trump”
Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação
Santander Renda de Aluguéis (SARE11) está de saída da B3: cotistas aprovam a venda do portfólio, e cotas sobem na bolsa hoje
Os investidores aceitaram a proposta do BTG Pactual Logística (BTLG11) e, com a venda dos ativos, também aprovaram a liquidação do FII