Selic em 13,25% e Ibovespa nos 135 mil pontos: JP Morgan diz o que vai acontecer com a bolsa brasileira a partir da decisão do Copom sobre os juros
O banco central anuncia nesta quarta-feira (2) a nova taxa de juros e o banco norte-americano fez os cálculos do potencial de alta do Ibovespa até o final do ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia nesta quarta-feira (2) a nova taxa de juros e o que todo investidor quer saber é se a Selic vai cair 0,25 ponto percentual (pp) ou 0,50 pp. Só que tão importante quanto saber o tamanho do corte é entender o que pode acontecer depois dele — e o JP Morgan traçou os possíveis cenários.
Os economistas do banco norte-americano acreditam que o banco central entregará hoje uma redução mais conservadora dos juros, de 0,25 pp, embora acreditem que seja um afrouxamento muito modesto para o cenário brasileiro atual. Com isso, a Selic iria para 13,50% ao ano.
“Achamos que 0,50 pp poderia dar um impulso aos mercados e que, se 0,25 pp levar a uma queda [da bolsa], é uma oportunidade de compra. Nos próximos meses, o ritmo da flexibilização, juntamente com a magnitude total do ciclo, continuará a guiar os movimentos do mercado, desde que haja uma sensação de que há uma oportunidade de reavaliação à frente”, diz o banco em relatório.
O JP Morgan projeta o Ibovespa em 135 mil pontos em 2023, da casa dos 120 mil pontos atualmente, considerando o ciclo de afrouxamento monetário. Segundo o banco, para que o principal índice da bolsa brasileira vá além desse nível, será preciso ver o crescimento dos lucros e/ou a compressão do risco.
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Juros: o que virá depois
O ciclo completo de aperto monetário no Brasil durou 15 meses e rendeu altas de 11,75 pontos percentuais, levando a Selic aos atuais 13,75%.
Segundo o JP Morgan, após um ano de pausa, o banco central deve adotar uma flexibilização de 3,75 pontos percentuais em meados de 2024 — 1,75 pp em 2023 e 2,00 pp no primeiro semestre de 2024.
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O banco fez uma regressão linear observando a variação mensal da Selic e do Ibovespa desde 2005 e viu que uma queda de 1% na taxa de juros traz um retorno de 8% para o índice.
“Considerando o corte de 1,75 pp, o potencial de alta seria de 14%, trazendo o Ibovespa para 138 mil pontos no final do ano, bem perto da nossa meta de 135 mil pontos”, diz o JP Morgan em relatório.
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Ibovespa em 160 mil pontos: é possível?
O JP Morgan analisou os ciclos de flexibilização da taxa de juros desde 2005. De acordo com o banco, foram cinco ciclos até o momento, que resultaram em queda média dos juros de 5,25 pp e valorização média do Ibovespa de 33% — o que levaria o principal índice da bolsa brasileira para 162 mil pontos.
No entanto, o banco acredita que o ciclo atual será menor, de 3,75 pp, o que daria um potencial de alta de 23,5%, levando o Ibovespa para 150 mil pontos.
“Mas há quem diga que a valorização pode ser limitada porque o Ibovespa acumula alta de 17% nos últimos três meses, ante média de 5% no mesmo período dos ciclos anteriores”, lembra o JP Morgan.
Assim, descontado esse super desempenho, a alta do Ibovespa em relação ao nível atual seria de 12%, trazendo o índice de volta aos 136 mil pontos, quase em linha com as projeções do próprio banco.
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