Queda de juros deve beneficiar varejo, mas é melhor evitar as ações do Magazine Luiza (MGLU3), diz Santander; confira as principais apostas do banco para junho
O Santander acredita que companhias de três segmentos estarão entre as principais beneficiadas pela potencial queda da Selic, mas nem todas as companhias desses setores devem entrar na carteira
A percepção de que a queda dos juros básicos da economia é um dos principais gatilhos para uma potencial alta da bolsa de valores é quase indiscutível no mercado. E até mesmo uma expectativa de corte já tem grande potencial para movimentar as ações, como visto no último mês.
Uma análise histórica do Santander sobre o desempenho do Ibovespa mostra que o principal índice acionário brasileiro subiu, em média, 14,3% nos 12 meses que antecederam o início de ciclos de afrouxamento.
A alta ocorre porque, além de diminuir a atratividade da renda fixa, a queda nos juros impacta positivamente no balanço financeiro de empresas de determinados setores.
E quais são as principais beneficiadas por esse cenário? Para Ricardo Peretti, estrategista em renda variável da Santander Corretora, a resposta está no varejo e nos shoppings, na construção civil e nos transportes.
Peretti explicou, durante a live mensal de perspectivas para a bolsa do Santander, que o primeiro setor é diretamente beneficiado pela redução do custo e do aumento da oferta de crédito para os consumidores.
Já a construção civil é impulsionada pela perspectiva de redução da inclinação da curva de juros de longo prazo, que afeta os financiamentos imobiliários — vitais para o setor.
Leia Também
Os transportes, por sua vez, são marcados por empresas tradicionalmente alavancadas, ou seja, que financiam o crescimento por meio da emissão de dívidas atreladas ao CDI. Por isso, a redução da despesa financeira tende a melhorar as projeções de lucro.
VEJA TAMBÉM — Socorro, Dinheirista! Inter saiu da Bolsa Brasileira e eu perdi 50% do meu patrimônio: e agora? Veja detalhes do caso real abaixo:
As escolhidas do Santander para surfar a queda de juros
Além de revelar os setores mais propensos a surfar a queda dos juros, o Santander também indicou quais ações são suas apostas dentro de cada um dos segmentos.
Vale destacar que todos os papéis estão incluídos nas carteiras recomendadas do banco para junho. Veja abaixo as favoritas em cada setor e a tese de investimentos.
No varejo, o escolhido é o Grupo Soma (SOMA3), um dos principais players de moda de vestuário do Brasil e que expande sua presença no mercado internacional.
Para o banco, as “habilidades de execução da administração em conduzir a ambiciosa expansão” da marca Farm Global fortalecem a tese de investimentos na companhia. Os analistas salientam também que o posicionamento do restante do portfólio em faixas de renda mais altas fornece uma proteção parcial contra o ambiente macroeconômico desafiador.
Já na construção civil, as escolhidas são três:
- Cyrela (CYRE3): para o Santander, a construtora é uma das mais bem posicionadas para se beneficiar do atual estágio do ciclo imobiliário graças ao balanço sólido, o portfólio diversificado entre segmentos e a capacidade de execução da companhia.
- Cury (CURY3): uma das teses de investimento “mais atraentes no universo de cobertura de construção civil”, de acordo com o banco, com múltiplos atrativos e um dividend yield projetado em 7,1% para 2023.
- Direcional (DIRR3): a construtora e incorporadora brasileira destaca-se pelo foco no mercado de moradias populares, com 40 anos de experiência no segmento e resultados sólidos no primeiro trimestre deste ano.
No segmento de transportes, o Santander aposta nas ações da Localiza (RENT3). A visão positiva para a locadora de veículos, que é a principal representante desse mercado no país, é baseada justamente em sua posição dominante em um setor com potencial de crescimento substancial.
“Acreditamos que a empresa está um passo à frente da indústria quando se trata de construir capacidades para atender grandes mercados de forma escalável”, citam os analistas.
É melhor evitar as ações do Magazine Luiza (MGLU3), diz banco
Vale ressaltar que nem todas as companhias que atuam dentro dos três segmentos destacados pelo Santander são boas alternativas para o portfólio, segundo o estrategista de renda variável do banco.
Dentro do varejo, por exemplo, Ricardo Peretti aponta que companhias de consumo discricionário e muito alavancadas — principalmente com dívidas atreladas ao CDI — devem ser evitadas, como Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e CVC (CVCB3).
Considerando outros setores da bolsa, Peretti alerta ainda que frigoríficos com exposição aos Estados Unidos — especialmente JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) — devem sofrer com o atual ciclo pecuniário desfavorável, e companhias dependentes de uma rápida reaceleração da economia, como as siderúrgicas CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5), ainda não devem ganhar espaço na carteira.
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
