Ouro supera os US$ 2.000, atinge maior nível desde abril e ainda tem espaço para subir mais — saiba o que está por trás da disparada
Analistas, no entanto, recomendam cautela para quem quer investir no metal precioso, já que a tendência é de avanço dos preços

O ouro renovou máxima na tarde desta segunda-feira (31) ao bater os US$ 2.010 — o maior nível de abril deste ano — e a escalada dos preços não deve parar por aí. Segundo analistas, há espaço para que o metal considerado abrigo em momentos de incerteza avance ainda mais.
“Apesar de uma forte liquidação na quinta-feira que deixou muitos investidores desconfortáveis, o fascínio do ouro como um ativo de refúgio seguro em tempos de incerteza permaneceu evidente, especialmente nos dois últimos pregões”, diz o analista da FX Empire, Christopher Lewis.
E é justamente essa incerteza que embala o avanço do ouro neste momento. A falta de um sinal claro do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sobre o que pode acontecer com os juros nos EUA daqui para frente somado à desaceleração da economia europeia e ao choque que o Banco do Japão (BoJ) promoveu nos mercados na sexta-feira (28) forçaram os investidores a recorrer a ativos considerados mais seguros, entre eles, o ouro.
“O anúncio do Banco Central Europeu sobre o potencial abrandamento da economia da UE contribuiu para algum nervosismo no mercado, fazendo com que os investidores continuassem a procurar refúgio no ouro para salvaguardar dinheiro”, acrescenta Lewis.
- [ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE] Veja as principais recomendações de ações, criptomoedas, fundos imobiliários, BDRs, títulos de renda fixa e investimentos em dólar e ouro, segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro. Clique aqui para acessar o guia gratuito.
Segundo o analista da FX Empire, uma vez que o ouro tenha rompido o nível dos US$ 2.000, há espaço para novas altas.
“À medida que o mercado de ouro evolui, o nível de US$ 2.000 desempenha um papel crítico na formação de sua trajetória. Um fechamento diário bem-sucedido acima desse nível pode abrir caminho para ganhos adicionais, potencialmente estabelecendo metas na direção de US$ 2.050 e além”, afirma.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
Os estrategistas do Bank of America são ainda mais otimistas, afirmando que há espaço para que o ouro chegue em US$ 2.070.
“A trajetória do preço do ouro no período de maio a julho está se assemelhando a um padrão de reversão que indica uma mudança potencial de uma tendência de baixa para uma tendência de alta. Se isso se confirmar, facilmente veremos o ouro tocar os US$ 2.070”, dizem os analistas do BofA em relatório.
Os analistas afirmam ainda que os traders devem monitorar de perto os movimentos do dólar, que muitas vezes exibe uma correlação negativa com o ouro.
- Leia também: Tesouro RendA+: o que acontece ao título público da aposentadoria se o investidor morrer?
Ouro: todo cuidado é pouco
O mercado de ouro continua sendo uma opção atraente para investidores que buscam segurança e estabilidade, apesar das recentes flutuações.
De acordo com os analistas, a estratégia de comprar na baixa continua adequada para capitalizar oportunidades de valor em potencial.
Eles alertam, no entanto, que à medida que os traders se aventuram nesse mercado, o cuidado e o ajuste do tamanho das posições para levar em conta a volatilidade inerente são fundamentais.
“Uma ruptura abaixo da média padrão de 200 dias pode sinalizar uma mudança para a queda dos preços, levando o ouro de volta aos US$ 1.800. No entanto, é essencial notar que este não é o cenário vislumbrado para o futuro. A perspectiva atual sugere uma continuação das condições turbulentas do mercado, exigindo uma abordagem cuidadosa e estratégica para a negociação”, diz Lewis, da FX Empire.
VEJA TAMBÉM — “Sofri um golpe no Tinder e perdi R$ 15 mil”: como recuperar o dinheiro? Veja o novo episódio de A Dinheirista!
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Se errei, não erro mais: Google volta com o conversor de real para outras moedas e adiciona recursos de segurança para ter mais precisão nas cotações
A ferramenta do Google ficou quatro meses fora do ar, depois de episódios nos quais o conversor mostrou a cotação do real bastante superior à realidade
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
Por que o ouro se tornou o porto seguro preferido dos investidores ante a liquidação dos títulos do Tesouro americano e do dólar?
Perda de credibilidade dos ativos americanos e proteção contra a inflação levam o ouro a se destacar neste início de ano
Fim da linha para o dólar? Moeda ainda tem muito a cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs
Desvalorização pode vir da relutância dos investidores em se exporem a investimentos dos EUA diante da guerra comercial com a China e das incertezas tarifárias, segundo Jan Hatzius
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Bolsa nas alturas: Ibovespa sobe 1,34% colado na disparada de Wall Street; dólar cai a R$ 5,7190 na mínima do dia
A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Ibovespa pega carona nos fortes ganhos da bolsa de Nova York e sobe 0,63%; dólar cai a R$ 5,7284
Sinalização do governo Trump de que a guerra tarifária entre EUA e China pode estar perto de uma trégua ajudou na retomada do apetite por ativos mais arriscados
Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial
Bitcoin engata alta e volta a superar os US$ 90 mil — enfraquecimento do dólar reforça tese de reserva de valor
Analistas veem sinais de desacoplamento entre bitcoin e o mercado de ações, com possível aproximação do comportamento do ouro
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Trump x Powell: uma briga muito além do corte de juros
O presidente norte-americano seguiu na campanha de pressão sobre Jerome Powell e o Federal Reserve e voltou a derrubar os mercados norte-americanos nesta segunda-feira (21)
É recorde: preço do ouro ultrapassa US$ 3.400 e já acumula alta de 30% no ano
Os contratos futuros do ouro chegaram a atingir US$ 3.433,10 a onça na manhã desta segunda-feira (21), um novo recorde, enquanto o dólar ia às mínimas em três anos